1 de out. de 2017

Capítulo 12 - Em busca da casa nova



História de dois ex-militares que amam o perigo e o trabalho.
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Capítulo 12
Em busca da casa nova

Resumo do capítulo anterior: Elisa e Carol se apresentam; André revela a Carol como conheceu Elisa e ela fica sabendo como foi a vida amorosa de seu marido na adolescência; Elisa relembra de seu passado; André e Carol fazem uma pequena reforma na casa para a volta de Pedro; André tem novas informações sobre os possíveis poderes de Carol.



Preparando os pais


No dia seguinte, Pedro recebeu alta do hospital, e André só o informou da pequena reforma quando o pai chegou em casa.


— Que bom que voltaram. André tem novidades para contar aos senhores. – Carol disse para preparar os sogros e dar apoio ao marido.
— Que novidades? Eduardo já foi condenado por tudo? – Pedro estava bem intrigado.
— Vocês vão se mudar em definitivo para cá? Ou vocês terão de viajar de novo? Não é possível! Vocês mal chegaram em casa. – Marta expôs algumas de suas preocupações.


— Então... houve algumas mudanças sim, de ontem para hoje, mas nada grandioso. Mãe: sua sala de costura agora está no seu quarto. Pai: seu quarto agora está cá embaixo, onde era o ateliê de mãe! – André soltou logo.
— Como é?!! Você andou mexendo em minhas coisas?!! – Marta não tinha aprovado a ideia.
— Por acaso você pediu autorização, menino? Minhas coisas e tudo o mais agora devem estar espalhadas. – Pedro comentou.
— Calma, gente! Eu e Carol mudamos logo ontem à noite, pois era isso ou todo mundo ter de ir dormir no hotel. – André preferiu não citar a ajuda dos amigos, pois talvez os pais ficassem mais chateados se soubessem que terceiros tiveram acesso aos pertences deles.
— O hotel não tinha quartos confortáveis sobrando e imaginamos que vocês não iriam querer ficar num local tão impessoal, estando na sua própria cidade. E ainda tem as escadas de cada quarto do hotel, que levamos em consideração pela sua saúde, Seu Pedro – Carol completou.


— Eu não tenho onde costurar agora? – Marta disse.
— E nossos quadros? – Pedro indagou.
— Fiquem tranquilos. Não colocamos nada fora do lugar. Procuramos manter a mesma ordem de antes.
— Mas André é todo bagunceiro! – Marta estranhou.
— Pra dizer a verdade, mãe, a organização das coisas ficou com Carol, que pode gravar os locais de tudo. Mas, enfim, enquanto vocês conferem tudo e preparam a lista de reclamações, tô de saída.
— Para onde? – Marta quis saber.


— Segredo!
— Andrééééééé!!!! – Marta estava pronta para puxar literalmente as orelhas do filho, deixando-o igual ao boneco de ET que estava atrás dele.
— Relaxem. Eu e Carol vamos olhar umas casas que sejam legais para vocês, mas não ficaremos com nenhuma sem a aprovação de vocês antes.


— Só confio vendo. – Pedro estava desconfiado.
— Esta casa tem história. Foi aqui que André nasceu... – Marta argumentou.
— Larguem de ser chatos. Tô saindo! Confiem em mim e na minha esposa e se comportem direito. Senão, não trarei doce na volta!
— Desculpe, Dona Marta, mas é para o bem de vocês. Vamos só olhar as casas e trazer as melhores propostas para vocês decidirem a ideal. – Carol finalizou.
— Aproveitem e passem no pet shop que falei para vocês no hospital. E vejam lá uma cadela grande e bonita para fazer companhia para o cachorro de vocês. E o levem junto para ele não bagunçar ainda mais a casa do que vocês dois já fizeram! – Marta lembrou antes que saíssem.
— Qual o nome da cadela, mãe? – André quis saber.
— Não lembro, mas só tinha uma. Não se esqueçam de trazê-la, ouviram?
Carol não entendeu direito: ela reclamava do cachorro, mas queria mais um?


E eles saíram finalmente. Apesar das reclamações dos pais, André e Carol estavam prontos para a busca de um novo lar para aqueles dois.




Na cela



Música de cena: Coldplay - Fix You


Eduardo tinha sido preso e fichado.


Ele foi colocado em uma cela pequena e vazia, pois a delegacia praticamente não tinha presos. O detento anterior ali tinha ficado por algumas horas por ter feito baderna em um bar, após às 22 horas, e a queixa já tinha sido retirada. Outro detento foi pego tentando bater na namorada por ciúmes, e não parava de cantar.


Ele aproveitava o tempo quase solitário para ler, coisa que gostava.


Por sorte, ele tinha uma pequena estante na cela, feita com tijolos. Ele até pensou se alguém tinha escondido ali alguma faca ou arma, mas estava tudo limpo. Os tijolos estavam cimentados. Se alguém tentasse quebrar um deles para usar contra a cabeça de algum policial, iria ter muito trabalho e chamaria muita atenção dos outros guardas, impossibilitando uma fuga eficaz. No banheiro não havia vidros, provavelmente para que alguém não improvisasse uma arma. Ele tinha olhado tudo, mas devido ao nome da família, mesmo que houvesse uma chance de escapar, ele preferia ser solto e sair da cadeia de cabeça erguida.


Naquela manhã, ele já tinha recebido uma visita: Bete, uma das amigas de Marta, que era advogada civil aposentada, mas que, se fosse preciso, voltaria à ativa, mesmo aquela não sendo a sua especialidade. No entanto, a família de Marta já tinha advogados criminais contratados.
Através de Marta, Bete já sabia tudo de Eduardo e foi vê-lo sem o conhecimento dos amigos. Ela mal se apresentou, já começou a brigar com ele e citou coisas que Eduardo nunca tinha considerado antes.


— Você acha que Marta te amaria por ter matado Pedro? Acha que ela não sofreria com a morte dele? E que ela o substituiria em seu coração assim que ficasse viúva? Você é louco se acha que sim! – Bete o acusou.


— Você não sabe de nada. Eu não fiz nada contra ela e nem ao marido dela. Sou inocente! E quem você pensa que é?
— Sou a amiga dela e, ao contrário de você, eu realmente a conheço e me preocupo com ela. Se algo tivesse acontecido ao marido, ela morreria junto. Não pense que teria tido alguma chance com ela.


Apesar de manter a pose de inocente na frente de Bete em todo o momento, agora, sozinho na cela, Eduardo repensava se tinha valido a pena tudo o que fez contra Pedro, enquanto ouvia o outro detento, que, em alguma cela por perto, ainda cantava:
♪ And the tears come streaming down your face / When you lose something you can't replace / When you love someone, but it goes to waste / Could it be worse? *


* Tradução: Quando as lágrimas começam a rolar pelo seu rosto / Quando você perde algo que não pode substituir / Quando você ama alguém, mas esse amor é jogado fora / Poderia ser pior?




