História de dois ex-militares que amam o perigo e o trabalho.
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Capítulo 08
Procura-se um advogado
Procura-se um advogado
Resumo do capítulo
anterior: Marta e Pedro revelam que Marta sofreu um aborto no acidente
responsável pelo passamento de Murilo; Carol conta a André sobre sua infância e
adolescência, e também sobre a visão que teve de Murilo; Carol e André começam
a investigar oficialmente a morte do irmão de Marta; Carol recebe a notícia de
que receberá a visita de uma amiga; Eduardo vai à casa de Pedro; e Carol e
André ficam alarmados quando notam a semelhança física de Eduardo e Carol.
Ginástica
O inverno tinha finalmente passado e estavam na primavera. A rotina da
família tinha mudado. Todos os dias, de manhã cedo, a família fazia uma
caminhada, após o alongamento e sempre sob a orientação de André. E a
alimentação de Pedro e Marta também tinha sido modificada, o que não agradava
em nada a esse primeiro.
Carrapato até já tinha ganhado a confiança da carteira, mas ela teimava
em não dizer o que colocava na caixa de correio. Ele se perguntava se ela tinha
problema para ouvi-lo.
André já tinha flagrado o pai comendo rosquinhas industrializadas
escondido. Pedro antes era muito preocupado com a saúde, mas agora não era mais
ativo e nem era mais tão preocupado com o próprio bem-estar. Por sorte, também
não era contrário a voltar a fazer atividades físicas. Nisso, André só tinha
que tomar cuidado com a regularidade dos exercícios.
Naquele dia, como Marta e Carol iam receber visitas, André aproveitou
para sair com o pai para procurar por uma boa academia de ginástica.
— Mas leva este cachorro também. Só faz bagunça na casa! E com visitas,
bagunça é intolerável! — Marta ordenou.
— Não entendo tanta preocupação de vocês agora. Eu estou bem. E quando
ele era criança, não queria saber de exercícios. — Pedro acusou o filho.
— Ouviu isso? Vai passear! Mas tem que se comportar direito, ouviu? — Carol
gostava de conversar com o cachorro, que parecia entendê-la.
Visitas
Mais tarde, as visitas chegaram: Nelly, amiga de Carol, e Marlene,
amizade de Marta. Nelly e Marlene eram bem amistosas entre si; e a primeira
iria se casar com o filho da segunda. E para resumir a história: Marlene tinha
até mesmo conhecido a mãe e o ex-marido de Nelly.
Marta e Marlene aproveitaram para colocar o papo em dia...
...enquanto Nelly não parava de falar nos filhos, com extremo orgulho.
Marta pediu para Nelly usar o vestido e, assim, ter uma ideia melhor do
que poderia fazer.
— Então, Dona Marta, este vestido era de minha mãe e quero casar com
ele. Se quiser, posso deixar aqui e volto depois.
— Sim, depois a gente volta e pega. A gente não mora tão longe.
— Não será necessário ir e voltar por causa da roupa. Eu já sei o que
farei e será rápido. Seu vestido parecerá novo e a memória de sua mãe
permanecerá intacta.
Poucas horas depois.
— Ficou lindo! Dona Marta, a senhora tem o dom da costura! — Nelly
estava maravilhada com o vestido reformado. Se não fosse a cor e o tecido, nem
ela lembraria que já tinha se casado com aquele vestido também, que era parte da
história da família.
— Concordo muito! Ficou lindo este vestido em ti, Nelly. Parabéns pelo
trabalho, querida amiga. — Marlene parabenizou Marta.
— Não foi nada difícil. A sua mãe tinha bom gosto para roupas e tecidos,
Nelly. E a modelo ajuda, já que é magrinha. — Marta achava bonito uma mulher
ter curvas, mas na hora de costurar, sabia que o trabalho era redobrado para
não errar no caimento.
— Está mesmo muito bonita e elegante, mas acho que você e Marlon
deveriam começar com tudo novo. Tenho certeza de que sua mãe não ficaria triste
se trocasse de vestido. E este está tão elegante! Não faltará ocasião para
usá-lo. Minha sogra tem um vestido de casamento lindo aqui. Aquele vestido já
tem dona, Dona Marta? — Carol sabia do desafortunado casamento anterior de
Nelly e não queria para a amiga nada que a lembrasse disso.
— A mulher não pagou nem o pano! Confisquei. Nem entreguei sequer. E
acho que dá em Nelly, inclusive. — Marta comentou e foi pegar o vestido.
Quando Nelly experimentou a nova roupa, ela ficou surpresa com seu
caimento e beleza.
— Realmente, Carol! Esse combina mais para se casar! Muitíssimo obrigada
pela sugestão! E obrigada, Dona Marta,
por fazer este vestido. — Dizia encantada consigo mesma, se vendo no espelho.
— Uau! Ficou linda! Marlon não tirará os olhos de você. — Marlene
declarou, pois sempre imaginou que Nelly era o melhor que podia acontecer para
o filho.
— Parece uma princesa. Todas a invejarão! — Carol disse ao contemplar o
vestido.
— Dona Marta, muito obrigada por todo o cuidado e carinho! Você é demais
e vai continuar indo longe com as suas costuras! — Nelly, emocionada, deu um
abraço carinhoso em Marta.
— Que é isso, menina. E cuidado para não chorar, senão, daqui a pouco,
você mancha o vestido. Você tem sempre que estar linda. Não se esqueça disso.
Mas obrigada pelo elogio a minha costura. — Marta tinha muito orgulho de seu
trabalho, mas buscava não demonstrar.
— E quanto é tudo, Dona Marta?
— O vestido verde é meu presente de casamento para você. Combina muito
contigo agora. E o valor do branco, eu acerto com Marlene. Pode ficar
tranquila.
E, ao fundo, Marlene foi conversar com Carol.
— Você é muito encantadora, viu? Linda de
verdade! — Ela a elogiava com muita
sinceridade. — Parece até uma
bonequinha!
— Obrigada.
Carol estava sem jeito de agradecer. O marido
sempre a elogiava também, mas ele era suspeito.
— E sua amizade com a minha nora é muito
bonita. Obrigada por tudo! — Marlene disse, sorrindo.
— O que é isso! Eu não fiz nada! Foi Dona Marta que fez as costuras. E
eu gosto muito de Nelly. Ela é uma amiga para todos os momentos. Ela merece o
melhor de todos.
Enquanto Nelly trocava de roupa e Carol passava um café novo para todas
e preparava um lanche, já que Marlene e Nelly ainda viajariam naquele dia, Marlene
foi indagar o preço da costura à Marta.
— Quanto ficou tudo? O vestido de casamento é lindo e o outro ficou uma
maravilha! Devem ser os olhos da cara.
