História de dois ex-militares que amam o perigo e o trabalho.
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Capítulo 12
Em busca da casa nova
Resumo do capítulo
anterior: Elisa e Carol se apresentam; André revela a Carol como conheceu Elisa
e ela fica sabendo como foi a vida amorosa de seu marido na adolescência; Elisa
relembra de seu passado; André e Carol fazem uma pequena reforma na casa para a
volta de Pedro; André tem novas informações sobre os possíveis poderes de Carol.
Preparando
os pais
No dia
seguinte, Pedro recebeu alta do hospital, e André só o informou da pequena
reforma quando o pai chegou em casa.
— Que bom que
voltaram. André tem novidades para contar aos senhores. – Carol disse para
preparar os sogros e dar apoio ao marido.
— Que
novidades? Eduardo já foi condenado por tudo? – Pedro estava bem intrigado.
— Vocês vão se
mudar em definitivo para cá? Ou vocês terão de viajar de novo? Não é possível!
Vocês mal chegaram em casa. – Marta expôs algumas de suas preocupações.
— Então... houve
algumas mudanças sim, de ontem para hoje, mas nada grandioso. Mãe: sua sala de
costura agora está no seu quarto. Pai: seu quarto agora está cá embaixo, onde
era o ateliê de mãe! – André soltou logo.
— Como é?!!
Você andou mexendo em minhas coisas?!! – Marta não tinha aprovado a ideia.
— Por acaso
você pediu autorização, menino? Minhas coisas e tudo o mais agora devem estar
espalhadas. – Pedro comentou.
— Calma,
gente! Eu e Carol mudamos logo ontem à noite, pois era isso ou todo mundo ter
de ir dormir no hotel. – André preferiu não citar a ajuda dos amigos, pois talvez
os pais ficassem mais chateados se soubessem que terceiros tiveram acesso aos
pertences deles.
— O hotel não
tinha quartos confortáveis sobrando e imaginamos que vocês não iriam querer
ficar num local tão impessoal, estando na sua própria cidade. E ainda tem as
escadas de cada quarto do hotel, que levamos em consideração pela sua saúde,
Seu Pedro – Carol completou.
— Eu não tenho
onde costurar agora? – Marta disse.
— E nossos
quadros? – Pedro indagou.
— Fiquem
tranquilos. Não colocamos nada fora do lugar. Procuramos manter a mesma ordem
de antes.
— Mas André é
todo bagunceiro! – Marta estranhou.
— Pra dizer a
verdade, mãe, a organização das coisas ficou com Carol, que pode gravar os
locais de tudo. Mas, enfim, enquanto vocês conferem tudo e preparam a lista de
reclamações, tô de saída.
— Para onde? – Marta quis saber.
— Segredo!
—
Andrééééééé!!!! – Marta estava pronta para puxar literalmente as orelhas do
filho, deixando-o igual ao boneco de ET que estava atrás dele.
— Relaxem. Eu
e Carol vamos olhar umas casas que sejam legais para vocês, mas não ficaremos
com nenhuma sem a aprovação de vocês antes.
— Só confio
vendo. – Pedro estava desconfiado.
— Esta casa
tem história. Foi aqui que André nasceu... – Marta argumentou.
— Larguem de
ser chatos. Tô saindo! Confiem em mim e na minha esposa e se comportem direito.
Senão, não trarei doce na volta!
— Desculpe,
Dona Marta, mas é para o bem de vocês. Vamos só olhar as casas e trazer as
melhores propostas para vocês decidirem a ideal. – Carol finalizou.
— Aproveitem e
passem no pet shop que falei para vocês no hospital. E vejam lá uma cadela
grande e bonita para fazer companhia para o cachorro de vocês. E o levem junto
para ele não bagunçar ainda mais a casa do que vocês dois já fizeram! – Marta
lembrou antes que saíssem.
— Qual o nome da
cadela, mãe? – André quis saber.
— Não lembro,
mas só tinha uma. Não se esqueçam de trazê-la, ouviram?
Carol não
entendeu direito: ela reclamava do cachorro, mas queria mais um?
E eles saíram
finalmente. Apesar das reclamações dos pais, André e Carol estavam prontos para
a busca de um novo lar para aqueles dois.
Na
cela
Música de cena: Coldplay - Fix You
Eduardo tinha
sido preso e fichado.
Ele foi
colocado em uma cela pequena e vazia, pois a delegacia praticamente não tinha
presos. O detento anterior ali tinha ficado por algumas horas por ter feito
baderna em um bar, após às 22 horas, e a queixa já tinha sido retirada. Outro
detento foi pego tentando bater na namorada por ciúmes, e não parava de cantar.
Ele
aproveitava o tempo quase solitário para ler, coisa que gostava.
Por sorte, ele
tinha uma pequena estante na cela, feita com tijolos. Ele até pensou se alguém
tinha escondido ali alguma faca ou arma, mas estava tudo limpo. Os tijolos
estavam cimentados. Se alguém tentasse quebrar um deles para usar contra a
cabeça de algum policial, iria ter muito trabalho e chamaria muita atenção dos
outros guardas, impossibilitando uma fuga eficaz. No banheiro não havia vidros,
provavelmente para que alguém não improvisasse uma arma. Ele tinha olhado tudo,
mas devido ao nome da família, mesmo que houvesse uma chance de escapar, ele
preferia ser solto e sair da cadeia de cabeça erguida.
Naquela manhã,
ele já tinha recebido uma visita: Bete, uma das amigas de Marta, que era
advogada civil aposentada, mas que, se fosse preciso, voltaria à ativa, mesmo
aquela não sendo a sua especialidade. No entanto, a família de Marta já tinha
advogados criminais contratados.
Através de
Marta, Bete já sabia tudo de Eduardo e foi vê-lo sem o conhecimento dos amigos.
Ela mal se apresentou, já começou a brigar com ele e citou coisas que Eduardo
nunca tinha considerado antes.
— Você acha
que Marta te amaria por ter matado Pedro? Acha que ela não sofreria com a morte
dele? E que ela o substituiria em seu coração assim que ficasse viúva? Você é
louco se acha que sim! – Bete o acusou.
— Você não
sabe de nada. Eu não fiz nada contra ela e nem ao marido dela. Sou inocente! E
quem você pensa que é?
— Sou a amiga
dela e, ao contrário de você, eu realmente a conheço e me preocupo com ela. Se
algo tivesse acontecido ao marido, ela morreria junto. Não pense que teria tido
alguma chance com ela.
Apesar de
manter a pose de inocente na frente de Bete em todo o momento, agora, sozinho
na cela, Eduardo repensava se tinha valido a pena tudo o que fez contra Pedro,
enquanto ouvia o outro detento, que, em alguma cela por perto, ainda cantava:
♪ And the tears come
streaming down your face / When you lose something you can't replace / When you
love someone, but it goes to waste / Could it be worse? ♪*
* Tradução: Quando as lágrimas
começam a rolar pelo seu rosto / Quando você perde algo que não pode substituir
/ Quando você ama alguém, mas esse amor é jogado fora / Poderia ser pior?
Nova
moradora da cidade
Enquanto se
dirigiam à casa de André Martins, Carol aproveitou para conversar:
— Não entendi
nada. Sua mãe gosta ou não de cachorros?
— Ela gosta, mas
tem medo de se apegar e perdê-los. Ela não lida bem com perdas e a vida com
cachorros traz muitas mudanças. Eu tinha um cachorro quando pequeno, mas ele
faleceu e ela ficou mais triste do que eu próprio. Ela não quer repetir o acontecido,
mas ninguém é eterno, nem os cães. Será bom para eles um mudança de casa e com
um novo animal. Reparou como ela está melhor depois que a gente veio para cá?
— Reparei sim.
– Na realidade, Carol tinha suas dúvidas, pois não conheceu Marta antes de ir para
lá, mas se André dizia isso, talvez fosse verdade. – E você não tem medo, assim
como sua mãe?
— Do quê? De
mudanças ou da morte?
— Dos dois. –
Carol era muito curiosa.
— Claro que
sim! Tenho medo como todo mundo, mas prefiro viver e enfrentar as situações a
me esconder e não ter a chance de viver bem e feliz. Carrapato pode ir daqui a
dez anos, ou eu posso morrer antes dele, mas não podemos nos acovardar do
futuro.