Nova moradora da cidade




Enquanto se dirigiam à casa de André Martins, Carol aproveitou para conversar:
— Não entendi nada. Sua mãe gosta ou não de cachorros?
— Ela gosta, mas tem medo de se apegar e perdê-los. Ela não lida bem com perdas e a vida com cachorros traz muitas mudanças. Eu tinha um cachorro quando pequeno, mas ele faleceu e ela ficou mais triste do que eu próprio. Ela não quer repetir o acontecido, mas ninguém é eterno, nem os cães. Será bom para eles um mudança de casa e com um novo animal. Reparou como ela está melhor depois que a gente veio para cá?
— Reparei sim. – Na realidade, Carol tinha suas dúvidas, pois não conheceu Marta antes de ir para lá, mas se André dizia isso, talvez fosse verdade. – E você não tem medo, assim como sua mãe?
— Do quê? De mudanças ou da morte?
— Dos dois. – Carol era muito curiosa.
— Claro que sim! Tenho medo como todo mundo, mas prefiro viver e enfrentar as situações a me esconder e não ter a chance de viver bem e feliz. Carrapato pode ir daqui a dez anos, ou eu posso morrer antes dele, mas não podemos nos acovardar do futuro.
— Nem fale em morrer e me deixar. Ouviu bem, Soldado? Não está autorizado a morrer! – Carol ralhou.
— Tudo bem, Agente! Você é quem manda.
Desde que começaram o namoro, se apelidavam dessa forma. Para outros, esses apelidos eram estranhos, mas era a forma carinhosa deles de se tratarem e de reconhecerem o valor um do outro.


Ao se aproximarem da casa de Martins, eles viram os amigos juntos a uma desconhecida.


— E aí, gente? Beleza? Vamos agora? – André notou a jovem, mas ela não lhe chamou a atenção. Ele estava mais interessado em encontrar uma nova morada para os pais.


— Vamos, sim. E nós vamos juntos com Katy Kordelious procurar casas. – Martins apresentou a garota.


— Ela está no hotel, mas quer uma casa grande e confortável, assim como vocês, então, as casas praticamente serão as mesmas. – Martins continuou.
— Cadê seu boné? E Léo voltou com os kilts? – André estranhou, pois Martins se esquecia de tirar o boné sempre: fosse ao entrar em uma casa, ao estar em uma igreja etc.
— O chefe me encheu para usar terno. Terno? Aqui? No máximo uma jaqueta, um corte de cabelo e tirar meu boné. Nada mais além disso. – Martins esclareceu.
— Como você disse que sua mulher não é preconceituosa e o que faremos hoje não vai precisar que eu me abaixe, preferi ficar mais confortável sendo quem sou! – Léo, descendente orgulhoso de escoceses, esclareceu.


— Prazer, Katy, meu nome é Carol e aquele é André, meu marido. Também quer comprar uma nova casa?
— Pois é, Carol. Vim para cá com minha bebê. A gente tava morando em outra cidade, mas quero mais tranquilidade para ela.


Enquanto Katy explicava a Carol quem era, Martins e Léo não tiravam os olhos da morena de shortinho, porém, se afastaram mais, para poder “contemplá-la” melhor.
— Mas você é tão nova e magrinha! E já tem filho? Estou impressionada!
— Aquela coisa, né? A gente toma cuidado, acha que nunca vai ocorrer, mas quando percebe... bebê a bordo; e eu segui a viagem com a minha bebê. Você tem que ver: é uma coisinha linda!!! É a nenê mais linda do mundo!


André falou entredentes para a garota Katy não ouvir:
— Vocês são dois amigos da onça! – André acusou os outros.
— Por que diz isso? – Perguntou Léo, sem tirar os olhos da moça de short.
— Acham que nasci ontem? Olha a cara de vocês! Até parece que nunca viram mulher. Prometeram que a gente ia ver logo uma casa para meus pais, mas vão me atrasar simplesmente porque não aguentam ver um rabo-de-saia. Não poderiam marcar um encontro com a moça para depois?


— Você é um besta. A moça me ligou esta manhã e pareceu desesperada com um bebê e solteira! Ela quer um local seguro e confortável para a criança. A criança está no hotel com uma babá por algumas horas apenas. Quanto antes ela achar uma casa, melhor!
— E o pai?
— O pai pagará pela casa. Pelo que entendi, ela e o pai não quiseram continuar com o relacionamento, mas ele assumiu a tarefa de pagar a pensão sem maiores problemas.
— Melhor para mim. Tenho mais chances com ela, pois Martins já tem problemas demais! Quem sabe eu não imite vocês e até me case com Katy? – Léo disse.
— Só acredito vendo. Chega de papo e vamos logo, cambada de interesseiros!!! – André ainda estava chateado pelos amigos não terem lhe dado a preferência.
— Fala sério! Ela é gostosa, né? Que delícia! Tudo durinho!!! Tudo no lugar!!! – Léo elogiou, sem parar de “filmar” Katy.
— Ela é bonita, sim. – André concordou.
— Só “bonita”, André?!! Sério?!! – Léo riu.
— Muito magrinha e musculosa para o meu gosto. – André disse.
— Fala isso porque a sua mulher tá perto! – Léo apontou. – E Carol também é magra!


— Não é tão magra e nem é musculosa. Ela é ótima do jeito que está. – Foi a resposta de André.
— Não é isso. Ele fala assim porque tá apaixonado. Se esqueceu de como ele não despregou os olhos da esposa ontem? – Martins lembrou.
— E nem ela tirou as mãos dele. Tá certo, cara. Tem de valorizar a mulher que gosta. – Léo concordou.


Eles iam deixar Carrapato na casa de Martins, pois o carro era pequeno para tanta gente. André deu instruções para o Jaime, o filho de Martins, mesmo não sendo necessário.


Enquanto todos se preparavam, Katy pensou sobre aqueles moradores: “São dois homens tãããão gatos! Amo barba e cabelos castanhos. E os olhos? Castanhos sedutores e pequenos... Será que rola? Mas com qual? O Martins não é musculoso e tem cabelo preto, mas é legal, gentil, respeitador e atencioso. Um homem de família, como meu pai sempre quis para mim. Já Léo é tuuuuuudo o que gosto em um homem. Tem músculos pouco visíveis, mas tem. E a saia? Tem que ter coragem para usar! Já pensou se ele usasse farda? Uau!!! O tal de André até que é bonitinho, mas é casado. E eu nunca gostei de casados! E a mulher parece ser tão bacana! Não me julgou por ser mãe solteira. Tomara que ele a faça feliz, diferente dos trastes que conheci”.