— E você acha que vou cobrar o vestido verde? É meu presente de
casamento para Nelly. E quanto ao vestido branco, já acertei com ela também.
Não se preocupe com o valor.
— Mas eu faço questão de pagar.
— É só não demorar de voltar que já estará pago — Marta gostava muito da
amiga e gostou de revê-la. Achou a ideia do conserto um ótimo pretexto para
isso.
Depois do lanche, o táxi chegou para levar as visitantes até a
rodoviária e, de lá, as duas partirem direto para sua cidade: Riverside.
Quando o carro partiu, Carol, que sempre teve a intenção de dar o
vestido branco de presente à amiga, mas de forma anônima, perguntou à Marta:
— Quanto ficou mesmo o vestido branco, Dona Marta?
— Eu acertei com as duas que você, por ser uma boa amiga, pagará pelos
dois vestidos.
Pagar pelos dois vestidos não estava nos planos de Carol. Enquanto isso,
Marta ria da cara de assustada da nora.
Após a saída de Nelly, Carol aproveitou para ligar para sua amiga
Lorena, pois Carol e seu marido André precisariam ir à San Myshuno, no Quarto
Império, já com um advogado lhes representando por lá, mas os dois não tinham
nenhum e nem conheciam alguém daquele país para contratar. No entanto, Carol
acreditava que Lorena, que morava naquela nação, em Oasis Springs, talvez
conhecesse algum advogado confiável, já que o namorado dela eram bem envolvido
no mundo dos negócios. Segundo o que Carol sabia, o namorado de Lorena era
sério, decente e mais velho que ela.
Devido ao fuso horário, já era noite no Quarto Império e sua amiga já
deveria estar em casa.
Como imaginado, Lorena logo atendeu.
Após os cumprimentos iniciais, Lorena lhe pôs a par de todas as
novidades: estava feliz, morando em San Myshuno com o namorado e já estava
grávida.
“Todo mundo fica grávida, somente
eu não?”, Carol pensou, mas nada disse para Lorena. Sua amiga Nelly já tinha um garotinho e agora
uma linda bebê; e Lorena logo teria o seu próprio. Carol estava muito feliz por
elas (principalmente por Lorena, que nunca tinha feito planos de ser mãe), mas
o coração traiçoeiro doeu da mesma forma.
Carol preferiu então focar logo no motivo principal de sua ligação,
antes que Lorena tivesse a impressão errada:
— Estou muito feliz por você. Estou até surpresa com tantas novidades. E
justo agora que preciso de sua ajuda!
Carol falou de sua necessidade de um advogado criminalista talentoso e
confiável para resolver assuntos antigos dos pais de André, mas, para não
preocupar Lorena, não comentou que ela e o marido estavam envolvidos na
investigação. Lorena sabia de sua antiga profissão, mas não precisava se
preocupar agora com a situação de Carol.
— Claro que ajudo, Carol. Inclusive, Carlos está aqui perto e logo
mandarei um e-mail com o nome de alguém de confiança.
— Obrigada! É um alívio saber que posso contar com você.
Antes de encerrar a ligação, Carol perguntou mais sobre a saúde de Lorena
e do bebê, mas evitou de demorar na linha por causa do custo da chamada.
Lorena era bem mais nova que Carol, mas isso nunca foi empecilho à
amizade delas.
Encanamento e e-mails
Música: Clara Nunes – Meu sapato já furou
À noite, a família notou que os dois chuveiros estavam com defeito.
Enquanto Pedro e Marta jantavam, André e Carol tomaram a responsabilidade de
consertá-los eles mesmos. E decidiram qual banheiro cada um iria cuidar pela
forma mais justa e democrática possível naquela situação: no par ou ímpar.
André ficou com o banheiro dos pais. E ele gostava de reparar coisas.
Além da sensação de se sentir útil, trabalhos manuais eram bons para
preencher a mente, e sempre havia a chance de alguém que ficar feliz pelo
serviço feito e querer recompensá-lo depois. No caso, a mãe poderia fazer
biscoitos caseiros ou bolo para ele.
Ele só achava estranho o banheiro dos pais dar defeito porque esse tinha
passado por reforma recentemente, mas imaginou que o motivo era ele não ter
estado presente na época para poder fiscalizar. Até a torneira da pia tinha
quebrado.
Aproveitou e limpou todo o cômodo.
Carol também não achava ruim esse tipo de serviço. Desde nova fazia
trabalhos de reparos, fosse no orfanato ou pelas casas que passou, e no quartel
eles tinham que ser capazes de fazer tudo.
Consertar chuveiro era fácil e até divertido para ela.
Mas, depois, Carol percebeu que o vaso, apesar de limpo, estava
entupido, já que a reforma não atingiu aquele canto da casa. E desentupir não
era nada divertido. Ela prometeu que, da próxima, não teria democracia certa:
ela ia usar de poder absolutista e simplesmente mandar André desentupir todos
os vasos sanitários que ela encontrasse com problemas. Ela também imaginou que
o marido foi consertar o chuveiro usando tênis, para ela lavar depois.
Após o trabalho, e cada um poder finalmente tomar um banho para
regenerar as forças, não teve biscoitos, mas teve panquecas para André e chá para Carol, que foi verificar seu e-mail e depois atualizaria as informações
coletadas.
Conforme prometido, Lorena lhe passou os contatos de um advogado chamado
Alexandre Lange, que era de muita confiança de Carlos Sartori, seu namorado. O
grupo Sartori era conhecido por sua rede de restaurantes e spas; e também por
agir sempre dentro da lei. Carol ficou mais confiante com a informação, pois
ela também já tinha ouvido falar desse grupo.
Com surpresa, Carol viu um e-mail de Nelly, muito agradecida porque, em
conversa com Marlene, ambas descobriram que os dois vestidos feitos por Marta
saíram de graça. Marta tinha feito questão de não cobrar o vestido verde
reformado e contou uma história para enrolar as duas, de forma que o vestido de
casamento não fosse pago por nenhuma delas.
“Ah, velhinha safada!”, Carol
pensou, mas não falou em voz alta por causa de André.
Após os cuidados com a louça, André sentou-se perto da esposa.
— Já falei que você é linda? — André ouviu em algum lugar que para tirar
a cara emburrada de uma mulher, nada melhor do que elogiá-la; e no caso era
fácil, pois ele achava realmente a companheira linda.
— Deixa eu me lembrar... Hoje ainda não.
Carol tentava ficar chateada com ele, mas como André sempre a ajudava
(ele mesmo lavou o tênis molhado sem ela pedir), a bronca sempre passava. E
depois que ele sorria, a desarmava de vez.
— Conta logo. O que houve? — André pediu.