— Nem fale em
morrer e me deixar. Ouviu bem, Soldado? Não está autorizado a morrer! – Carol
ralhou.
— Tudo bem,
Agente! Você é quem manda.
Desde que
começaram o namoro, se apelidavam dessa forma. Para outros, esses apelidos eram
estranhos, mas era a forma carinhosa deles de se tratarem e de reconhecerem o
valor um do outro.
Ao se
aproximarem da casa de Martins, eles viram os amigos juntos a uma desconhecida.
— E aí, gente?
Beleza? Vamos agora? – André notou a jovem, mas ela não lhe chamou a atenção.
Ele estava mais interessado em encontrar uma nova morada para os pais.
— Vamos, sim.
E nós vamos juntos com Katy Kordelious procurar casas. – Martins apresentou a
garota.
— Ela está no
hotel, mas quer uma casa grande e confortável, assim como vocês, então, as
casas praticamente serão as mesmas. – Martins continuou.
— Cadê seu
boné? E Léo voltou com os kilts? – André estranhou, pois Martins se esquecia de
tirar o boné sempre: fosse ao entrar em uma casa, ao estar em uma igreja etc.
— O chefe me
encheu para usar terno. Terno? Aqui? No máximo uma jaqueta, um corte de cabelo
e tirar meu boné. Nada mais além disso. – Martins esclareceu.
— Como você
disse que sua mulher não é preconceituosa e o que faremos hoje não vai precisar
que eu me abaixe, preferi ficar mais confortável sendo quem sou! – Léo, descendente
orgulhoso de escoceses, esclareceu.
— Prazer,
Katy, meu nome é Carol e aquele é André, meu marido. Também quer comprar uma
nova casa?
— Pois é,
Carol. Vim para cá com minha bebê. A gente tava morando em outra cidade, mas
quero mais tranquilidade para ela.
Enquanto Katy
explicava a Carol quem era, Martins e Léo não tiravam os olhos da morena de
shortinho, porém, se afastaram mais, para poder “contemplá-la” melhor.
— Mas você é
tão nova e magrinha! E já tem filho? Estou impressionada!
— Aquela
coisa, né? A gente toma cuidado, acha que nunca vai ocorrer, mas quando percebe...
bebê a bordo; e eu segui a viagem com a minha bebê. Você tem que ver: é uma
coisinha linda!!! É a nenê mais linda do mundo!
André falou
entredentes para a garota Katy não ouvir:
— Vocês são
dois amigos da onça! – André acusou os outros.
— Por que diz
isso? – Perguntou Léo, sem tirar os olhos da moça de short.
— Acham que
nasci ontem? Olha a cara de vocês! Até parece que nunca viram mulher. Prometeram
que a gente ia ver logo uma casa para meus pais, mas vão me atrasar simplesmente
porque não aguentam ver um rabo-de-saia. Não poderiam marcar um encontro com a
moça para depois?
— Você é um
besta. A moça me ligou esta manhã e pareceu desesperada com um bebê e solteira!
Ela quer um local seguro e confortável para a criança. A criança está no hotel com
uma babá por algumas horas apenas. Quanto antes ela achar uma casa, melhor!
— E o pai?
— O pai pagará
pela casa. Pelo que entendi, ela e o pai não quiseram continuar com o relacionamento,
mas ele assumiu a tarefa de pagar a pensão sem maiores problemas.
— Melhor para
mim. Tenho mais chances com ela, pois Martins já tem problemas demais! Quem
sabe eu não imite vocês e até me case com Katy? – Léo disse.
— Só acredito vendo.
Chega de papo e vamos logo, cambada de interesseiros!!! – André ainda estava
chateado pelos amigos não terem lhe dado a preferência.
— Fala sério!
Ela é gostosa, né? Que delícia! Tudo durinho!!! Tudo no lugar!!! – Léo elogiou,
sem parar de “filmar” Katy.
— Ela é
bonita, sim. – André concordou.
— Só “bonita”,
André?!! Sério?!! – Léo riu.
— Muito
magrinha e musculosa para o meu gosto. – André disse.
— Fala isso
porque a sua mulher tá perto! – Léo apontou. – E Carol também é magra!
— Não é tão
magra e nem é musculosa. Ela é ótima do jeito que está. – Foi a resposta de
André.
— Não é isso.
Ele fala assim porque tá apaixonado. Se esqueceu de como ele não despregou os
olhos da esposa ontem? – Martins lembrou.
— E nem ela
tirou as mãos dele. Tá certo, cara. Tem de valorizar a mulher que gosta. – Léo
concordou.
Eles iam
deixar Carrapato na casa de Martins, pois o carro era pequeno para tanta gente.
André deu instruções para o Jaime, o filho de Martins, mesmo não sendo necessário.
Enquanto todos
se preparavam, Katy pensou sobre aqueles moradores: “São dois homens tãããão gatos! Amo barba e cabelos castanhos. E os olhos?
Castanhos sedutores e pequenos... Será que rola? Mas com qual? O Martins não é
musculoso e tem cabelo preto, mas é legal, gentil, respeitador e atencioso. Um
homem de família, como meu pai sempre quis para mim. Já Léo é tuuuuuudo o que
gosto em um homem. Tem músculos pouco visíveis, mas tem. E a saia? Tem que ter
coragem para usar! Já pensou se ele usasse farda? Uau!!! O tal de André até que
é bonitinho, mas é casado. E eu nunca gostei de casados! E a mulher parece ser tão
bacana! Não me julgou por ser mãe solteira. Tomara que ele a faça feliz,
diferente dos trastes que conheci”.
E finalmente
saíram no carro velho (mas bem cuidado) de Martins.
Visita
ao pai
Elisa foi
visitar o pai e ouvir a versão dele. Ela nunca tinha estado antes em uma
delegacia, e nem queria estar ali, mas achava necessário. Ela faria o possível
para o pai sair daquela situação o mais breve possível.
Logo ela foi
chamada pela policial.
— Srt.ª Elisa?
Peço que me acompanhe à sala de visitas. – disse a agente.
Elisa então a
seguiu. O que ela mais queria era sair dali acompanhada do pai, mas segundo o
advogado, ela precisava ter calma, já que eles estavam resolvendo o valor da
fiança.
Da porta, ela
viu um Eduardo triste, e não o seu pai sempre autoconfiante, do qual ela sempre
tinha sentido orgulho e depositado toda sua confiança.
— Pai! Como
você está? – Elisa perguntou.
— Minha
princesa! Eu estou bem, mas o que está fazendo aqui? Este lugar não é para
você. Pensei que estivesse em viagem.
— Como você
está bem, papai, trancado neste lugar horrível? E como eu poderia abandoná-lo e
não vir te ver? Cheguei ontem de viagem e, assim que soube, falei com um dos
advogados, mas ele não me disse muita coisa e eu preciso entender o que houve
realmente. Por que te prenderam?
Eduardo, ao
ver a filha através do vidro, até sentiu vontade de lhe contar a verdade, ainda
mais depois de ter recebido a visita anterior, mas pensou duas vezes e se
perguntou: que tipo de bem isso traria à Elisa? Ela saber que o ódio dele por
Pedro foi tão grande que lhe fez contratar alguém para atirar nele, ela saber
todos seus segredos mais sujos e proibidos, o que tudo isso poderia causar em
seu coração? Então ele decidiu que ela jamais ouviria dele toda a verdade.
Eduardo podia ser um homem sem limites em relação a sua paixão por Marta, mas
sua filha era seu bem mais precioso e ele não queria que ela sentisse vergonha
dele.
Através do
vidro, Eduardo falou:
— Você deve
imaginar que o casamento entre mim e sua mãe era um fracasso total. Só éramos
felizes para a mídia e amigos. – Sobre isso, Eduardo estava dizendo a verdade.
— Sei sim,
papai. Nem entendo como eles não percebiam que mamãe não gostava de você, mas
você estava sempre querendo manter o casamento. Por que todo aquele trabalho? –
Elisa perguntou, querendo entender aonde ele queria chegar com aquele assunto.