E finalmente saíram no carro velho (mas bem cuidado) de Martins.




Visita ao pai




Elisa foi visitar o pai e ouvir a versão dele. Ela nunca tinha estado antes em uma delegacia, e nem queria estar ali, mas achava necessário. Ela faria o possível para o pai sair daquela situação o mais breve possível.
Logo ela foi chamada pela policial.


— Srt.ª Elisa? Peço que me acompanhe à sala de visitas. – disse a agente.


Elisa então a seguiu. O que ela mais queria era sair dali acompanhada do pai, mas segundo o advogado, ela precisava ter calma, já que eles estavam resolvendo o valor da fiança.


Da porta, ela viu um Eduardo triste, e não o seu pai sempre autoconfiante, do qual ela sempre tinha sentido orgulho e depositado toda sua confiança.


— Pai! Como você está? – Elisa perguntou.


— Minha princesa! Eu estou bem, mas o que está fazendo aqui? Este lugar não é para você. Pensei que estivesse em viagem.


— Como você está bem, papai, trancado neste lugar horrível? E como eu poderia abandoná-lo e não vir te ver? Cheguei ontem de viagem e, assim que soube, falei com um dos advogados, mas ele não me disse muita coisa e eu preciso entender o que houve realmente. Por que te prenderam?
Eduardo, ao ver a filha através do vidro, até sentiu vontade de lhe contar a verdade, ainda mais depois de ter recebido a visita anterior, mas pensou duas vezes e se perguntou: que tipo de bem isso traria à Elisa? Ela saber que o ódio dele por Pedro foi tão grande que lhe fez contratar alguém para atirar nele, ela saber todos seus segredos mais sujos e proibidos, o que tudo isso poderia causar em seu coração? Então ele decidiu que ela jamais ouviria dele toda a verdade. Eduardo podia ser um homem sem limites em relação a sua paixão por Marta, mas sua filha era seu bem mais precioso e ele não queria que ela sentisse vergonha dele.


Através do vidro, Eduardo falou:
— Você deve imaginar que o casamento entre mim e sua mãe era um fracasso total. Só éramos felizes para a mídia e amigos. – Sobre isso, Eduardo estava dizendo a verdade.


— Sei sim, papai. Nem entendo como eles não percebiam que mamãe não gostava de você, mas você estava sempre querendo manter o casamento. Por que todo aquele trabalho? – Elisa perguntou, querendo entender aonde ele queria chegar com aquele assunto.
— Eu cresci na mesma cidade que uma mulher que gostei, mas ela nunca me quis. Ela nem sabia que eu gostava dela. Depois, ela conheceu um sujeito e se apaixonaram. Mais tarde, descobri que esse homem era meu concorrente no futebol. Devido às viagens e às mudanças, conheci a sua mãe e namoramos. Ela era linda e todos a queriam, mas ela escolheu a mim. Me senti bem na época, mas o namoro não durou muito. Anos depois, reencontrei Marta e o marido. Tentei me reaproximar, mas ela me rejeitou de novo. Parece que nessa época, ela sofreu uma perda. Também foi quando os seus avós me procuraram e me disseram que eu tinha uma filha. Edite nunca me falou nada a respeito, nunca me procurou antes, mas ter alguém para amar, ter uma família? Era o que eu sempre quis; e mesmo que digam que você seja fisicamente igual a sua mãe, eu não precisava de exame de paternidade para te amar e te chamar de filha. Eu te registrei, mas a sua mãe foi contra.


— Eu sei. Ela tinha vergonha de mim. Ela tinha vergonha de ser mãe e eu era a prova disso. – Elisa disse, enquanto olhava para seus braços, como se estivesse buscando algum defeito em si mesma.
— Sim. Ela não aceitava o fato de que não era mais jovem. E você não merecia o que ela lhe dava; você merecia mais do que um pai e uma mãe no papel. Tentei esquecer Marta e me concentrei em te oferecer o melhor. Abandonei o time e abracei os negócios de minha família para te dar um lar estável. Até consegui convencer sua mãe a casar comigo.
— Eu fui daminha-de-honra de vocês. Foi tão lindo! – Elisa relembrou.
— Para mim, para os pais dela e para os meus pais, foi lindo, mas não para Edite. E mesmo depois de muitos anos, ela me acusava de destruir a mocidade dela.
— Pai, não fica assim!...


— Não me arrependo de ter casado para te oferecer um lar. Quando você era adolescente, quando as empresas estavam mal e eu tive de viajar muito, os seus avós até se ofereceram para cuidar de você, e eles tinham se mudado para cá. Lembra que voltei para visitá-la e você estava triste por causa de um namoradinho?


— Lembro, sim.
— Pensei que o motivo era a sua mãe, mas, mesmo assim, prometi que ninguém iria fazer minha princesa chorar de novo. E você se mudou comigo.


— E conheci o mundo. Foi uma das melhores coisas que fiz junto com você. E ainda aprendi muito sobre os negócios da família.
— Depois que Edite faleceu, eu me senti livre e vim para cá curtir a minha aposentadoria. E acabei revendo Marta, mas o marido dela sofreu um assalto. Acham que sou o culpado por gostar dela e porque eu estava perto do local, mas foi tudo um mal entendido. Foi naquele dia que nós fomos ao boliche, lembra? Eu estava na hora e local errados, como se diz.
— Isso é muito injusto! Foi apenas coincidência, mas irei te tirar daqui.
— Não se envolva!
— Mas e se você fugir? Poderá ir para qualquer lugar do mundo e ninguém te achará! Você será livre.
— O mundo é pequeno e eu posso ser capturado. E você tem seus negócios. Não é certo que você tenha o seu nome envolvido. Você seria a principal suspeita de me ajudar na fuga. Todos a veriam como a filha do “assassino fugitivo”.
— Posso ir junto com você. – Elisa ofereceu.


— Não! Já estou velho e você tem toda uma juventude para desfrutar. Vamos confiar nos advogados. O sobrenome de nossa família tem de permanecer limpo. Os advogados irão me tirar daqui e poderemos erguer nossas cabeças diante de todos! – Eduardo se lembrou novamente da visita de Bete, mas manteve as palavras para dar confiança à filha.
Eduardo ainda pensou em subornar algum juiz, mas deixaria para falar isso com os advogados. Era melhor Elisa acreditar que ele era apenas uma vitima das circunstâncias.


— Se é assim... Mas ficarei aqui durante o tempo necessário para sairmos juntos desta cidade, tudo bem? – “Enquanto isso, vou me reaproximar do moreno”.
Elisa não tinha se esquecido de André, mas preferiu não deixar o pai preocupado com a informação de que ela tinha interesse no filho de Marta.
O sinal de que a visita tinha acabado tocou.