— Conseguimos um advogado.
E mostrou no computador as referências de Alexandre Lange para André.
— E como foram as visitas?
Carol então lhe contou como a tarde tinha sido boa.
— Só isso? Você tem o costume de saber mentir para estranhos, mas é
péssima mentirosa para mim. O que aconteceu realmente para deixá-la séria desse
jeito? E foi agora, depois que abriu o notebook.
Já com dor de cabeça pelo fato e sem muitas chances de mentir para
alguém tão observador, Carol lhe contou a história de que ela queria pagar um
vestido, a sogra lhe cobrou dois, mas disse para Nelly que os dois vestidos
eram presentes dela própria. O tema poderia ser chato para ouvidos masculinos e
poderia parecer mesquinhez da parte dela, mas depois dos gastos de Natal, eles
não tinham tanto dinheiro sobrando e a viagem e os honorários com um advogado
renomado fariam certamente um rombo no orçamento deles. E teriam que ver ainda
a questão do encanamento da casa. Além, claro, dela estar chateada com a
injustiça dela própria pagar por tudo e Marta ficar com a honra de ter dado os
presentes.
Enquanto isso, Marta estava ouvindo a conversa, perto da escada.
— Ela já te cobrou o valor? — André perguntou.
— Ainda não. Ela disse que veria o preço depois e a possibilidade de me
dar um desconto. — Carol respondeu.
— Ela falou brigando ou rindo?
— Rindo.
— Amanhã tudo estará resolvido e você não terá que pagar nada, ou apenas
um, como você tinha falado com ela. Ela e meu pai fizeram isso diversas vezes
comigo: me cobrar algo para me ensinar responsabilidade e compromisso, e, a
depender de meu comportamento, nada me era cobrado depois. Eu não sei o motivo
dela ter feito isso com você, mas o padrão é o mesmo. Tudo ficará bem.
— Tem certeza?
— Absoluta! Estou aqui hoje devido à educação que recebi dos dois e à
rabugice dela. — André falou com carinho.
— Você os ama muito, mas está sabendo que sua mãe é uma troll*? — Carol
falou sorrindo.
— Pode apostar que sim, mas ela é uma troll do bem e só faz algo assim
com quem ela confia e gosta. Por isso que poucos guardam mágoa dela.
* Troll é um
termo utilizado como gíria na internet, designando uma pessoa cujo
comportamento ou comentário desestabiliza uma discussão; aquele que zoa,
chateia, sacaneia, tira o sarro.
Carol torceu para que fosse como André descreveu. Sua dor de cabeça foi
embora depois da afirmação dele e ela pôde concluir o serviço mais tranquila.
Ela queria que, quando falassem com o advogado, já tivessem com tudo em mãos e
organizado.
Plantas-Sims e Pais
Naquela hora, na casa dos Verdeclaro, Rosa recebeu o marido que chegava
de mais um dia do trabalho na comunidade dela.
Mesmo cansado e suado, Jason dava atenção à Margarida e a tratava como
se fosse própria filha, pois era isso que Rosa tinha lhe contado.
A pequena Margarida o amava também e retribuía o afeto recebido.
Durante o jantar de Jason, Rosa lhe falou do aniversário de Margarida,
enquanto via o marido comer.
— No mês que vem ela fará aniversário. Deixará de ser um broto e
florescerá como uma linda planta-sim adulta.
— Já? Mas como assim “adulta”? – Jason estranhou.
— Nós não passamos pela fase criança e adolescente como vocês.
— Sem escola e sem faculdade?
— Acho que ela poderá ir à faculdade depois, mas como não temos essas
fases da vida de vocês, ela terá ainda que aprender a ler ou voltar a nossa
comunidade.
— Sem problema. Eu e Gabriel ajudaremos nisso. Claro, se ela quiser
continuar aqui conosco, o que será muito bom.
Durante a madrugada, Rosa velava o sono do marido. Ela e Margarida não
precisavam comer ou dormir. Suas necessidades se resumiam apenas à luz solar, muita água e amor. Jason então providenciou lâmpadas especiais para nada faltar a elas
e até falava em se tornar um planta-sim também, mas ela não queria que ele se
transformasse, embora ela soubesse como poderia fazer isso.
Enquanto isso, Margarida brincava com seus brinquedos.
Café da Manhã com Vestidos
No dia seguinte, no café da manhã dos Fagundes, Marta demonstrou estar
mais alegre e contou a todos sobre a visita do dia anterior. E sobre a cobrança
dos vestidos, incluindo a falsa cobrança a Carol.
— E quem vai pagar realmente por esses vestidos? — Pedro perguntou.
— E vocês acham que eu ia cobrar o conserto de uma amiga que eu não via
há muito tempo e que ainda se deslocou de outra cidade para me dar a
preferência? E, quanto ao outro, foi
indicação da mocinha aí. E não precisa me pagar nenhum, já que eu disse a uma
que a outra ia pagar pelo vestido branco.
— E por que fez isso? Para deixá-la preocupada? — André perguntou,
deixando Carol feliz pela defesa simples, mas significativa.
— Fiz porque eu queria ver a reação da mocinha aí! — Marta tinha
dificuldades em chamar Carol pelo nome. — Queria saber se ela ia reclamar
comigo ou se ia correr chorando para pedir ajuda ao marido, mas vi que ela não
fez nem uma coisa e nem outra. Ouvi a conversa de vocês ontem e se não fosse
sua insistência, ela nada comentaria. Não foi você mesmo que pediu para que eu
desse uma chance a ela e a tratasse como filha? Parabéns, mocinha. Está
ganhando minha confiança, mas não tem a totalidade dela ainda.
— Ouvir atrás das portas: que coisa feia, Dona Marta! — Tanto André
quanto Pedro falaram juntos a mesma coisa.
— Fiz o que é necessário fazer.
André e Carol ficaram preocupados se ela tinha ouvido algo a respeito do
trabalho deles ou do advogado, ou mesmo da viagem que ainda não tinham marcado,
mas souberam camuflar.
— E esse dinheiro não fará falta a senhora? — Carol ficou preocupada com
essa questão.
— O vestido de casamento estava parado sem me dar lucro. E o verde foi
fácil e eu já tinha todo o material em mãos. — Marta respondeu.
Carol ainda insistiu em pagar o vestido de casamento, mas Marta foi
categórica em não aceitar o pagamento. Depois que ela e Pedro saíram da sala de
jantar, André falou baixo para Carol:
— Eu não disse que você não seria obrigada a pagar pelos dois?
— Mas se sua mãe repetir a façanha, quem irá precisar de um
cardiologista serei eu, e não o seu pai. — Carol respondeu entredentes, com
receio de Marta estar por perto.