— Eu cresci na
mesma cidade que uma mulher que gostei, mas ela nunca me quis. Ela nem sabia
que eu gostava dela. Depois, ela conheceu um sujeito e se apaixonaram. Mais
tarde, descobri que esse homem era meu concorrente no futebol. Devido às
viagens e às mudanças, conheci a sua mãe e namoramos. Ela era linda e todos a
queriam, mas ela escolheu a mim. Me senti bem na época, mas o namoro não durou
muito. Anos depois, reencontrei Marta e o marido. Tentei me reaproximar, mas
ela me rejeitou de novo. Parece que nessa época, ela sofreu uma perda. Também
foi quando os seus avós me procuraram e me disseram que eu tinha uma filha.
Edite nunca me falou nada a respeito, nunca me procurou antes, mas ter alguém
para amar, ter uma família? Era o que eu sempre quis; e mesmo que digam que
você seja fisicamente igual a sua mãe, eu não precisava de exame de paternidade
para te amar e te chamar de filha. Eu te registrei, mas a sua mãe foi contra.
— Eu sei. Ela
tinha vergonha de mim. Ela tinha vergonha de ser mãe e eu era a prova disso. –
Elisa disse, enquanto olhava para seus braços, como se estivesse buscando algum
defeito em si mesma.
— Sim. Ela não
aceitava o fato de que não era mais jovem. E você não merecia o que ela lhe
dava; você merecia mais do que um pai e uma mãe no papel. Tentei esquecer Marta
e me concentrei em te oferecer o melhor. Abandonei o time e abracei os negócios
de minha família para te dar um lar estável. Até consegui convencer sua mãe a
casar comigo.
— Eu fui
daminha-de-honra de vocês. Foi tão lindo! – Elisa relembrou.
— Para mim,
para os pais dela e para os meus pais, foi lindo, mas não para Edite. E mesmo
depois de muitos anos, ela me acusava de destruir a mocidade dela.
— Pai, não
fica assim!...
— Não me
arrependo de ter casado para te oferecer um lar. Quando você era adolescente,
quando as empresas estavam mal e eu tive de viajar muito, os seus avós até se
ofereceram para cuidar de você, e eles tinham se mudado para cá. Lembra que
voltei para visitá-la e você estava triste por causa de um namoradinho?
— Lembro, sim.
— Pensei que o
motivo era a sua mãe, mas, mesmo assim, prometi que ninguém iria fazer minha
princesa chorar de novo. E você se mudou comigo.
— E conheci o
mundo. Foi uma das melhores coisas que fiz junto com você. E ainda aprendi muito
sobre os negócios da família.
— Depois que
Edite faleceu, eu me senti livre e vim para cá curtir a minha aposentadoria. E
acabei revendo Marta, mas o marido dela sofreu um assalto. Acham que sou o
culpado por gostar dela e porque eu estava perto do local, mas foi tudo um mal
entendido. Foi naquele dia que nós fomos ao boliche, lembra? Eu estava na hora
e local errados, como se diz.
— Isso é muito
injusto! Foi apenas coincidência, mas irei te tirar daqui.
— Não se
envolva!
— Mas e se
você fugir? Poderá ir para qualquer lugar do mundo e ninguém te achará! Você
será livre.
— O mundo é
pequeno e eu posso ser capturado. E você tem seus negócios. Não é certo que
você tenha o seu nome envolvido. Você seria a principal suspeita de me ajudar
na fuga. Todos a veriam como a filha do “assassino fugitivo”.
— Posso ir
junto com você. – Elisa ofereceu.
— Não! Já
estou velho e você tem toda uma juventude para desfrutar. Vamos confiar nos
advogados. O sobrenome de nossa família tem de permanecer limpo. Os advogados
irão me tirar daqui e poderemos erguer nossas cabeças diante de todos! –
Eduardo se lembrou novamente da visita de Bete, mas manteve as palavras para
dar confiança à filha.
Eduardo ainda
pensou em subornar algum juiz, mas deixaria para falar isso com os advogados.
Era melhor Elisa acreditar que ele era apenas uma vitima das circunstâncias.
— Se é assim...
Mas ficarei aqui durante o tempo necessário para sairmos juntos desta cidade,
tudo bem? – “Enquanto isso, vou me
reaproximar do moreno”.
Elisa não
tinha se esquecido de André, mas preferiu não deixar o pai preocupado com a
informação de que ela tinha interesse no filho de Marta.
O sinal de que
a visita tinha acabado tocou.
— Não venha
mais aqui. Não quero que você me veja assim novamente. E fique longe daquela família!
Não quero que eles façam mal a você em represália.
— Só não virei
se não for possível, mas pretendo estar aqui amanhã e todos os dias até você
ser liberto. Tchau, papai!
E se
despediram através do vidro.
A
primeira parada
— Bom, gente,
chegamos! Esta casa pertence a um amigo nosso, mas como ele vai se mudar e a
casa é bem legal, acho bacana vocês a verem logo. – Martins disse, assim que
chegaram.
A casa era
grande, mesmo para quem olhasse de longe.
— A gente tá
perdendo tempo. Essa casa tem ladeira. Não é para os meus pais. Temos ainda de
passar no pet shop e...
— Calma! Temos
tempo. Vamos ajudar a moça e seus amigos. Ela precisa de uma moradia fixa e
seus pais estão bem. Estão mais bem acomodados do que ela.
— Mas...
— Sem mas!
Além disso, os seus amigos estão apaixonados por Katy. Vamos ver logo como
fica. Nunca vi dois homens gostando da mesma mulher e não brigar entre si.
— Tá achando
isso divertido, é?
— Estou, sim.
Estou achando curioso e até bonita a camaradagem deles.
André respirou
fundo e respondeu:
— Tá bem! O
que eu não faço por você? Vamos acompanhá-los.
Antes de
entrarem na casa, Martins apontou para a vista panorâmica da cidade:
— Olhem só que
vista linda! Dá para ver toda a cidade daqui.
— Tem razão,
cara. Aqui é bem bonito, sim, mas queremos ver o restante da casa.
Mas Léo estava
com outras ideias:
— A vista
daqui não é nada comparada a sua beleza. Nunca meus olhos viram algo tão bonito
quanto você. – Léo disse para Katy.
— Ui! Acho
melhor entrar. Estou até com calor. – Katy já tinha ouvido isso muitas vezes
antes, mas pareceu bem sincero vindo de Léo. Vindo dele, ela realmente tinha
gostado e acreditado. Mesmo assim, ela não ia se entregar facilmente, nem a ele
e nem a Martins.
Martins
apresentou a sala, enquanto todos o ouviam atentamente.
— Local bem
agradável aqui e toda a mobília é nova. E a casa pode ser vendida com todos os
móveis.
Viram a cozinha que era grande e perfeita para
quem gostava de cozinhar. E André até se entusiasmou, não porque gostasse de
cozinhar, mas porque gostava de reunir os amigos para um churrasco nos fins de
semana e há muito não fazia isso.
Depois viram o
quintal, que além de espaço para churrasco, tinha piscina e até um parquinho
para crianças.
Estiveram no
porão, onde havia uma sala de lazer, e até jogaram um pouco de bilhar.
— Quantos CD
de bandas que gosto. E ele tem até um jukebox. É tão caro e difícil achar um desse
em bom estado. O dono tem bom gosto. – Carol elogiou o que viu.
— Prêmio de
primeiro lugar nos 100 metros. E é recente! O cara deve ser um atleta e tanto!
– Katy ficou impressionada ao ver o troféu bem guardado.
Ainda viram a
pequena academia particular de musculação.
— Aqui tem
esteira de frente para a TV para o exercício não ser chato, bicicleta
ergométrica, levantamento de pesos e barra de alongamento. – Martins enumerava
as opções ali.
— Isso vai ser
ótimo. Adoro malhar. E desde o nascimento de minha filha, tô parada. Estou me sentindo
gorda. – Falou Katy cheia de expectativas, pois realmente gostava de
exercícios.
— Gorda com
este corpo de ninfa? Impossível! – Léo chegou a rir, pois não via nenhuma
gordura em Katy.
— Preciso
mesmo voltar a fazer algo. – Desde o coma, Carol só fazia caminhadas e
corridas. Ela não era fisiculturista, mas gostava de se exercitar, até por
causa do trabalho.
— Não vejo
muito motivo. Você está linda assim! Mas acho que vou incluir uma sala de
musculação nos meus requisitos para a nova casa de Seu Pedro.
Martins levou
Léo e Katy para conhecer o quarto de solteiro.
— Os donos da
casa têm filhos?