— Não venha mais aqui. Não quero que você me veja assim novamente. E fique longe daquela família! Não quero que eles façam mal a você em represália.


— Só não virei se não for possível, mas pretendo estar aqui amanhã e todos os dias até você ser liberto. Tchau, papai!
E se despediram através do vidro.




A primeira parada




— Bom, gente, chegamos! Esta casa pertence a um amigo nosso, mas como ele vai se mudar e a casa é bem legal, acho bacana vocês a verem logo. – Martins disse, assim que chegaram.


A casa era grande, mesmo para quem olhasse de longe.


— A gente tá perdendo tempo. Essa casa tem ladeira. Não é para os meus pais. Temos ainda de passar no pet shop e...
— Calma! Temos tempo. Vamos ajudar a moça e seus amigos. Ela precisa de uma moradia fixa e seus pais estão bem. Estão mais bem acomodados do que ela.
— Mas...
— Sem mas! Além disso, os seus amigos estão apaixonados por Katy. Vamos ver logo como fica. Nunca vi dois homens gostando da mesma mulher e não brigar entre si.
— Tá achando isso divertido, é?
— Estou, sim. Estou achando curioso e até bonita a camaradagem deles.
André respirou fundo e respondeu:
— Tá bem! O que eu não faço por você? Vamos acompanhá-los.


Antes de entrarem na casa, Martins apontou para a vista panorâmica da cidade:
— Olhem só que vista linda! Dá para ver toda a cidade daqui.
— Tem razão, cara. Aqui é bem bonito, sim, mas queremos ver o restante da casa.
Mas Léo estava com outras ideias:


— A vista daqui não é nada comparada a sua beleza. Nunca meus olhos viram algo tão bonito quanto você. – Léo disse para Katy.
— Ui! Acho melhor entrar. Estou até com calor. – Katy já tinha ouvido isso muitas vezes antes, mas pareceu bem sincero vindo de Léo. Vindo dele, ela realmente tinha gostado e acreditado. Mesmo assim, ela não ia se entregar facilmente, nem a ele e nem a Martins.



Martins apresentou a sala, enquanto todos o ouviam atentamente.
— Local bem agradável aqui e toda a mobília é nova. E a casa pode ser vendida com todos os móveis.


 Viram a cozinha que era grande e perfeita para quem gostava de cozinhar. E André até se entusiasmou, não porque gostasse de cozinhar, mas porque gostava de reunir os amigos para um churrasco nos fins de semana e há muito não fazia isso.


Depois viram o quintal, que além de espaço para churrasco, tinha piscina e até um parquinho para crianças.


Estiveram no porão, onde havia uma sala de lazer, e até jogaram um pouco de bilhar.


— Quantos CD de bandas que gosto. E ele tem até um jukebox. É tão caro e difícil achar um desse em bom estado. O dono tem bom gosto. – Carol elogiou o que viu.
— Prêmio de primeiro lugar nos 100 metros. E é recente! O cara deve ser um atleta e tanto! – Katy ficou impressionada ao ver o troféu bem guardado.


Ainda viram a pequena academia particular de musculação.
— Aqui tem esteira de frente para a TV para o exercício não ser chato, bicicleta ergométrica, levantamento de pesos e barra de alongamento. – Martins enumerava as opções ali.
— Isso vai ser ótimo. Adoro malhar. E desde o nascimento de minha filha, tô parada. Estou me sentindo gorda. – Falou Katy cheia de expectativas, pois realmente gostava de exercícios.
— Gorda com este corpo de ninfa? Impossível! – Léo chegou a rir, pois não via nenhuma gordura em Katy.
— Preciso mesmo voltar a fazer algo. – Desde o coma, Carol só fazia caminhadas e corridas. Ela não era fisiculturista, mas gostava de se exercitar, até por causa do trabalho.
— Não vejo muito motivo. Você está linda assim! Mas acho que vou incluir uma sala de musculação nos meus requisitos para a nova casa de Seu Pedro.


Martins levou Léo e Katy para conhecer o quarto de solteiro.
— Os donos da casa têm filhos?
— Não. O dono é solteiro, mas quer constituir família.
Katy achou estranho um solteiro ter uma casa daquele tamanho e querer família. A maioria que conhecia só queria enrolar. Devia ser um coroa solitário e endinheirado, mas ficou com pena, achando que ninguém o quis enquanto era jovem.


E André e Carol foram conferir o quarto de casal, mas esqueceram de verbalizar as opiniões sobre o cômodo. Aparentemente, gostaram.


Enquanto isso, o morador da residência chegava naquele momento.
E Martins pediu que todos aguardassem na cozinha, pois queria causar boa impressão em Katy.


— Vamos aguardar um pouco? O dono da casa é meu amigo e deu plantão hoje. Logo estará aqui. É um cara muito gente boa!
— Ele não ficará incomodado de ter tanta gente aqui? – André perguntou.
— Imagina! O cara é tranquilo!
— E qual o motivo dele vender a casa? – André perguntou de novo.
— Ele tá pensando em se mudar e...


Assim que o morador entrou na cozinha, só viu Katy. Os outros eram quase invisíveis.


— Falando no cara... Quero apresentar Enrico Belaventura a vocês. Um dos melhores policiais que temos em Colina Formosa.
— Nem tanto, cara. Cheguei há pouco tempo aqui.


Katy também não parava de olhar Enrico:
Nossinhora! Obrigada, meu Grande Prisma! Esse aí é tudo o que eu sempre quis! É lindo, um atleta, barba por fazer, cabelos e olhos castanhos, familiar, usa farda... E como fica bem na farda!!! Sem farda deve ser então... Obrigada por atender meus pedidos!


— Droga. Me ferrei. Ela não tira os olhos de Enrico. – Léo falou só para André ouvir.
— Foi pouco! Quem mandou ser traíra com os amigos? – André disse.
— Você também não tá ajudando!


— Tá tudo bem, Léo? – Katy se virou para Léo
— Claro! Só tava conversando com meu amigo aqui. – Léo disse, na hora.


Como Carol estava mais próxima, se levantou para cumprimentar o rapaz.


E logo depois, foi a vez de André:
— E aí? Sou André. Você é novo aqui na cidade, né?
— Olá! Sou novo sim. Fui transferido há pouco tempo, mas preciso me mudar, mas...


Ao ver Katy se aproximar, Martins apresentou logo:
— E esta é Katy Kordelious. Ela é a que mais se empolgou pela casa. Katy, este é nosso amigo, Enrico.
Kordelious? Ela é Kor-Delícia! Mas ela já deve ter ouvido isso. Não vou repetir a cantada de outro.”, Enrico pensou.
— Oi. Mas você já vai se mudar, sendo que mal chegou?