Na casa dos Verdeclaro, Rosa foi falar com o marido, que ficava de folga
nos sábados:
— Quero fazer uma pequena reunião e vender meus produtos. Com o
dinheiro, podemos fazer uma festa para Margarida, assim como o seu povo faz. O
que você acha?
— Claro que sim! E nem precisa esclarecer que é para o aniversário. A
festa da menina está garantida! Só não sei como você fará a arrumação: se de
festa de criança ou de festa de adulto. O pessoal tomará um susto imenso ao
vê-la se transformar em uma mulher adulta, como você me falou. — Jason não se
aguentava de rir ao imaginar a reação de seus amigos quando vissem isso.
— Será que ficaria muito em cima da hora se eu marcasse para amanhã?
— Amanhã será domingo. Dia perfeito para uma festa na piscina. Pode
chamar. Mesmo que ninguém compre nada, por estar sem dinheiro em mãos, será
ótimo rever todos.
Jason não poderia ser considerado rico, mas o seu salário não era
pequeno e lhe permitia viver com folga no orçamento. E ele sabia que não seria
demitido se virasse um planta-sim, o seu sonho. Só não sabia como se
transformar em um. Ainda.
Enquanto ligava para os vizinhos, convidando-os para a reunião, Rosa
observava Jason brincar com a filha; e ela se perguntava se tinha tomado a
decisão certa de não revelar a verdade sobre a paternidade da menina, já que
temia que Jason rejeitasse a ela ou à criança. E planta-sims odiavam mentira,
mas ela achou que necessária.
Jason olhava para Rosa imaginando quando ela iria lhe contar quem era o
verdadeiro pai de Margarida, já que ela sempre desconversava quando ele fazia
mais perguntas sobre o assunto, embora afirmasse categoricamente que ele era o
progenitor. Não precisava ser nenhum Einstein para saber que a menina não tinha
traços dele. E apesar do comportamento muito “carismático” de Rosa, ele sabia
que ela nunca o tinha traído. Rosa nem sabia o que era intimidade física antes
de conhecê-lo, já que os planta-sims não precisavam disso para se reproduzir.
Ele não gostava, mas entendia o fascínio dela pelo sexo oposto, pois, para ela,
tudo ainda era novidade. E Jason, por ser pesquisador e devido ao seu orgulho
masculino, precisava saber como se deu aquele fato. Mas os planta-sims não
gostavam de falar sobre a própria reprodução com os humanos.
Já tinha tentado fazer exame de DNA, mas o protocolo exigia a
autorização da mãe, justo que o lhe faltava.
Mas logo Jason teve a sua atenção desviada desses pensamentos pela
pequena Margarida, que como toda criança pequena, e cheia de saúde, não parava
quieta.
Rosa também convidou Carol e André para a reunião, e eles aceitaram o
convite, que ainda foi estendido à Marta.
Jason sabia que Marta chegou a bater certa
vez em Rosa, e não poderia lhe tirar a razão, após
Rosa lhe contar o motivo. Jason conversou mais uma vez com a esposa do porquê
de não poder achar todos os homens bonitos e externar essa opinião, e Rosa
passou a se controlar mais. Jason sabia dos riscos de nova briga entre as duas,
mas já que Rosa não tinha guardado mágoa, ele esperou que Marta também não
guardasse rancor.
Festa na Piscina
No dia seguinte, os Fagundes chegaram à casa de Rosa, no horário
marcado.
E Marta resolveu conversar com o cachorro. Aparentemente, funcionava com
o filho e a nora.
— Se ver alguém verde, mais ou menos de minha altura, com um xaxim na
cabeça e muito perto de Pedro, pode morder que é vegetal. Mas veja bem: tem que
ser de minha altura.
Morder era com Carrapato. E Marta sabia que Rosa e Jason tinham uma
filha. Marta nunca tinha visto a bebê e o problema dela era com a mãe da
criança.
André também nunca tinha ido à nova casa de Jason, mas soube esconder a
surpresa ao se ver em uma estufa.
— Não falei que era perto a casa deles?
— E você falou que seu amigo era normal. E é muito normal morar numa
estufa com uma árvore dentro. — Carol falou zoando.
Do lado de fora, através da porta de vidro, era possível ver a parte
interior da casa, que tinha uma árvore frondosa no centro. E a residência
contava com um teto que lembrava uma estufa.
— É claro que é! E pense na economia com aquecedor no inverno e com
ar-condicionado no verão. E a economia de luz então! Nem se fala. — André
brincou, apesar de considerar seriamente a questão.
Enquanto os pais de André iam bater na porta, Carrapato viu os donos da
casa e começou a latir quando viu Rosa. Era bom já deixar avisado para não
dizerem que ele não deu uma chance de Rosa evitar uma dolorosa mordida.
Jason recebeu Pedro e depois foi cumprimentar André:
— A festa está sendo lá na piscina. Só não terá churrasco, mas tem
comida dentro de casa.
— Dona Marta! Que bom que veio! — Rosa cumprimentou.
— Nem venha, sua sonsa! Só estou aqui para ficar de olho em você.
— Os tempos são outros. Vamos entrar e tomar um refrigerante ou chá
gelado.
Marta tinha desavença com Rosa, já que certa vez a Planta-Sim ficou
interessada em Pedro. E Rosa não conseguia guardar mágoas, nem se disso
dependesse a própria existência.
— Dona Marta é sempre tão direta com todos? — Carol estranhou.
— É sim. Ninguém pode dizer que ela é falsa.
— Pelo menos não é só comigo.
Com exceção de duas pessoas que não puderam comparecer, todos estavam na
reunião, como Rosa tinha planejado.
As famílias Ribeiro e Chaves aproveitavam para conversar com André
Martins, que além de amigo dos casais, tinha um filho que já tinha namorado a
filha de Gabriel e agora estava de namoro com a filha de Mariano. Por sorte,
nenhum dos pais brigou por causa disso. Os pais acreditavam que era só briga de
adolescentes, e as mães somente davam apoio às filhas, que antes eram amigas e
agora se odiavam.
Enquanto isso, na piscina, estavam Xande, Sandra e Jaime brincando e
aproveitando o calor do dia na piscina; mas Juliana preferiu ficar conversando
com André Martins e os pais, para evitar bater em Sandra. Léo da Mata não se
interessava por aquelas brigas de adolescentes, mas não tinha muito o que fazer
ali.
— Agora sei o porquê de você resolver vir arrumada. Vi o motivo ali
atrás sentado. — Patrícia comentou com Cléo se referindo a Léo.
— Não é ele. Agora sei que tenho muito valor. E acho que o meu grande
amor está fora desta cidade, mas, até lá, tenho motivos para andar arrumada. — Patrícia
respondeu.