— Não. O dono
é solteiro, mas quer constituir família.
Katy achou
estranho um solteiro ter uma casa daquele tamanho e querer família. A maioria
que conhecia só queria enrolar. Devia ser um coroa solitário e endinheirado,
mas ficou com pena, achando que ninguém o quis enquanto era jovem.
E André e
Carol foram conferir o quarto de casal, mas esqueceram de verbalizar as
opiniões sobre o cômodo. Aparentemente, gostaram.
Enquanto isso,
o morador da residência chegava naquele momento.
E Martins
pediu que todos aguardassem na cozinha, pois queria causar boa impressão em
Katy.
— Vamos
aguardar um pouco? O dono da casa é meu amigo e deu plantão hoje. Logo estará
aqui. É um cara muito gente boa!
— Ele não
ficará incomodado de ter tanta gente aqui? – André perguntou.
— Imagina! O
cara é tranquilo!
— E qual o
motivo dele vender a casa? – André perguntou de novo.
— Ele tá
pensando em se mudar e...
Assim que o
morador entrou na cozinha, só viu Katy. Os outros eram quase invisíveis.
— Falando no
cara... Quero apresentar Enrico Belaventura a vocês. Um dos melhores policiais
que temos em Colina Formosa.
— Nem tanto,
cara. Cheguei há pouco tempo aqui.
Katy também
não parava de olhar Enrico:
“Nossinhora! Obrigada, meu Grande Prisma! Esse
aí é tudo o que eu sempre quis! É lindo, um atleta, barba por fazer, cabelos e
olhos castanhos, familiar, usa farda... E como fica bem na farda!!! Sem farda
deve ser então... Obrigada por atender meus pedidos!”
— Droga. Me ferrei. Ela não tira os olhos de Enrico. – Léo falou só para
André ouvir.
— Foi pouco!
Quem mandou ser traíra com os amigos? – André disse.
— Você também
não tá ajudando!
— Tá tudo bem,
Léo? – Katy se virou para Léo
— Claro! Só
tava conversando com meu amigo aqui. – Léo disse, na hora.
Como Carol
estava mais próxima, se levantou para cumprimentar o rapaz.
E logo depois,
foi a vez de André:
— E aí? Sou
André. Você é novo aqui na cidade, né?
— Olá! Sou
novo sim. Fui transferido há pouco tempo, mas preciso me mudar, mas...
Ao ver Katy se
aproximar, Martins apresentou logo:
— E esta é
Katy Kordelious. Ela é a que mais se empolgou pela casa. Katy, este é nosso
amigo, Enrico.
“Kordelious? Ela é Kor-Delícia! Mas ela já
deve ter ouvido isso. Não vou repetir a cantada de outro.”, Enrico pensou.
— Oi. Mas você
já vai se mudar, sendo que mal chegou?
— Pois é, são
forças maiores, mas tudo pode mudar, né? – Enrico já estava repensando sobre a
mudança, pois a transferência talvez demorasse a acontecer, e ele não se sentia
mais confortável ali na cidade, mas ao ver Katy, ele começou a fazer novos
planos. Se ela residisse ali também e se fosse solteira, ele já pretendia ficar
pelo tempo que fosse preciso.
— Se não for
incômodo, pode me falar o motivo de querer se mudar?
— É que
terminei um relacionamento há pouco tempo. A gente pensava em vir morar aqui,
mas antes disso, terminamos. E não quero lembranças ruins, sabe? – Disse Enrico,
sem tirar os olhos dela.
— Ela nunca
morou aqui nesta casa?
— Nunca!
— Então,
relaxe. Aqui não tem muitas recordações dela e logo você encontrará alguém que
goste daqui e de você. Acho até estranho alguém não te querer.
— Sério? Acha
mesmo? – Enrico estava se sentindo cada vez melhor perto dela.
— Acho que vou
virar cupido profissional! Será que dá grana? – disse Martins, com bom humor.
Ele tinha gostado de Katy, mas não tanto quanto Léo.
— Eu é que me
ferrei de vez. O que é que eu não tenho? – Falou Léo, inconformado por não ser
o escolhido de Katy.
— Impressão
minha ou tá até saindo coração ali deles? – André perguntou para Carol, se
referindo a Enrico e Katy.
— Acho que
sim. – Carol respondeu – Não disse que seria uma boa ideia acompanharmos?
— Foi uma ótima
ideia. Ver a cara triste de Léo não tem preço. Quem mandou os
dois me atrasarem?!!
— Larga de ser
malvado. Ele precisa de seu apoio agora.
— Um marmanjo
desse precisa é de cascudo! E o outro lá tá com o ego inflado! É bom ele tomar
cuidado para não estourar.
André estava
contente por ver a felicidade do novo casal, mas achou engraçado o bico de Léo.
Depois ficaria com pena dele, mas só depois dele próprio se sentir vingado!
Enquanto isso, imaginava se quando se declarou para Carol, se tinha ficado com
a mesma cara de bobo e cego de Enrico. Ele não achava ruim se de fato tivesse
ficado como um hipnotizado, já que não se arrependia de ter se apaixonado por
Carol, mesmo que na hora tivesse pagado o maior mico da história.
Parecia que realmente
saíam corações de Enrico e Katy. Foi algo tão automático que pareceu milagre ou
mentira.
Na saída,
Enrico acompanhou os visitantes até o carro, enquanto ouvia Katy falar de sua
filha.
— E aí,
Martins? Mostrou todos os cômodos a eles? – Enrico perguntou.
— Não. Tinha
um quarto que estava trancado, e esqueci de mostrar a suíte a todos eles. Katy
não viu, mas é só dois quartos.
— Eu faço
questão de mostrar o restante da casa a você, Katy. – Enrico se ofereceu.
— Ainda tinha
coisa lá para ver, Martins?!! – Léo não acreditava que seu amigo estava
entregando a morena de bandeja para o outro homem.
— Eu queria
muito ver o restante da casa... – Katy não conseguiu desprender os olhos de
Enrico. – Mas tenho que ir para o hotel liberar a babá.
— Já está
acabando o horário dela? – Enrico estava cada vez mais interessado na morena,
pois achou interessante ver a preocupação de Katy com a própria filha. E ele
sempre quis ter uma família grande.
— Faltam ainda
duas horas para ter de rendê-la, mas gosto de ser pontual.
— Eu posso te
mostrar os quartos que faltam. Não será demorado e te levo de volta. Tenho um
carro e o hotel é perto daqui.
— Não será
incômodo para você, Enrico? Imagino que esteja com sono, já que estava de
plantão. E ainda ter de dirigir depois estando cansado não é uma boa. – Martins
perguntou preocupado.
— Não será
incômodo algum e nem estou cansado. Faço questão de mostrar toda a casa. E se
ela quiser ficar com a residência, a gente conversa e te repassa o valor
normalmente! – declarou Enrico.
— Mas ela tem
que ver a outra casa que Martins planejou. – Léo tentou ainda.
— Eu realmente
estou cansada e esta casa é a ideal para a minha nenê. Não preciso ver outras. Minha
filha é bebê ainda, mas esta casa me parece bastante confortável e segura para
quando ela crescer! Quero ver tudo da casa agora. – Katy estava realmente feliz
por ficar mais alguns minutos com o policial.
Dali mesmo se
despediram, e André e Carol foram para o outro endereço.
Enrico* não
somente pretendia mostrar a Katy* os quartos, mas também as estrelas. E Katy
não planejava criar nenhuma objeção. Ela já estava totalmente entregue a ele.
*Enrico e Katy fazem parte da história A Vida de Katy, feita em The Sims 4. Clique e confira a jornada destes dois e a de outros personagens incríveis.
Visita
à segunda casa
Poucos minutos
depois, estavam na segunda casa, que ficava do outro lado da rua, a poucos
metros da casa de Enrico. Mas nessa, a garagem era maior; e pelos documentos,
Martins sabia que a casa estava vazia.
Quando saíram
do carro, conversaram antes de entrar no local:
— Bem, gente, Tenho
que confessar: nunca vim aqui antes. Peguei o material esta manhã na
imobiliária e esta casa parece estar dentro do que André quer e é plana, mas eu
desconheço o interior.
— Tudo bem, a
gente não vê problema nenhum nisso. – Carol tentou tranquilizá-lo.