— Pois é, são forças maiores, mas tudo pode mudar, né? – Enrico já estava repensando sobre a mudança, pois a transferência talvez demorasse a acontecer, e ele não se sentia mais confortável ali na cidade, mas ao ver Katy, ele começou a fazer novos planos. Se ela residisse ali também e se fosse solteira, ele já pretendia ficar pelo tempo que fosse preciso.


— Se não for incômodo, pode me falar o motivo de querer se mudar?
— É que terminei um relacionamento há pouco tempo. A gente pensava em vir morar aqui, mas antes disso, terminamos. E não quero lembranças ruins, sabe? – Disse Enrico, sem tirar os olhos dela.
— Ela nunca morou aqui nesta casa?
— Nunca!
— Então, relaxe. Aqui não tem muitas recordações dela e logo você encontrará alguém que goste daqui e de você. Acho até estranho alguém não te querer.
— Sério? Acha mesmo? – Enrico estava se sentindo cada vez melhor perto dela.


— Acho que vou virar cupido profissional! Será que dá grana? – disse Martins, com bom humor. Ele tinha gostado de Katy, mas não tanto quanto Léo.
— Eu é que me ferrei de vez. O que é que eu não tenho? – Falou Léo, inconformado por não ser o escolhido de Katy.


— Impressão minha ou tá até saindo coração ali deles? – André perguntou para Carol, se referindo a Enrico e Katy.
— Acho que sim. – Carol respondeu – Não disse que seria uma boa ideia acompanharmos?
— Foi uma ótima ideia. Ver a cara triste de Léo não tem preço. Quem mandou os dois me atrasarem?!!


— Larga de ser malvado. Ele precisa de seu apoio agora.
— Um marmanjo desse precisa é de cascudo! E o outro lá tá com o ego inflado! É bom ele tomar cuidado para não estourar.
André estava contente por ver a felicidade do novo casal, mas achou engraçado o bico de Léo. Depois ficaria com pena dele, mas só depois dele próprio se sentir vingado! Enquanto isso, imaginava se quando se declarou para Carol, se tinha ficado com a mesma cara de bobo e cego de Enrico. Ele não achava ruim se de fato tivesse ficado como um hipnotizado, já que não se arrependia de ter se apaixonado por Carol, mesmo que na hora tivesse pagado o maior mico da história.


Parecia que realmente saíam corações de Enrico e Katy. Foi algo tão automático que pareceu milagre ou mentira.


Na saída, Enrico acompanhou os visitantes até o carro, enquanto ouvia Katy falar de sua filha.
— E aí, Martins? Mostrou todos os cômodos a eles? – Enrico perguntou.
— Não. Tinha um quarto que estava trancado, e esqueci de mostrar a suíte a todos eles. Katy não viu, mas é só dois quartos.
— Eu faço questão de mostrar o restante da casa a você, Katy. – Enrico se ofereceu.
— Ainda tinha coisa lá para ver, Martins?!! – Léo não acreditava que seu amigo estava entregando a morena de bandeja para o outro homem.
— Eu queria muito ver o restante da casa... – Katy não conseguiu desprender os olhos de Enrico. – Mas tenho que ir para o hotel liberar a babá.
— Já está acabando o horário dela? – Enrico estava cada vez mais interessado na morena, pois achou interessante ver a preocupação de Katy com a própria filha. E ele sempre quis ter uma família grande.
— Faltam ainda duas horas para ter de rendê-la, mas gosto de ser pontual.
— Eu posso te mostrar os quartos que faltam. Não será demorado e te levo de volta. Tenho um carro e o hotel é perto daqui.


— Não será incômodo para você, Enrico? Imagino que esteja com sono, já que estava de plantão. E ainda ter de dirigir depois estando cansado não é uma boa. – Martins perguntou preocupado.
— Não será incômodo algum e nem estou cansado. Faço questão de mostrar toda a casa. E se ela quiser ficar com a residência, a gente conversa e te repassa o valor normalmente! – declarou Enrico.
— Mas ela tem que ver a outra casa que Martins planejou. – Léo tentou ainda.
— Eu realmente estou cansada e esta casa é a ideal para a minha nenê. Não preciso ver outras. Minha filha é bebê ainda, mas esta casa me parece bastante confortável e segura para quando ela crescer! Quero ver tudo da casa agora. – Katy estava realmente feliz por ficar mais alguns minutos com o policial.


Dali mesmo se despediram, e André e Carol foram para o outro endereço.


Enrico* não somente pretendia mostrar a Katy* os quartos, mas também as estrelas. E Katy não planejava criar nenhuma objeção. Ela já estava totalmente entregue a ele.



*Enrico e Katy fazem parte da história A Vida de Katy, feita em The Sims 4. Clique e confira a jornada destes dois e a de outros personagens incríveis.



Visita à segunda casa



Poucos minutos depois, estavam na segunda casa, que ficava do outro lado da rua, a poucos metros da casa de Enrico. Mas nessa, a garagem era maior; e pelos documentos, Martins sabia que a casa estava vazia.


Quando saíram do carro, conversaram antes de entrar no local:
— Bem, gente, Tenho que confessar: nunca vim aqui antes. Peguei o material esta manhã na imobiliária e esta casa parece estar dentro do que André quer e é plana, mas eu desconheço o interior.
— Tudo bem, a gente não vê problema nenhum nisso. – Carol tentou tranquilizá-lo.
— Eu tô falando logo porque estarei conhecendo junto com vocês e o ideal é que eu viesse antes, tivesse feito uma vistoria, já soubesse de antemão onde fica cada cômodo, sabe? Ao contrário da casa de Enrico, não conheço esta.
— Relaxe, cara. Somos seus amigos. Se a casa não for do agrado, será apenas isso. – André disse.
— E, além do mais, ninguém vai se perder em uma casa! Parece até que tá confundindo a casa com algum de filme de terror.
— É que o serviço não tá correto, mas as outras casas parecem menores. – Martins era perfeccionista.
— Relaxe, cara, e vamos entrar logo. – André deu pressa, ao mesmo tempo em que tranquilizava o amigo.



De longe se via que o terreno era grande e tinha um pequeno lago no quintal.


Quando foram entrar na casa, André notou a condição da casa de cachorro.


— Este cara não limpava a casa do cachorro? Que fedor! E olhe as moscas saindo. Tô imaginando como ele tratava o animal. – André disse, irritado.
— Pelos documentos, ele saiu a uma semana. Ele ou o empregado responsável não deve ter limpado direito e por isso atraiu as moscas e este cheiro... Argh! Que cheiro horrível!
— Isso não é cheiro de mal limpo. Isso é cheiro de que NUNCA foi limpo!
André pensou em alguém maltratando animais e ficou instantaneamente revoltado.
Ao entrarem na sala, Carol quase vomitou.