— O carinha da banda? — Cléo se referiu a um recente namoro de Cléo*.
— Não. Josh* não me prometeu nada, mas me fez ver que não mereço ser
tratada como migalha.
*Para saber
sobre Josh e o rápido romance de ambos, clique aqui para rever o capítulo 6 e, para ver Josh em seu habitat natural, veja a
história “Axl Logan”.
— UAU! Tô cheia de inveja agora.
Também queria estar com tanta autoestima.
— Logo você achará alguém legal que reconheça o seu valor. Não aceite
nada menos que isso.
Carol e André encontraram a pequena Margarida, e Carol falou com ele:
— Ela não deveria estar lá dentro, se protegendo deste sol ou mesmo
dormindo?
— Não mesmo! Planta-sims gostam de muito sol e de contato com pessoas. O
que acha dela?
— Saudável?
— Eu também acho.
André e Carol não achavam a criança bonita, mas não exprimiram a opinião.
E a bebê estava feliz e parecia cheia de saúde. Carol aproveitou para brincar
um pouco com a menina, que nada tinha a ver com sua briga com Rosa.
Léo viu uma moça diferente na casa e não reconheceu Cléo de cara, embora
ele também mal tenha olhado o rosto dela.
— Cléo?!! É você?!! Nem a reconheci de imediato. Está mais bonita!
— Oi, Léo. E obrigada.
Cléo ainda sentia uma leve atração por ele, mas bem menor do que antes.
— Arrumou namorado novo? — Léo sondou com interesse.
— Não.
— Promoção no trabalho?
— Também não.
Léo notou que a moça estava diferente até no modo de falar. E como Léo
achava que, para uma mulher mudar tanto, tinha que ter algum motivo por trás,
tentou mais uma vez:
— Já sei! Você e Patrícia resolveram assumir o romance!
Léo nunca percebeu que Cléo tinha uma queda romântica por ele.
— Desculpe se pareço grossa, mas
tenho mais o que fazer do que lhe dar atenção, Léo. E como você nunca percebeu,
eu e ela somos hétero, a tal ponto que ela namorava o seu vizinho até pouco
tempo.
Léo não se incomodou com a resposta e foi se juntar aos amigos. E ao
passar por Patrícia, ficou feliz por ela não estar namorando mais Gabriel e por
ser hétero. Talvez a chamasse para sair depois.
— Só está faltando um churrasco! — André Martins comentou.
— Ia ter, mas não rolou por causa dos produtos de Rosa, que são
sensíveis a cheiros fortes e certos gases, como é o caso da fumaça do
churrasco. Da próxima vez, terá churrasco e nada de produtos.
— Pelo menos, Dedé tem novidades. — Como no grupo havia
dois Andrés e o Fagundes era o mais jovem de todos, recebeu o apelido de Dedé
entre eles, mas nunca era chamado assim fora daquele grupo. — Casou já! Agora é homem feito como o resto de nós! — Mariano resolveu
puxar assunto para a vida deles.
— Estão parecendo mamães. Que tal vocês voltarem suas atenções a Léo,
que não fica com ninguém? — André respondeu.
— E para quê vou arrumar encrenca com mulher? Tô feliz assim. Para
melhorar, só falta aumentar meu pomar.
Léo nunca teve intenção de se casar, mesmo com os constantes pedidos dos
pais. E agora, ele era o último da família, mas só pensava em expandir o
próprio pomar, que tinha um terreno fértil e compensava o investimento. Ele
tinha herdado uma fazenda dos avós, mas como era muito distante e o solo era
ruim, preferiu vender a terra.
O papo seguiu o curso de dinheiro e terras.
E, depois, Rosa finalmente fez a apresentação de seus produtos: Poção
do Amor 8.5, Vampirocilina
D, Licantropocilina-B, Bruxaria-Já-Era, ReNoVaTrix*, Elixir-Cresce-Rápido* e vários outros. Ela nem citou a
existência do Plantomina-C, por motivos óbvios.
*ReNoVaTrix é
uma poção presente em Vida Noturna que permite modificar os gostos sobre o que
"É Legal" e o que "Não é Legal";
*Elixir-Cresce-Rápido
é uma criação minha, especialmente para esta história.
A busca maior era pela Poção do Amor, que prometia tornar a pessoa mais
atraente e desejável, aumentando também sua confiança, mas o efeito era temporário.
Depois, as mulheres foram conversar. A maioria dizia estar fazendo
dieta, ou simplesmente preferir o ar fresco da tarde do que o ar de dentro de
casa.
Alguns foram comer, como Pedro, e André aproveitou para saber se o pai
sairia do regime alimentar.
— Maldade eu comer apenas frutas e saladas, enquanto vocês comem
doces e frituras.
— Mamãe e Carol já tentaram receitas de bolo com menos açúcar e gordura,
mas o senhor não gostou. A culpa não é nossa.
— Eu sei. Aqueles bolos eram péssimos. E estou brincando quanto às
frutas e verduras. Eu gosto também. Só que apreciaria mais se eu pudesse comer
todas.
Como algumas frutas eram por demais doces, o nutricionista tinha
recomendado porções pequenas, e André fiscalizava para o pai não passar da
conta. A mãe ainda não foi diagnosticada, mas André e Carol temiam pelo coração
dela também; mas pelo menos ela aceitou mais facilmente a mudança de cardápio.
Do lado de fora da casa, Sandra e Juliana discutiam mais uma vez.
O que foi ótimo para Rosa, que vendeu Poção do Amor para as duas.
Juliana tinha a intenção de reconquistar o ex e Sandra de manter Jaime junto a
si, mas ambas não revelaram o motivo para Rosa.
Rosa aproveitou que as pessoas lhe deram um tempo e foi brincar com a
própria filha; depois, mostrou o quarto da criança para as pessoas que estavam
perto dela. Era a vez de Carol e Marta conhecerem o espaço de Margarida, embora
a menina mal ficasse ali.
— Jason é um amor! Fez questão de comprar várias coisas para a menina,
mesmo que ela não use tudo. Mas também ela é tão linda, não é?
— Ela é bem carinhosa e alegre. Brinquei com ela e a menina nem
estranhou tanta gente na casa. — Carol disse.
— Linda? Parece mais uma filha de ET com Cruz-Credo. Ou estas orelhas de
abano são falsas? E estas sobrancelhas como se estivesse sempre emburrada?
— Desculpe minha sogra.
— Tranquilo. Ela está com inveja porque nunca terá uma neta tão linda!
Rosa não notou que quem daria netos a Marta seria justamente Carol, que
preferiu não ficar magoada com tal comentário, já que percebeu que a outra não
tinha falado por maldade a ela.