— Eu tô
falando logo porque estarei conhecendo junto com vocês e o ideal é que eu
viesse antes, tivesse feito uma vistoria, já soubesse de antemão onde fica cada
cômodo, sabe? Ao contrário da casa de Enrico, não conheço esta.
— Relaxe,
cara. Somos seus amigos. Se a casa não for do agrado, será apenas isso. – André
disse.
— E, além do
mais, ninguém vai se perder em uma casa! Parece até que tá confundindo a casa
com algum de filme de terror.
— É que o
serviço não tá correto, mas as outras casas parecem menores. – Martins era
perfeccionista.
— Relaxe,
cara, e vamos entrar logo. – André deu pressa, ao mesmo tempo em que
tranquilizava o amigo.
De longe se
via que o terreno era grande e tinha um pequeno lago no quintal.
Quando foram
entrar na casa, André notou a condição da casa de cachorro.
— Este cara
não limpava a casa do cachorro? Que fedor! E olhe as moscas saindo. Tô
imaginando como ele tratava o animal. – André disse, irritado.
— Pelos
documentos, ele saiu a uma semana. Ele ou o empregado responsável não deve ter
limpado direito e por isso atraiu as moscas e este cheiro... Argh! Que cheiro
horrível!
— Isso não é
cheiro de mal limpo. Isso é cheiro de que NUNCA foi limpo!
André pensou em
alguém maltratando animais e ficou instantaneamente revoltado.
Ao entrarem na
sala, Carol quase vomitou.
— Nem me
pergunte. Me desculpe, cara. O que posso prometer é mandar alguém vir limpar
tudo e o valor ser descontado da venda.
Léo, que
estava ali para conhecer e avaliar o terreno, até sugeriu para Carol acompanhá-lo,
pois ele imaginou que a coisa estivesse pior nos outros cômodos.
— Que tal você
ir comigo, enquanto eu olho a parte do plantio? – Léo sugeriu a Carol.
— Boa ideia. –
André disse, pois considerou que talvez ela já estivesse grávida, após vê-la
quase vomitando ali, e ele não queria que sua esposa passasse mal.
— Boa ideia
nada! Vou conhecer o resto da casa contigo. – Carol respondeu.
— Mas você
quase colocou pôs os bofes pra fora! Olha só as paredes: quanto bolor. E este
cheiro de mofo? O resto da casa deve estar pior! Eu não quero que você passe
mal.
— Passar mal?
Até parece que não me conhece! Com certeza vou ver o restante da casa para
saber se é possível uma reforma. – Carol também era teimosa como o marido.
— Calma,
gente. Deve ter casa aqui para todos verem. É só a gente se dividir e não
demorar aqui dentro. – Léo apaziguou os ânimos.
— Tudo bem.
Vamos logo então. - André falou, para alegria de Martins, que queria estar
longe dali o mais rápido possível.
Entraram na
cozinha. Mal podiam ficar na sala de jantar.
A área de
cozinhar estava igual: em péssimo estado. Mesmo assim, olharam a tubulação de
água.
Carol e André entraram
juntos em um quarto, mas a condição era igual à da sala.
— Esse cara
deixou roupas neste estado e com tanto lixo? Que sujismundo! – André observou.
— Ele não
podia ter contratado um faxineiro para ajudar na limpeza? Eu sei que a maioria
dos moradores, ao se mudar, deixam tudo sujo, mas, em questão de dias, eles voltam
para limpar tudo, seja porque é aluguel e está previsto no contrato, ou porque
pretende vender a casa e a limpeza valoriza! – Carol estava horrorizada com
tanto desleixo.
O estado do
quarto não era nada comparado ao do banheiro
Em outro
quarto, Carol observava mais sujeira e infiltração. E todos os quartos estavam
no primeiro andar, para desagrado de ambos que só queriam quartos no térreo
para os pais de André.
Depois, foram
ao quintal, onde havia o lago e as árvores frutíferas. E Léo aprovou essa parte
do terreno.
— Desculpe,
gente. Eu realmente não sabia que a casa estava nesse estado. Os documentos
nada diziam a respeito. – Martins estava constrangido.
— Calma, cara!
Você está entre amigos. Temos mais coisas a fazer do que achar ruim você nos
mostrar a casa dessa forma. – Léo apontou.
— Isso aí,
Léo. Só não ficarei com a casa por causa dos quartos que ficam no primeiro
andar e são pequenos. E o vilão da história é o antigo dono, um grande
desleixado, e não você. – André até sorriu para passar confiança ao amigo.
— A casa
precisa de uma grande reforma e limpeza, mas nada impossível. – Carol
confirmou.
— Mas o preferível
mesmo era demolir e construir algo melhor, isso sim! Pena que quero uma casa
para ontem, senão, até podia ficar com essa para reconstruir do zero.
— Se planejar
construir do zero, tenho terrenos vazios à venda. – Martins lembrou mais
animado.
— Não sou bom
com construção, mas podemos falar com o pessoal. Alguém deve conhecer um
arquiteto que possa ajudá-lo a construir algo bom. – Léo já estava imaginando a
quem poderia pedir ajuda.
Enquanto os
outros se dirigiam ao carro, André e Carol ainda conversaram mais um pouco,
enquanto estavam perto do lago.
— Você estava
passando mal lá dentro e...
— E quem não
passaria? Parece que a casa foi abandonada há séculos e não posta à venda há uma semana. Lá dentro estava mesmo um lixo, mas foi só a minha reação inicial.
Você viu que logo eu me senti melhor.
— Mas você
pode estar grávida e, se estiver, aquele cheiro podia ser ruim para você e o
bebê... – Só a possibilidade de ela correr riscos o deixava nervoso.
— Está com
mais pressa do que eu agora?
— Não é bem
isso... Gosto da ideia de ser pai. Antes eu nunca tinha planejado, mas já que
estamos empenhados em ter, a qualquer momento pode acontecer. E não quero que
você passe mal, pegue peso, se exponha a perigos... Eu me preocupo com você.
— Ainda não
estou grávida, mas te garanto que o primeiro a saber será você. – Carol gostou
de saber da preocupação dele e até riu disso.
— Vou cobrar.
— Como você
disse antes: estamos trabalhando duro nisso.
— Ei, vocês
dois! Podem namorar depois? – Martins gritou.
— Vocês não
estavam com pressa? Preciso almoçar, tomar meu café e já passou da hora.
Leo e Martins
tinham voltado por causa da demora deles, pois Léo era um viciado em cafeína.
— Está bem.
Como castigo, André paga o almoço de vocês. – Carol prometeu.
— Por que eu?
Eles é que nos atrasaram.
Apesar de
reclamar, André pagou pelo almoço dos quatro, após saírem dali.
Compras
Depois Martins
os deixou no centro comercial a pedido deles. E Carol e André foram logo ver o
cachorro exigido por Marta.
— Dona Marta
tinha razão: é a única cadela aqui. – André observou.
— Ela é tão
bonita! Gostei muito dela. – Carol disse.
— Nada é tão
bonito quanto você, minha Ariel. — Ele disse, usando o apelido pelo qual a
chamava de vez em quando e que remetia à personagem de “A Pequena Sereia”. — Vou
falar com o rapaz do caixa para saber mais dela.
André foi conversar
com o caixa e Carol foi junto, enquanto observava Carrapato e a cadela se darem
bem. Pelo menos, Carrapato não ladrou.
— Oi. Gostamos
do cachorro ali. É uma fêmea?
— Sim, senhor.
– Falou o vendedor e caixa, pois a loja era muito pequena para ter muitos
funcionários.
— Ok. E ela
tem algum tipo de treinamento? – André continuou a perguntar.
— Não, senhor,
mas é ótima com crianças. É bem esperta e brincalhona.
— E qual o
nome dela?
O rapaz estava
ansioso para realizar uma venda, mas após ouvir André chamar a esposa de Ariel,
estava torcendo para que Carol fosse do tipo que considerasse elogio ter o
mesmo nome do cachorro, pois acreditou que o nome dela realmente fosse Ariel. E
então ele disse:
— O nome da
cadela é Ariel.
— Perfeito! Que
maravilha! Agora tenho nome de cachorro. – Carol ironizou.
— Calma,
querida. Não é bem assim. E ela é bonita. Você mesma disse isso.