— Mas que nojeira é essa? – André quis saber.



— Nem me pergunte. Me desculpe, cara. O que posso prometer é mandar alguém vir limpar tudo e o valor ser descontado da venda.


Léo, que estava ali para conhecer e avaliar o terreno, até sugeriu para Carol acompanhá-lo, pois ele imaginou que a coisa estivesse pior nos outros cômodos.
— Que tal você ir comigo, enquanto eu olho a parte do plantio? – Léo sugeriu a Carol.
— Boa ideia. – André disse, pois considerou que talvez ela já estivesse grávida, após vê-la quase vomitando ali, e ele não queria que sua esposa passasse mal.
— Boa ideia nada! Vou conhecer o resto da casa contigo. – Carol respondeu.


— Mas você quase colocou pôs os bofes pra fora! Olha só as paredes: quanto bolor. E este cheiro de mofo? O resto da casa deve estar pior! Eu não quero que você passe mal.
— Passar mal? Até parece que não me conhece! Com certeza vou ver o restante da casa para saber se é possível uma reforma. – Carol também era teimosa como o marido.
— Calma, gente. Deve ter casa aqui para todos verem. É só a gente se dividir e não demorar aqui dentro. – Léo apaziguou os ânimos.
— Tudo bem. Vamos logo então. - André falou, para alegria de Martins, que queria estar longe dali o mais rápido possível.


Entraram na cozinha. Mal podiam ficar na sala de jantar.


A área de cozinhar estava igual: em péssimo estado. Mesmo assim, olharam a tubulação de água.
Carol e André entraram juntos em um quarto, mas a condição era igual à da sala.


— Esse cara deixou roupas neste estado e com tanto lixo? Que sujismundo! – André observou.
— Ele não podia ter contratado um faxineiro para ajudar na limpeza? Eu sei que a maioria dos moradores, ao se mudar, deixam tudo sujo, mas, em questão de dias, eles voltam para limpar tudo, seja porque é aluguel e está previsto no contrato, ou porque pretende vender a casa e a limpeza valoriza! – Carol estava horrorizada com tanto desleixo.


O estado do quarto não era nada comparado ao do banheiro


Em outro quarto, Carol observava mais sujeira e infiltração. E todos os quartos estavam no primeiro andar, para desagrado de ambos que só queriam quartos no térreo para os pais de André.


Depois, foram ao quintal, onde havia o lago e as árvores frutíferas. E Léo aprovou essa parte do terreno.


— Desculpe, gente. Eu realmente não sabia que a casa estava nesse estado. Os documentos nada diziam a respeito. – Martins estava constrangido.
— Calma, cara! Você está entre amigos. Temos mais coisas a fazer do que achar ruim você nos mostrar a casa dessa forma. – Léo apontou.


— Isso aí, Léo. Só não ficarei com a casa por causa dos quartos que ficam no primeiro andar e são pequenos. E o vilão da história é o antigo dono, um grande desleixado, e não você. – André até sorriu para passar confiança ao amigo.
— A casa precisa de uma grande reforma e limpeza, mas nada impossível. – Carol confirmou.
— Mas o preferível mesmo era demolir e construir algo melhor, isso sim! Pena que quero uma casa para ontem, senão, até podia ficar com essa para reconstruir do zero.


— Se planejar construir do zero, tenho terrenos vazios à venda. – Martins lembrou mais animado.
— Não sou bom com construção, mas podemos falar com o pessoal. Alguém deve conhecer um arquiteto que possa ajudá-lo a construir algo bom. – Léo já estava imaginando a quem poderia pedir ajuda.
Enquanto os outros se dirigiam ao carro, André e Carol ainda conversaram mais um pouco, enquanto estavam perto do lago.


— Você estava passando mal lá dentro e...
— E quem não passaria? Parece que a casa foi abandonada há séculos e não posta à venda há uma semana. Lá dentro estava mesmo um lixo, mas foi só a minha reação inicial. Você viu que logo eu me senti melhor.


— Mas você pode estar grávida e, se estiver, aquele cheiro podia ser ruim para você e o bebê... – Só a possibilidade de ela correr riscos o deixava nervoso.
— Está com mais pressa do que eu agora?
— Não é bem isso... Gosto da ideia de ser pai. Antes eu nunca tinha planejado, mas já que estamos empenhados em ter, a qualquer momento pode acontecer. E não quero que você passe mal, pegue peso, se exponha a perigos... Eu me preocupo com você.


— Ainda não estou grávida, mas te garanto que o primeiro a saber será você. – Carol gostou de saber da preocupação dele e até riu disso.
— Vou cobrar.
— Como você disse antes: estamos trabalhando duro nisso.


— Ei, vocês dois! Podem namorar depois? – Martins gritou.
— Vocês não estavam com pressa? Preciso almoçar, tomar meu café e já passou da hora.
Leo e Martins tinham voltado por causa da demora deles, pois Léo era um viciado em cafeína.


— Está bem. Como castigo, André paga o almoço de vocês. – Carol prometeu.
— Por que eu? Eles é que nos atrasaram.
Apesar de reclamar, André pagou pelo almoço dos quatro, após saírem dali.




Compras



Depois Martins os deixou no centro comercial a pedido deles. E Carol e André foram logo ver o cachorro exigido por Marta.


— Dona Marta tinha razão: é a única cadela aqui. – André observou.
— Ela é tão bonita! Gostei muito dela. – Carol disse.


— Nada é tão bonito quanto você, minha Ariel. — Ele disse, usando o apelido pelo qual a chamava de vez em quando e que remetia à personagem de “A Pequena Sereia”. — Vou falar com o rapaz do caixa para saber mais dela.


André foi conversar com o caixa e Carol foi junto, enquanto observava Carrapato e a cadela se darem bem. Pelo menos, Carrapato não ladrou.


— Oi. Gostamos do cachorro ali. É uma fêmea?
— Sim, senhor. – Falou o vendedor e caixa, pois a loja era muito pequena para ter muitos funcionários.
— Ok. E ela tem algum tipo de treinamento? – André continuou a perguntar.
— Não, senhor, mas é ótima com crianças. É bem esperta e brincalhona.


— E qual o nome dela?
O rapaz estava ansioso para realizar uma venda, mas após ouvir André chamar a esposa de Ariel, estava torcendo para que Carol fosse do tipo que considerasse elogio ter o mesmo nome do cachorro, pois acreditou que o nome dela realmente fosse Ariel. E então ele disse:
— O nome da cadela é Ariel.


— Perfeito! Que maravilha! Agora tenho nome de cachorro. – Carol ironizou.
— Calma, querida. Não é bem assim. E ela é bonita. Você mesma disse isso.
— Uma coisa é ser bonita, outra é ser confundida com cachorro, e você tem essa mania de me chamar de Ariel!