Quando a maioria já tinha saído, Carol foi procurar Rosa.
— Você disse que um destes produtos é tônico capilar?
— É mais do que isso. É uma poção mágica. O cabelo cresce
instantaneamente. E é feito só com ervas. Completamente natural.
Carol não acreditava no efeito imediato, mas como queria ter novamente o
cabelo antigo, achou que não custava comprar um para agilizar o
crescimento.
“Se não der jeito, é porque é só
água e açúcar”. Carol pensava enquanto via a embalagem brilhar.
André tinha acabado de sair da casa e sentiu algo no ar, como se fosse
pólen, lhe dando vontade de espirrar.
Carol bebeu todo o conteúdo do frasco.
— Não era para tomar o frasco inteiro. Eu esqueci de mencionar a
quantidade que você deveria beber.
— Não tem problema. Até que é gostoso. E que mal pode fazer um suco de
ervas?
Quando André espirrou e olhou para Carol, o cabelo dela estava bem
maior.
— Carol? Você é uma sereia?
— Como assim?
Ela estranhou a pergunta, enquanto Rosa gostava da reação de André. “Ele é tão lindo! O comportamento dele
parece o de Jason comigo”.
— Seu cabelo. Está enorme e
cacheado. Parece até “A Pequena Sereia”, mas com cachos. E muito mais bonita! —
André explicou.
— Cresceu já? Sério? Tem um
espelho para me emprestar?
— Tem um espelho na gaveta da mesa. Vou rever a possibilidade de refazer
a embalagem, acrescentando a indicação da quantidade. Se me dão licença!
Rosa saiu do local antes de Carol ver o resultado, pois ela tinha
percebido que as humanas eram muito preocupadas com o cabelo e Carol podia não
gostar do que visse.
— O que é isso?!! Só se for sereia mesmo! O cabelo parece alga seca de
tão ressecado. E quanta ponta dupla!
Carol conseguia enxergar todos os defeitos que só mulheres e cabeleireiros
poderiam ver.
— Você é linda de qualquer forma. Até careca. É a mulher mais linda do
mundo.
Apesar de ter gostado do elogio e de saber que na cabeça de André a
declaração era verdadeira, pois ele já a tinha visto careca, ela não se sentia
confortável daquela forma.
— Posso até estar bonita e ser a mais linda do mundo, mas não me sinto
assim. Vou para casa e amanhã vou a um salão de beleza.
André resolveu ir junto e os pais decidiram acompanhá-los, para a
alegria de André, que tinha medo do pai comer a torta de chocolate. E Jason
pediu para retornarem logo, sem medo de Dona Marta.
A contragosto de Carol, que não queria ser vista por ninguém, Estela a
viu com o cabelo grande e recomendou seu cabeleireiro. E disse que o cabelo não
estava tão feio como Carol achava. O cabelo só precisava de um bom corte e de
hidratação.
Mas Marta não via a questão desta forma:
— Você fez isso para se vingar de mim, não foi?
— Claro que não. Eu já pedi desculpas a ela sobre ter me esquecido de
alertar sobre a quantidade e todos os efeitos.
— Pois para mim você é uma vigarista. E se ela ficar doente?
— A poção age apenas no cabelo e nada mais!
— E porque você não usa?
— Eu usaria se tivesse cabelo! Mas não tenho e gosto deste jeito.
Rosa tinha muito orgulho de ser uma planta-sim.
Depois que Carol e todos os outros foram embora, Rosa estava contente.
Não tinha acontecido nenhum outro incidente e as vendas tinham sido ótimas,
apesar da descrença de alguns em relação aos efeitos das fórmulas. E Carol
estava bem de saúde e a poção tinha funcionado como esperado.
Enfim, San Myshuno!
No dia seguinte, Carol foi ao salão recomendado por Estela. Cabelo muito
grande e mal cuidado não era com ela. Porém, dentro de casa, preferia manter o cabelo preso.
Três dias depois, o advogado contatado, o Sr. Alexandre Lange, solicitou
por e-mail, que Carol e André fossem à San Myshuno, pois ele e a polícia já
tinham informações sobre o ex-chefe de polícia de Colina Formosa, o Sr.
Guilherme Vieira, mas só poderiam lhes fornecê-las pessoalmente, de acordo com
as leis daquela nação.
Um dia após a notificação de Alexandre Lange, André e Carol partiram
para a viagem à San Myshuno. Disseram aos pais que a viagem era da empresa
para eles verem a segurança do local e as viabilidades financeiras de uma nova
filial.
Aparentemente, Pedro e Marta acreditaram e, a pedido do filho, o casal
não foi até a rodoviária para evitar esforço desnecessário. Carol e André
sabiam que a viagem deles seria longa e desgastante.
— O senhor se cuida enquanto eu estiver fora, hein? Nada de porcaria
para comer! E se lembre dos horários para alimentar o cachorro. — André lembrou
ao pai já que Carrapato ia ficar com os pais.
— Esqueceu quem era seu técnico? Eu sei cuidar muito bem de mim e dos
outros. E você, aproveite a viagem e trate de me arranjar netos lindos e
gordinhos. E tome cuidado com lá: me disseram que neste país tem muito homem
bonito e gaiato. Fique de olho para eles não olharem para a sua mulher. — Pedro
pediu.
— Deixe comigo! Ninguém, além de mim, toca nela. E providenciarei os
bebês mais lindos do mundo. — André realmente faria questão de cumprir estas
partes do pedido do pai. Ele confiava em sua esposa até no escuro, mas, para
ele, aqueles olhos e cabelos poderiam enfeitiçar qualquer um, e ele preferia
ser o único enfeitiçado por eles.
— Tome conta de meu filho. Se algo acontecer com ele, arranco sua pele! — Marta exigiu.
Carol só pensava: “É sério o que eu
estou ouvindo? Como se André não soubesse se cuidar. E ela fala como se eu não
gostasse dele ou fosse prejudicá-lo.”
— Como assim, Dona Marta? É claro que tomaria conta se fosse necessário,
mas ele é forte e grande. É mais fácil ele cuidar de mim, não importa se eu
precise ou não! — Carol tentou fazer Marta agir com racionalidade, mas ela
imaginava que a maioria das mães (não todas), sempre considerariam os filhos
como crianças, não importando a idade que os filhos tivessem.
Carol e André só esperavam que tudo se resolvesse da melhor forma
possível, pois estavam cada vez mais perto de resolver o caso*.
*Quer saber o que
houve lá? Clique no Capítulo 12 da história “Axl Logan” e leia mais sobre essa visita. Tenho certeza de
que irá gostar!