— Uma coisa é
ser bonita, outra é ser confundida com cachorro, e você tem essa mania de me
chamar de Ariel!
André voltou a
atenção para o vendedor:
— O nome dela
é Ariel? É isso mesmo que ouvimos?
O vendedor
ficou nervoso, mas resolveu falar toda a verdade:
— Bem... Quando
a senhora trouxe-a para vender, a dona chamava a cadela de Ariel, mas o filho
dela só chamava de Pulga e a cadela atendia. Até hoje, quando chamamos de
Ariel, ela nem nos responde, mas é só chamá-la de Pulga que ela nos ouve. Mas o
dono da loja acha esquisito um cachorro se chamar “Pulga”, e desde então
falamos para todos que seu nome é Ariel, mas, na hora de cuidarmos dela, a
chamamos de Pulga.
—O que acha? –
André perguntou para Carol.
— Se você tem
um cachorro que atende por Carrapato, não vejo nada incomum em ter uma cadela
chamada Pulga. – Carol respondeu.
— Também gosto
do nome Pulga. Vou levá-la.
André não
somente comprou Pulga, como adquiriu todos os objetos necessários para ela,
além de mais ração, pois agora seriam dois animais.
E assim, Pulga
se juntou à família e Carol teve o seu próprio bicho de estimação.
Depois foram a
uma concessionária escolher um carro.
E os cachorros
aproveitaram para brincar e se conhecer melhor.
Lanche,
carro e outros papos
No fim da
tarde, Marta preparou um lanche para ela e o marido, mas como ele estava
chateado pelas mudanças feitas, serviu a torta no quintal.
— Trate de
comer tudo. A torta quase não leva açúcar, pois as frutas estavam bem doces. E
tome todo o chá de limão! – Marta ordenou.
— E eu lá
estou gripado? E não precisa me mandar tomar chá. Eu gosto, ora essa.
— Mas se eu
não ficar em cima, você se faz de esquecido sempre que pode e vai comer coisa
proibida. Acha que não te conheço? Quem não te conhece que te compra. – Marta
ralhou com Pedro.
Pedro nem ligou
para a reclamação da esposa e mudou de assunto:
— Quem esse moleque
pensa que é? Eu sou o pai dele! Eu o ensinei a andar, a pescar, a jogar bola, a
se comportar! Agora manda em mim como se eu fosse criança? Que direito ele tem
de mudar nosso quarto de lugar e mexer em nossas coisas sem nossa ordem?
— Você largue
de ser chato! Está mais ranzinza que eu! Eu também não gostei de ter minha sala
de costura mudada, mas vamos encarar: não estamos mais jovens e você já nos deu
dois sustos no último mês. Subir e descer escada a toda hora é impossível nas
atuais condições. A escada da varanda só tem três degraus, mas a que leva ao
nosso quarto é mesmo desgastante!
Pedro pensou
um pouco antes de responder:
— Mas acha
justo termos as nossas vidas mudadas de uma hora para a outra por causa de um
moleque, que nós mesmos trocamos a fralda ontem?
— A nossa vida
não mudou por causa de André. – Marta deu uma pausa e, em seguida, disse: – Tem
a questão do peso de nossa idade e a nossa situação foi agravada por causa de
Eduardo. A culpa é dele e somente dele. Não foi isso que você e a mocinha me
disseram quando eu estava me sentindo culpada pelos nossos males?
— Tem razão. Você
tem toda a razão. É que estou com muita raiva por tudo o que aconteceu. Tudo de
mal em nossas vidas aconteceu por causa dele.
— E agora você
desconta em nosso filho? Foi ele e a mocinha que desvendaram tudo. Podemos não
gostar, mas eles estão agindo pelo nosso bem.
— Mas nem
fomos olhar a casa! Como André pode querer decidir pela gente? E esta casa era
dos meus pais. Temos que valorizar as nossas tradições.
— Ele não vai
decidir pela gente e nem acabar com a tradição. Calma! Ele nos conhece, sabe do
que gostamos, sabe como nós somos... E eu tenho uma ideia: a gente pode manter
esta casa ainda e ir morar num local realmente confortável que nós mesmos
escolheremos, e que ainda atenda a todas as nossas exigências.
— Que ideia
você tem? – perguntou Pedro, cheio de curiosidade.
E Marta lhe
informou o que tinha em mente.
Pedro não
somente gostou, como aprovou o plano de Marta.
Nesse instante,
André e Carol pararam o veículo na frente da casa:
— Será que
eles vão gostar do carro? – Carol perguntou.
— Tomara que
sim. Fomos bem chatos durante a escolha. – André respondeu.
— Chatos, não!
Criteriosos. Não é qualquer carro que serve para seus pais.
Como Pedro e
Marta ouviram o barulho diferente, foram à porta ver o que era e se depararam
com o filho e a nora.
— O que é
isso? – Pedro perguntou, sem tirar os olhos do carro.
— Trouxeram o
cachorro que vimos. – Marta viu logo o animal.
— Quero apresentá-los
à Pulga! E este é o novo carro de vocês. – André falou, enquanto Carol
cumprimentava os sogros.
Marta foi logo
conhecer a cadela.
— Pulga? Só
André para dar um nome esquisito desse a um cachorro. – Marta comentou.
— Ela é linda,
né? – Carol falou e as duas passaram a conversar sobre a cadela. Carol estava
contente por finalmente fazer algo do agrado da sogra.
— Minivan? Por
que não trouxe uma caminhonete quatro-por-quatro com cabine dupla? – Pedro
queria saber.
— De nada,
ingrato. – André ironizou - Da próxima vez, não te trago presente.
— O carro é
até bonitinho, mas parece pequeno. Não tinha nada maior?
— Pequeno? O
carro tem 7 assentos e o porta-malas é grande. Bem!... Está em seu nome. Se
quiser, pode trocar, mas as caminhonetes lá eram mais velhas que o senhor. Além
disso, olhamos a questão da sua altura, o seu reumatismo para subir num carro
grande...
André foi
interrompido pelo pai.
— É claro que
gostei do carro, besta! Tô brincando contigo. O carro está ótimo para mim e sua
mãe. Dá cá um abraço. Gostei da cor.
— Eu que
escolhi a cor, mas o modelo foi escolhido junto com Carol.
— Mas uma
picape seria mais divertida.
— Se continuar
assim, compro uma pra mim, e não te dou nem uma volta! – André falou
sorridente.
Podiam brigar
ou discordar entre si à vontade. Eles sempre estariam unidos pelo amor de pai e
filho.
Durante o
jantar, conversaram tanto sobre o casamento de Nelly*, que seria naquele
sábado, quanto sobre a festa de aniversário da filha de Rosa Verdeclaro, que
seria no dia seguinte ao casamento. E todos estavam convidados para os dois
eventos.
* Nelly Fernandez é amiga de Carol e suas histórias de detetive podem ser acompanhadas por este link. E quem fez o seu vestido de casamento foi Marta, no capítulo 08.
E ainda conversaram
sobre o assunto da próxima moradia: André informou que as casas que eles tinham
visto não eram adequadas, mas que iam continuar a busca.
— Antes de
irem atrás de uma casa, eu quero que vocês ouçam a sua mãe. – Pedro pediu aos
mais novos.
— A gente
aceita se mudar, se pudermos manter esta casa para sempre voltarmos nos
feriados. E quanto à nova casa nós mesmos queremos escolher. – Marta se
pronunciou.
— Por mim,
está ótimo! – André disse.
— Contanto
que... – Marta continuou.
— Lá vem
bomba! – Falou André, assustado pelo que poderia vir.
— ...vocês
comprem também a de vocês.
— Mas a gente
tem casa, mãe. E as nossas finanças não estão...
— Um
apartamento com um quarto? Você não disse dias atrás que queria me dar um neto?
Pois bem, nós aceitamos o neto, desde que ele tenha uma casa decente! E
queremos vê-lo sempre também. – Marta exigiu. – Além disso, o que eu e seu pai
faremos com aquele dinheiro que você nos trouxe?
— Não quero o
dinheiro de vocês! E sobre a distância, isso não é problema. A gente viajará
sempre para que vocês possam vê-lo e...
André foi
interrompido por Carol, que até aquele momento estava calada:
— A sua mãe
quer dizer que quer morar perto da gente.