André voltou a atenção para o vendedor:
— O nome dela é Ariel? É isso mesmo que ouvimos?


O vendedor ficou nervoso, mas resolveu falar toda a verdade:
— Bem... Quando a senhora trouxe-a para vender, a dona chamava a cadela de Ariel, mas o filho dela só chamava de Pulga e a cadela atendia. Até hoje, quando chamamos de Ariel, ela nem nos responde, mas é só chamá-la de Pulga que ela nos ouve. Mas o dono da loja acha esquisito um cachorro se chamar “Pulga”, e desde então falamos para todos que seu nome é Ariel, mas, na hora de cuidarmos dela, a chamamos de Pulga.


—O que acha? – André perguntou para Carol.
— Se você tem um cachorro que atende por Carrapato, não vejo nada incomum em ter uma cadela chamada Pulga. – Carol respondeu.
— Também gosto do nome Pulga. Vou levá-la.


André não somente comprou Pulga, como adquiriu todos os objetos necessários para ela, além de mais ração, pois agora seriam dois animais.


E assim, Pulga se juntou à família e Carol teve o seu próprio bicho de estimação.


Depois foram a uma concessionária escolher um carro.


E os cachorros aproveitaram para brincar e se conhecer melhor.




Lanche, carro e outros papos



No fim da tarde, Marta preparou um lanche para ela e o marido, mas como ele estava chateado pelas mudanças feitas, serviu a torta no quintal.


— Trate de comer tudo. A torta quase não leva açúcar, pois as frutas estavam bem doces. E tome todo o chá de limão! – Marta ordenou.
— E eu lá estou gripado? E não precisa me mandar tomar chá. Eu gosto, ora essa.
— Mas se eu não ficar em cima, você se faz de esquecido sempre que pode e vai comer coisa proibida. Acha que não te conheço? Quem não te conhece que te compra. – Marta ralhou com Pedro.


Pedro nem ligou para a reclamação da esposa e mudou de assunto:
— Quem esse moleque pensa que é? Eu sou o pai dele! Eu o ensinei a andar, a pescar, a jogar bola, a se comportar! Agora manda em mim como se eu fosse criança? Que direito ele tem de mudar nosso quarto de lugar e mexer em nossas coisas sem nossa ordem?


— Você largue de ser chato! Está mais ranzinza que eu! Eu também não gostei de ter minha sala de costura mudada, mas vamos encarar: não estamos mais jovens e você já nos deu dois sustos no último mês. Subir e descer escada a toda hora é impossível nas atuais condições. A escada da varanda só tem três degraus, mas a que leva ao nosso quarto é mesmo desgastante!


Pedro pensou um pouco antes de responder:
— Mas acha justo termos as nossas vidas mudadas de uma hora para a outra por causa de um moleque, que nós mesmos trocamos a fralda ontem?
— A nossa vida não mudou por causa de André. – Marta deu uma pausa e, em seguida, disse: – Tem a questão do peso de nossa idade e a nossa situação foi agravada por causa de Eduardo. A culpa é dele e somente dele. Não foi isso que você e a mocinha me disseram quando eu estava me sentindo culpada pelos nossos males?
— Tem razão. Você tem toda a razão. É que estou com muita raiva por tudo o que aconteceu. Tudo de mal em nossas vidas aconteceu por causa dele.


— E agora você desconta em nosso filho? Foi ele e a mocinha que desvendaram tudo. Podemos não gostar, mas eles estão agindo pelo nosso bem.
— Mas nem fomos olhar a casa! Como André pode querer decidir pela gente? E esta casa era dos meus pais. Temos que valorizar as nossas tradições.
— Ele não vai decidir pela gente e nem acabar com a tradição. Calma! Ele nos conhece, sabe do que gostamos, sabe como nós somos... E eu tenho uma ideia: a gente pode manter esta casa ainda e ir morar num local realmente confortável que nós mesmos escolheremos, e que ainda atenda a todas as nossas exigências.


— Que ideia você tem? – perguntou Pedro, cheio de curiosidade.
E Marta lhe informou o que tinha em mente.


Pedro não somente gostou, como aprovou o plano de Marta.



Nesse instante, André e Carol pararam o veículo na frente da casa:
— Será que eles vão gostar do carro? – Carol perguntou.
— Tomara que sim. Fomos bem chatos durante a escolha. – André respondeu.
— Chatos, não! Criteriosos. Não é qualquer carro que serve para seus pais.


Como Pedro e Marta ouviram o barulho diferente, foram à porta ver o que era e se depararam com o filho e a nora.
— O que é isso? – Pedro perguntou, sem tirar os olhos do carro.
— Trouxeram o cachorro que vimos. – Marta viu logo o animal.


— Quero apresentá-los à Pulga! E este é o novo carro de vocês. – André falou, enquanto Carol cumprimentava os sogros.
Marta foi logo conhecer a cadela.


— Pulga? Só André para dar um nome esquisito desse a um cachorro. – Marta comentou.
— Ela é linda, né? – Carol falou e as duas passaram a conversar sobre a cadela. Carol estava contente por finalmente fazer algo do agrado da sogra.


— Minivan? Por que não trouxe uma caminhonete quatro-por-quatro com cabine dupla? – Pedro queria saber.
— De nada, ingrato. – André ironizou - Da próxima vez, não te trago presente.


— O carro é até bonitinho, mas parece pequeno. Não tinha nada maior?
— Pequeno? O carro tem 7 assentos e o porta-malas é grande. Bem!... Está em seu nome. Se quiser, pode trocar, mas as caminhonetes lá eram mais velhas que o senhor. Além disso, olhamos a questão da sua altura, o seu reumatismo para subir num carro grande...
André foi interrompido pelo pai.


— É claro que gostei do carro, besta! Tô brincando contigo. O carro está ótimo para mim e sua mãe. Dá cá um abraço. Gostei da cor.


— Eu que escolhi a cor, mas o modelo foi escolhido junto com Carol.
— Mas uma picape seria mais divertida.
— Se continuar assim, compro uma pra mim, e não te dou nem uma volta! – André falou sorridente.
Podiam brigar ou discordar entre si à vontade. Eles sempre estariam unidos pelo amor de pai e filho.





Durante o jantar, conversaram tanto sobre o casamento de Nelly*, que seria naquele sábado, quanto sobre a festa de aniversário da filha de Rosa Verdeclaro, que seria no dia seguinte ao casamento. E todos estavam convidados para os dois eventos.


* Nelly Fernandez é amiga de Carol e suas histórias de detetive podem ser acompanhadas por este link. E quem fez o seu vestido de casamento foi Marta, no capítulo 08.