Participação e Citação Especial
Nelly
Fernandez e Marlene Figueira: Clique no nome
delas para ir à lista de episódios de “Casos Ainda Não
Solucionados” e poder rir com esta história.
Lorena
Sousa: Clique em seu nome para poder ler “O Padrasto”
desde o início e ver seus personagens profundos e suas histórias fascinantes.
Josh
“Batera” Adler: baterista da Banda Nordic Lhama, que pertence a
Axl Logan. Clique no nome dele para conhecer também Axl e poder rir, amar e se
emocionar com todos eles.
Agradecimentos
A Denise Martins, Patrícia Leal e Sally Winter, que me concederam seus personagens maravilhosos.
E a você, leitor, que leu até aqui. Se tiver perdido algo, é só clicar
na tag #vermelhoverde ou na aba Minhas Histórias.
Ameiii!!! Fotos lindas e capítulo maravilhoso! :D Amei ver Nelly e Marlene na história <3
ResponderExcluirE Dona Marta sendo ultra sincera com Rosa? HAUHAUHAUAHAHA Ri demais!!! :P Qnta gente na festa de Margarida! Queria muito vê la adulta :D
E o cabelo de Carol ficou lindo!!!! <3 Parabéns pelo capítulo. :)
E a festa nem é a do aniversário de Margarida! Imagina quanta gente terá!
ExcluirE eu que agradeço pela presença de Nelly e Marlene. Já pensou o que Mário poderia tentar fazer se estivesse aqui? Tem muita solteira em Colina Formosa!
E valeu pela leitura e por gostar do cabelo de Carol!
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMário ia amar saber disso! :P
ExcluirAmeiii!!! A cara que Carol fez quando Marta disse, que ela ia pagar pelos dois vestidos? Não tem preço!
ResponderExcluirEu sempre disse que Carol parece uma bonequinha s2.
A dona Marta é mesmo rabugenta, mas eu vi uma pequena melhora nela, em relação a Carol.
O André é uma amor de marido, sempre babando pela esposa( que realmente é linda), está certíssimo André.
Gente eu adoro essa parte da casa da dona Marta: a sala de costura, é tão fofa e linda.
Os frascos de poções da Rosa. Nossa! Amo de mais, acho lindo esses frascos, como em alguns jogos que já joguei (coisa minha mesmo), mas eu amo.
Amei ver a minha Lore e o Carlos aqui s2.
Parabéns Andrea! Linda linda a sua história.
Obrigada, Paty, por ter gostado da história, da sala de costura (feita com muito amor), das poções, que inclusive, quis usar só as da história, mas o Elixir era inevitável!
ExcluirAgora você e Marlene tem que se resolver, pq quando Marlene chamou Carol de boneca, só lembrei de você! kkkkkkkkkkkkk E a frase realmente foi escrita por Denise! Nada tive a ver com aquilo!
E eu amei ver Lore e Carlos aqui também! São lindos! A participação pode ter sido pequena na história, mas foi muito grande em meu coração!
E pode deixar: darei seu recado a André, que ele está certo em babar por Carol! :)
Então Marlene pensou igual a mim, quando chamou Carol de bonequinha. E diz mesmo para o André, ele que não fique de olho no que é seu?!
ExcluirObrigada pela parte da Lore e Carlos s2.
Marlene adora elogiar! E ela pensou igual vc mesmo! :P
ExcluirVamos aos comentarios:
ResponderExcluir" Se ver alguém verde, mais ou menos de minha altura, com um xaxim na cabeça e muito perto de Pedro, pode morder que é vegetal. Mas veja bem: tem que ser de minha altura."
Perdoa a verdinha dona Marta ela não entende nossos costumes
Sobre o que a dona Marta aprontou com a Carol: Ri litros com a careta da Carol.
“Todo mundo fica grávida, somente eu não?”
Ta na hora de resolver isso André
Concordo! André tem que agilizar a coisa! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirE sobre Dona Marta, tô rindo aqui ainda! Tomara que Dona Marta releve e que Rosa aprenda logo os nossos costumes.
E até Dona Marta riu da careta de Carol! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Valeu Erick por ler! :)
Obaaaaaa!!! Vamos aos comments:
ResponderExcluir1. Amei demais vê-los todos juntos se exercitando! E ri muito com Carrapato finalmente se dando bem com a carteira. Rs...
2. Supeeeeer amei o ateliê de D. Marta!!! E amei demais a visita de Nelly e D. Marlene!!! \o/ E que vestido de casamento perfeitoooooooooo!!! Super divo!!! Amei a foto de Nelly se olhando no espelho!!! :D
3. Adorei o plano de D. Marta para que nem Nelly nem D. Marlene pagassem os vestidos. E ri demais com a cara de Carol quando Marta disse que ela (Carol) pagaria pelos dois. Kkkkkkkkkkkkk...
4. Curti demais o crossover com O Padrasto. \o/ S2
5. “Meu Sapato já Furou”. Kkkkkkkkkk... Ri demais! Combinou muito com a cena! xD Tuuuuuudo quebrado! Ai, ai, ai! Rs...
6. Geeeeente, D. Marta escutando a conversa atrás da porta... Que feio. Kkkkkkkkk...
7. Adooooooro a casa de Rosa e de Jason! Espero que um dia seja possível fazê-la no TS4. :)
8. Cara, odeio quando D. Marta chama Carol de “mocinha”. Espero que logo ela pare com essa implicância com Carol. Carol não merece isso.
9. “— Dona Marta é sempre tão direta com todos? — Carol estranhou.
— É sim. Ninguém pode dizer que ela é falsa.
— Pelo menos não é só comigo.”
Kkkkkkkkkkkkkkkk... Ri demais desse comentário de Carol! xD
10. Festa animada, cheia de convidados com suas histórias, mas adorei foi Carol brincando com a bebê! :)
11. Fiquei com pena do Seu Pedro só comendo frutas e saladas. Rs... Tadinho! xD
12. “— Linda? Parece mais uma filha de ET com Cruz-Credo. Ou estas orelhas de abano são falsas? E estas sobrancelhas como se estivesse sempre emburrada?”.
Rapáaaaaaah. D. Marta, além de ter implicância com Carol, é de uma má educação tão grande que me deixou chocada com esse comentário infeliz. Mesmo ela não gostando de Rosa, poderia ter sido educada e ficado calada à respeito da aparência da guria.
13. Tadinha da reação e Carol ao ver seu cabelo de sereia! Mas logo ela faz uma hidratação, um corte divo e vai arrasar novamente! :) S2
14. Pronto!!! San Myshuno que os aguarde! :D S2
Amando demais a história deles!!! Arrasou, Déa!!! Parabéns!!! :D S2
Demorei de responder, pq tô rindo ainda!