André ficou
surpreso. Ele sempre quis independência, coisa que herdou de Marta. Ele não
queria morar mais na mesma casa que eles. Só estavam ali enquanto resolvessem
tudo, mas também se lembrou do quanto sentia falta quando os pais estavam
longe.
— E você? –
André se dirigiu a Carol.
— Gosto de sua
família. Por mim, tudo bem. – Carol disse. Ela já estava mais acostumada com
Marta e gostava do jeito de Pedro, e de como os dois juntos cuidavam e tiravam
André do sério.
— E você, pai?
O que acha? Concorda com mãe? Porque a gente não pretende se mudar para cá.
— Concordo,
sim. Quero ver meus netos crescendo e a gente topa mudar de cidade.
— Então, tá.
Assim que o processo contra Eduardo estiver mais adiantado, a gente se muda.
Todo mundo. E encontraremos uma casa para vocês e... – André tentava falar.
— Duas casas! Sendo
uma para vocês. – Marta o interrompeu.
— Bem... Uma
casa para vocês e...
— Duas casas,
não. Uma casa para todo mundo ficar junto! – Pedro disse, contrariando a
esposa.
— Enfim,
encontraremos um novo teto para morar, mas sobre a quantidade de tetos, discutiremos
depois.
— Terá que ter
pomar e lago. – Lembrou Pedro.
— E um quarto
de costura porque não vou ficar parada! – Alertou Marta.
— Um
escritório para o meu computador. – Até Carol entrou na onda de lembrar o que
queria na nova casa.
— E dois
quartos de crianças. Quero quatro netos. – Exigiu Marta.
— E um local
para os cachorros dormirem. – Falou Pedro.
“Adeus, independência!”, pensou André,
enquanto levava mais um garfo à boca e os outros traçavam o desenho da nova
moradia.
Enquanto isso,
Carol pensava em como falaria com Eduardo no dia seguinte.
Quer também dar uma sugestão de como deve
ser a nova casa? Viu alguma pronta e quer indicar a André? Tem alguma dica a
dar a Carol de como conversar com Eduardo? Escreva nos comentários. Está
habilitado o modo “Anônimos”, para aqueles que não tem conta no Google ou que esqueceram a senha.
Lotes usados:
Car
Dealer - Volkswagen, de vwsr2cool
Angel Town City Center, de
AngelFrouk
Casa de Campo, por Claudia Piefratza do grupo
de Facebook Jogando
The Sims Sim. A casa que editei para a história está hospedada neste link.
Agradecimentos
A Malú Aguir, criadora dos personagens Katy Kordelious e Enrico
Belaventura. Você pode acompanhar as histórias destes dois e de outros personagens
incríveis em A Vida de
Katy, no blog Histórias de Malú.
A Claudia Piefratza, autora
da casa maravilhosa que agora pertence a Enrico. Se quiser conhecer outras
criações dela, como poses para The Sims 4, entre no grupo Jogando The Sims Sim.
A Denise Fernandez, que criou Nelly
Fernandez e todos os personagens e Casos
Ainda Não Solucionados.
E a você, leitor, que leu mais este
capítulo.
Se for a primeira vez que lê esta
história, ou perdeu algum capítulo e se sente perdido, sugiro que leia os
capítulos anteriores que estão organizados na aba Minhas Histórias, ou pode clicar na tag #vermelhoverde.
Participação e Citação Especial
Enrico Belaventura e Katy
Kordelious, sims da série A Vida de Katy.
Obaaaaaaaaaaa!!! Capítulo novo!!!
ResponderExcluirVamos lá:
1. Nossa, também ficaria louca se soubessem que mexeram nas minhas coisas! Rs... Sei que são super bem intencionados, mas precisam aprender a pedir permissão. xD
2. O jeito de André falar é ótimo! Adoro! Huahuhauhuhauhau...
3. Carrapatoooooooo!!! Muito bom revê-lo! :)
4. Sobre Eduardo: triste situação em que ele mesmo se colocou! Tenho pena não! Toda ação deve ter consequências e ele precisa mesmo pagar por ter matado Murilo e por ter mandado que matassem Seu Pedro. Que ninguém se engane com essa carinha de “coitado” dele! Hunf!
5. Léo e seu kilt! Aaaaaaaaamo o Léo!!! Ele tem uma cara simpática demais! \o/ <3
6. Olha a Katy Kordelious!!! Estou amando a história da Malú!!! \o/ <3
7. Fiquei com pena de Elisa... A história dela com a mãe é bem triste...
8. Caramba!!! A primeira casa que visitaram é gigante!!! O.o Mas eu a achei maravilhosa!!! Adorei a sala de jogos e a área da piscina! :)
9. Mas olhaaaaaaaa!!! Amor à primeira vista ente Enrico e Katy!!! Lindos! :) S2 pena que Martins e Léo se deram mal nessa! Huhauhauhuhauhaua... Fazer o quê, né? Alguém teria que sair perdendo nessa! Rs...
10. Falar “Nossinhora!” é tão eu! Huhauhuahuhauhau...
11. Eita!!! Enrico e Katy não perderam tempo! xD :D
12. Caramba, a segunda casa está mesmo abandonada! Que dono desleixado! Mas uma reforma a deixaria da hora! :)
13. Olha que legaaaaaal!!! Carrapato agora tem uma companheira!!! Bem-vinda, Pulga! Muito linda! :)
14. Compreendo as reclamações de Seu Pedro. Mas fico feliz que eles todos se entendem bem e resolvem as rusgas claramente e civilizadamente! Família linda essa! S2
15. Amei que agora eles têm esse projeto de morar próximos! Como ficaríamos com D. Marta e Seu Eduardo longe? Não ia dar certo isso! Sou fã demais desses dois! \o/ S2
16. E ri muuuuuuito com eles listando as coisas que querem na nova casa! A cara de desespero de André foi ótima!
Déa, parabéns por mais um excelente capítulo!!! \o/ Amei demaaaaaaaaaaaaaais!!! \o/ S2
Eu estava morrendo de saudades deles!!! S2
01. Se André pedisse, ia levar um “não’. Brincadeira. A ideia veio de última hora, pois eles estavam intencionados a passar um tempo no hotel, mas o que foi ótimo: nos garantiu ótimas risadas! Pena que Marta não puxou a orelha dele!
ResponderExcluir02. Eu me divirto absurdos com ele. Principalmente quando ele se estressa. Mas ainda bem que o estresse dele sempre passa rápido.
03. Carrapato estava sumido, mas nunca esquecido!
04. Concordo. Toda ação tem sua consequências. Tem que pensar antes, até pq não se pode brincar/tirar outras vidas.
05. Léo voltou com tudo aos kilts!!!
06. Katy Kordelious!!! Estou muito emocionada com a participação dela aqui!
07. Ter uma mãe que a odeie e um pai inconsequente. Não é para qualquer um. Mas ela é adulta e ela mesma deve escolher qual lado seguirá. Vamos ver lá para a frente. Eu espero que seja o lado do bem, mas ela tá de olho para o lado de André.
08. A casa é mesmo maravilhosa! Agradeço muito à Claudia, pois eu não tenho a mínima condição de fazer aquela casa maravilhosa!
09. Tem coisa boa guardada para Martins e Léo! E Enrico e Katy parece destino!
10. Também lembrei disso! E ri um bocado! kkkkkkkkkkkkkkkkk
11. ♪Loves in the air♪ Perder tempo para quê, né?
12. O cara só se preocupava com a parte cultivável. E onde ele dormia? Tenho até medo de pensar a respeito!
13. Pulga & Carrapato: a nova dupla canina! Kkkkkkkkkkkkkk
14. Sim, eles sempre chegam a um meio termo. E é tão natural eles não pensarem igual. Se fosse assim, seria sempre harmonia, mas estranho. E não teríamos como rir deles.
15. Agora D. Marta pode pegar no pé do filho. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Tb amo muito este casal!
16. Tadinho de André: se deu mal. Agora, sim, vai demorar para achar a casa perfeita!
Obrigada por ter lido e gostado. Peço a você e a todos desculpas pela demora. Agora, vamos torcer para que a coisa ande!
Aos comentários:
ResponderExcluir1- Martins e Léo tarados!
2- “E a saia? Tem que ter coragem para usar!” Não tira onda vai se queimar!
3- Essa praga desse Eduardo tem é que aprodrecer na cadeia sem direito a fiança!
4- Acorda Elisa teu pai é mais falso que nota de 3 reais!
5- Carol ta parecendo aquele amiginho que bota lenha na fogueira nas brigas de escola.
6- Katy arrasando corações
7- Ainda não acostumei com as tretas entre Carol e Marta terem acabado. É estranho ver Marta não sendo ranzinza.
1-Mas Katy é uma sedutora nata! Poucos resistem a ela! Léo nem teve chances!
Excluir2-Não é tirando onda! Ela gostou mesmo de vê-lo usando kilt, mas não conhece a palavra certa, e por isso chamou de saia.
3-Mas ele é primário. Nem sempre nossa vontade prevalece, mas penso como você.
4-Mas com ela, o amor é verdadeiro. O problema é a obsessão e ganância que o faz ser tão ruim!
5-Carol e André querem ver o circo pegar fogo! kkkkkkkkkkkkkk
6-É Katy!!! Ninguém resiste!
7-Quem disse que acabou? Ela ainda a chama de mocinha, mas é coisa da primeira impressão dela com a nora: é difícil de esquecer, mas ela já notou que Carol não é ruim. E Marta continua ranzinza: observe a forma como ela pega no pé do filho e do marido? Ser ranzinza não é ser do mal! :)
Obrigada por ter lido, Tatsumi!!!
AI MEU DEUS! O tiro que foi esse capítulo combinou perfeitamente com o tiro que é Fix You! Meu Codlplay! Ninguém sai!
ResponderExcluirAcompanhei a história da Katy em algumas fotos do Facebook, mas não sabia que tinha um blog! Acho que já descobri o que vou fazer esse final de semana!
1- Desculpa por não ter comentado o último capítulo, ele não deixou a desejar em nada, eu que fiquei com preguiça de comentar mesmo!
2- Essa família E só atrapalha, em! Eduardo, Elisa e Edite: todos têm um passado triste, mas não tentam arrumar do jeito certo. Muito triste mesmo!
3- Fiquei me imaginando morando na primeira casa: com certeza ia me perder!
4- QUATRO NETOS DONA MARTA?! Ai meu coração! Coitada da pobre Carol hahhahahah
5- Eu não ia gostar que mexessem nas minhas coisas porque se não foi eu que guardou eu simplesmente nunca vou achar outra vez! hahahhahah
6- Simpatizei muito com o André! Amo meus pais e sinto muitas saudades deles, mas quero morar sozinha, sim! Ainda mais casada e planejando ter filhos! Imagina que saco todo mundo opinando toda hora!
7- Pulga e Carrapato! <3
8- Esses dois disputando o coração da Katy! Ri demais! Ainda mais da reação do Leo ao ver que o Enrico tinha roubado o jogo!
9- A propósito, o Enrico não perde tempo, em! Mostrar a casa... Acho que ele vai começar pelo quarto do casal!
Desculpa novamente por não ter comentado o último capítulo e por agora ter deixado tudo fora de ordem, mas é que eu quis listar aquilo que mais me marcou na ordem que eu ia lembrando! Haahahaha!
Não desiste Andrea, sua história animou meu final de semana!
Oi Leticia!!! Sobre o Cold Play, temos de agradecer a uma amiga que me indicou esta música, pois eu mesma não conhecia, mas ficou perfeita realmente!
ExcluirKaty antes não tinha blog! Saiu dias antes deste capítulo, mas agora podemos acompanhar melhor as aventuras dela. E ela ficará bem feliz em tê-la como leitora!
01-Relaxe! Você me explicou que já leu tarde da noite. O que importa é que tenha lido e gostado! Isso é que me dá prazer em fazê-lo. É claro que o feedback é sempre bem-vindo, mas nunca é obrigatório! O que vale realmente é c ter gostado!
02-Gostei do nome: Família E! kkkkkkkkk Tomara que Elisa consiga mudar a própria história, mas se ela seguir os passos dos pais... EITA!!! Mas te entendo: a gente percebe que eles são humanos, e ficamos tristes por eles.
03-A casa é grande e maravilhosa, né?
04-A vingança de Marta! Huauauauauauauauaa!!!
05-Somos duas!!!
06-Concordo contigo, mas vê-lo estressado promete ser engraçado!
07-Se eu tivesse pensado antes poderia ser Pulga e Percebejo, mas agora todos nós amamos Carrapato com este nome. Kkkkkkkkkkkkkkkk
08-O bonito é que os dois disputavam a atenção dela, mas sem brigar entre si e sem desonestidade. Isso é muito bonito!!!
09-Eu também tive a impressão que ele ia mostrar primeiro o quarto de casal a Katy! Enrico percebeu que a coisa entre ele e Katy é maior, vai além da atração! Desejo felicidades ao dois, mas se eles permanecerão juntos depois, dependerá de Malú e Katy! Mas eu shippo EnriKaty!
Não precisa pedir desculpas. E as suas palavras também animaram o meu fim-de-semana e a história deles. Obrigada por ler, Leticia!!!
Depois de ler a sua resposta permanece a dúvida: eu ri mais lendo o capítulo ou lendo a sua resposta? Hahahhaha Você é maravilhosa!
ResponderExcluirGente do Céu! Fiquei apaixonada! Sem palavras! História, Fotografia, Humor, Drama e tudo mais. Parabéns a todos. Por isso sempre me identifiquei com a EA. e o The Sims. A oportunidade de descobrirem, grandes "Artistas"! Orgulhosa de ser um ou uma, Simmers. Mais uma vez! Parabéns, congratulações... Obs; (clausSims), sou eu (Claudete Pietrafeza) do Jogando The Sims Sim.
ResponderExcluirOi Clau!!! O orgulho é meu por você ter lido e gostado da história. E obrigada mais uma vez pela casa e pelos elogios, mas é você é que está de parabéns! A casa é magnófica!!!
ExcluirAmei o capítulo. Finalmente André e Carol terão o seu bebê?
ResponderExcluirQuatro netos, dona Marta?! Coitado do André, vai trabalhar muiitooo, mas acho que desse trabalho ele vai gostar ;)
Parabéns Andrea! s2
Queremos tanto este bebê!!! Até eu estou com pressa!
ExcluirAndré vai ter que suar muito para fazer quatro bebês, mas também acho que ele vai curtir bastante o trabalho.
Obrigada Paty por estar acompanhando! Amei ler aqui seu comentário!
Olha eu aqui!!!
ResponderExcluirPerdão por demorar a comentar.. mas precisava ler os capítulos anteriores..
Amei o capítulo.
Meus filhos amados Katy e Enrico. Amei eles em sua história. Fiquei tão feliz em vê-Los em The Sims 2. Tão lindos 😍
Fiquei com raiva do Eduardo, planejando coisas horríveis. Vou mandar Enrico dar um jeito nele!
André rabugento viu! Tava pior que dona Marta. Achei que ele não tinha ido com a cara da Katy. Tão fofa a Carol com a Katy. Ri muito de Leo e Martins (meninos ela tem uma irmã gêmea, caso interessa kkk).
Eiii Carol enjoando, será que lá vem um mini Andrezinho ou Carolzinha?
A pulga que fofa hahaha. A Carol brava pq o vendedor chamou a cadela de Ariel hahahaha.
Eita que vão morar tudo junto! Tem que ser uma casa de dois pisos e um pátio enorme pra cumprir com as exigências de todos.
Fiquei muito feliz pela minha Katy e meu Enrico aparecer em sua história. Me emocionei ❤
Obrigada e aguardando o próximo capítulo
Que bom que gostou da versão The Sims 2 deles.
ResponderExcluirPode mandar Enrico falar com ele mesmo!
André tem a rabugice no sangue! E não é nada contra Katy, é que ele estava chateado porque ele é todo metódico e o plano é que vissem casas confortáveis para os pais, e ele sabia que não ia acontecer isso. Dito e certo: a primeira casa era linda, mas inadequada para os pais.
Pode passar o telefone que tá tudo solteiro!
Mini Andrezinho ou Carolzinha? Quem sabe? Desta vez. ainda não, mas eles cão continuar praticando!
Pulga é linda, né? O problema de Carol era ela ser confundida com a cachorra. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Tomara que encontrem este terreno enorme e uma casa perfeita!
Eles são sempre bem-vindos, Malú!
Obrigada por ter lido! Que bom que gostou!