Excluir01. Apoio moral para todos fazer alongamento, caminhada e o que vier! Logo, até a carteira vai ir com eles com Carrapato!
02. Que bom que curtiu o ateliê e o vestido... D. Marta vai amar (mas não dirá tão abertamente).
03. Dona Marta não é facil! Tadinha de Carol! Se Cléo tivesse ali com seu olho pequeno, o olho ficaria tão grande qto o de Carol. Que susto!
04. Carol e o time das ruivas! Não teria como não fazer crossover com O Padrasto e CANS! Carol e eu amamos todas as
personagens!!! Pena qe não deu para fazer com Grace! Mas veremos como será o futuro!
05. Qdo vi tudo quebrando, não teve outra canção quie me vierre à mente! ♪Meu sapato já furou, minha roupa já rasgou...♪
06. Acho que o chefe de Carol e André terá uma vaga para Dona Marta como Espiã Sênior! kkkkkkkkkkkkkk
07. A família Verdeclaro e sua casa em TS4. Boa ideia!!!
08. Tb achp qie Carol não merece. Mas ela já está melhorando. Vamos ver daqui para a frente. :)
09. A implicância de D. Marta não discrimina ninguém! kkkkkkkkkkkkkkkkk
10. A bebê é uma graça, mesmo sendo "não bonita".
11. Que maldade a de André: fiscal da alimentação do pai. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
12 Se Margarida fosee maior (como uma sim normal) ou já adulta, ela não falaria. Foi mais para implicar com a mãe mesmo, já que a bebê não iria entender! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
13. Estela para salvar a Pátria e o cabelo de Carol!!!
14. San Myshuno: aí vão Os Fagundes! Segura!!!
E obrigada por ter lido e amado!!!! <3
Os vestidos agradeço a Denise tb!
ExcluirAcrescentando mais três comentários aqui! :D
Excluir15. O cabelo dela ficou lindooooooo!!! Agora siiiiiiiim!!! E amei isso: “gosta de usar preso quando dentro de casa”. Esse tipo de detalhe deixa o personagem tão vivo! :) S2
16. “E tome cuidado com lá: me disseram que neste país tem muito homem bonito e gaiato. Fique de olho para eles não olharem para a sua mulher.”.
Huhauhuahuhauhaua... Tive uma crise de riso ao ler isso!!! Esse Seu Pedro está certíssimo!!! Rs... Abre o olho, André! xD
17. “Tome conta de meu filho. Se algo acontecer com ele, arranco sua pele.”.
Oh, pélaaa! D. Marta é bruta, hein! Rs... Fiquei com pena das carinhas de Carol.
Amo demais essa história! \o/ :) S2
15. Yupi!!! Carol não aguentaria ao outro cabelo nem por maios uma hora! kkkkkkkkkkkkkkkk E ela tem pé no chão. Fazer cabelo para esculhambar na pia, não dá!
Excluir16. E olhe que Seu Pedro nem viu Josh e Angelo Sartori. kkkkkkkkkkkkkkkk
17. Mais direta que D. Marta, impossível!!!! kkkkkkkkk Tô falabdo que se abrir vaga de espiã ou atiradora de elite, ela consegue!
Valeu, Sally por ler e comentar. Tb amo demais as suas histórias.
Hahahaha amei!! Ri muito lendo esse capítulo!!
ResponderExcluir1. Dona Marta muito sem vergonha viu! Dizer a amiga que os vestidos eram presentes e pedir para Carol pagar.
2. A cara da Carol ao saber que tem pagar é muito fofa e engraçada.
3. Carrapato e seu dilema com a carteira kkk.
4. Carol é eu na vida "todo mundo engravida, menos eu" kkkk cada k é uma lágrima.
5. Amei Andre e Carol consertando juntos.
6. Dona Marta mandando carrapato morde a mulher verde hahaha.
7. "Linda? Parece mais uma filha de ET com Cruz-Credo. Ou estas orelhas de abano são falsas? E estas sobrancelhas como se estivesse sempre emburrada?" Eita dona Marta! Mas a resposta de Rosa foi dolorida :/
8. Dona Marta se preocupando com Carol quando ela bebeu a poção de crescimento de cabelo? Uau hahaha
Indo para o próximo capítulo!!
Oi Malú! Amo escrever de forma engraçada. Que bom que você gostou!
Excluir1. Como Carol disse, D. Marta é troll! kkkkkkkkkkkkkkkk
2. Sim, ri muito quando tirei a foto, mas Carol também está muito linda.
3. Carrapato e seus pensamentos são demais. Ah se ele falasse! kkk.
4. Carol e tantas outras mulheres sofrem do mesmo problema, mas nenhuma delas pode perder as esperanças. ;)
5. André e Carol é realmente uma dupla. Juntos até no conserto, mas o que me fez rir ali foi também eles tirarem no par ou ímpar como seria o trabalho.
6. Tadinha de quem pisar no calo de Marta. Ainda bem que ela avisou a Carrapato para não mexer com a bebê.
7. Sim, nenhuma das duas mediu palavras na hora.
8. E não é? D. marta considera Carol como sendo da família, mas não será fácil para ela confirmar isso.
Beijos e obrigada por ler!
1- Eu ri demais com a cara da Carol kkkkkkkkkkkk Dona MArta sempre me faz rir.
ResponderExcluir2- Amei os crossovers! Tanto de CANS como o de "O Padasstro."
3- Dona Marta é uma super troll kkkkkkkkkkkkk
4- Eu achei Carol linda de cabelo cumprido!! Tanto liso quanto cacheado!
5- É impressão minha ou por um momento a dona Marta se preocupou com a cArol no momento em que ela bebeu a poção?
Muito legal e show de bola, parabéns Déa! :D
Oi Luke!!!
ExcluirRespondendo:
1-Eu também sempre rio quando vejo a cara de Carol de surpresa. Kkkkkkkkkkkkkkk
2-Qie bom que curtiu este crossover. Foi pequena a parte de “O Padrasto”, mas foi lindo, né? E Marlene e Nelly são duas fofas.
3-D. Marta quando age, ninguém segura. Tirou o dia para pegar no pé de Carol.
4-Que ótimo que gosto do cabelo dela, Luke. Falarei para Carol, que ainda tem cisma com o cabelo grande demais. Nem é pela questão do cacheado, pois o cabelo dela é ondulado. É por que achou feio mesmo. kkkkkkkkkkkkk
5-Acho que não é impressão sua, não. D. Marta não admite, mas ela gosta de Carol, mesmo que seja do jeito ácido dela. D. Marta é desconfiada com as pessoas por causa dos acontecimentos passados. Que pena!
Que bom que gostou, Luke. Espero ter logo mais novidades para você.