E ainda conversaram sobre o assunto da próxima moradia: André informou que as casas que eles tinham visto não eram adequadas, mas que iam continuar a busca.


— Antes de irem atrás de uma casa, eu quero que vocês ouçam a sua mãe. – Pedro pediu aos mais novos.
— A gente aceita se mudar, se pudermos manter esta casa para sempre voltarmos nos feriados. E quanto à nova casa nós mesmos queremos escolher. – Marta se pronunciou.
— Por mim, está ótimo! – André disse.
— Contanto que... – Marta continuou.


— Lá vem bomba! – Falou André, assustado pelo que poderia vir.
— ...vocês comprem também a de vocês.
— Mas a gente tem casa, mãe. E as nossas finanças não estão...
— Um apartamento com um quarto? Você não disse dias atrás que queria me dar um neto? Pois bem, nós aceitamos o neto, desde que ele tenha uma casa decente! E queremos vê-lo sempre também. – Marta exigiu. – Além disso, o que eu e seu pai faremos com aquele dinheiro que você nos trouxe?
— Não quero o dinheiro de vocês! E sobre a distância, isso não é problema. A gente viajará sempre para que vocês possam vê-lo e...


André foi interrompido por Carol, que até aquele momento estava calada:
— A sua mãe quer dizer que quer morar perto da gente.
André ficou surpreso. Ele sempre quis independência, coisa que herdou de Marta. Ele não queria morar mais na mesma casa que eles. Só estavam ali enquanto resolvessem tudo, mas também se lembrou do quanto sentia falta quando os pais estavam longe.
— E você? – André se dirigiu a Carol.
— Gosto de sua família. Por mim, tudo bem. – Carol disse. Ela já estava mais acostumada com Marta e gostava do jeito de Pedro, e de como os dois juntos cuidavam e tiravam André do sério.


— E você, pai? O que acha? Concorda com mãe? Porque a gente não pretende se mudar para cá.
— Concordo, sim. Quero ver meus netos crescendo e a gente topa mudar de cidade.


— Então, tá. Assim que o processo contra Eduardo estiver mais adiantado, a gente se muda. Todo mundo. E encontraremos uma casa para vocês e... – André tentava falar.
— Duas casas! Sendo uma para vocês. – Marta o interrompeu.
— Bem... Uma casa para vocês e...


— Duas casas, não. Uma casa para todo mundo ficar junto! – Pedro disse, contrariando a esposa.
— Enfim, encontraremos um novo teto para morar, mas sobre a quantidade de tetos, discutiremos depois.
— Terá que ter pomar e lago. – Lembrou Pedro.
— E um quarto de costura porque não vou ficar parada! – Alertou Marta.
— Um escritório para o meu computador. – Até Carol entrou na onda de lembrar o que queria na nova casa.
— E dois quartos de crianças. Quero quatro netos. – Exigiu Marta.
— E um local para os cachorros dormirem. – Falou Pedro.


Adeus, independência!”, pensou André, enquanto levava mais um garfo à boca e os outros traçavam o desenho da nova moradia.
Enquanto isso, Carol pensava em como falaria com Eduardo no dia seguinte.








Quer também dar uma sugestão de como deve ser a nova casa? Viu alguma pronta e quer indicar a André? Tem alguma dica a dar a Carol de como conversar com Eduardo? Escreva nos comentários. Está habilitado o modo “Anônimos”, para aqueles que não tem conta  no Google ou que esqueceram a senha.


Lotes usados:
Angel Town City Center, de AngelFrouk
Casa de Campo, por Claudia Piefratza do grupo de Facebook Jogando The Sims Sim. A casa que editei para a história está hospedada neste link.


Agradecimentos
A Malú Aguir, criadora dos personagens Katy Kordelious e Enrico Belaventura. Você pode acompanhar as histórias destes dois e de outros personagens incríveis em A Vida de Katy, no blog Histórias de Malú.
A Claudia Piefratza, autora da casa maravilhosa que agora pertence a Enrico. Se quiser conhecer outras criações dela, como poses para The Sims 4, entre no grupo Jogando The Sims Sim.
A Denise Fernandez, que criou Nelly Fernandez e todos os personagens e Casos Ainda Não Solucionados.
E a você, leitor, que leu mais este capítulo.
Se for a primeira vez que lê esta história, ou perdeu algum capítulo e se sente perdido, sugiro que leia os capítulos anteriores que estão organizados na aba Minhas Histórias, ou pode clicar na tag #vermelhoverde.


Participação e Citação Especial


Enrico Belaventura e Katy Kordelious, sims da  série A Vida de Katy.



Nelly Fernandez, da história Casos Ainda Não Solucionados.
Obrigada pela visita de vocês!!!


13 comentários:

  1. Obaaaaaaaaaaa!!! Capítulo novo!!!
    Vamos lá:

    1. Nossa, também ficaria louca se soubessem que mexeram nas minhas coisas! Rs... Sei que são super bem intencionados, mas precisam aprender a pedir permissão. xD
    2. O jeito de André falar é ótimo! Adoro! Huahuhauhuhauhau...
    3. Carrapatoooooooo!!! Muito bom revê-lo! :)
    4. Sobre Eduardo: triste situação em que ele mesmo se colocou! Tenho pena não! Toda ação deve ter consequências e ele precisa mesmo pagar por ter matado Murilo e por ter mandado que matassem Seu Pedro. Que ninguém se engane com essa carinha de “coitado” dele! Hunf!
    5. Léo e seu kilt! Aaaaaaaaamo o Léo!!! Ele tem uma cara simpática demais! \o/ <3
    6. Olha a Katy Kordelious!!! Estou amando a história da Malú!!! \o/ <3
    7. Fiquei com pena de Elisa... A história dela com a mãe é bem triste...
    8. Caramba!!! A primeira casa que visitaram é gigante!!! O.o Mas eu a achei maravilhosa!!! Adorei a sala de jogos e a área da piscina! :)
    9. Mas olhaaaaaaaa!!! Amor à primeira vista ente Enrico e Katy!!! Lindos! :) S2 pena que Martins e Léo se deram mal nessa! Huhauhauhuhauhaua... Fazer o quê, né? Alguém teria que sair perdendo nessa! Rs...
    10. Falar “Nossinhora!” é tão eu! Huhauhuahuhauhau...
    11. Eita!!! Enrico e Katy não perderam tempo! xD :D
    12. Caramba, a segunda casa está mesmo abandonada! Que dono desleixado! Mas uma reforma a deixaria da hora! :)
    13. Olha que legaaaaaal!!! Carrapato agora tem uma companheira!!! Bem-vinda, Pulga! Muito linda! :)
    14. Compreendo as reclamações de Seu Pedro. Mas fico feliz que eles todos se entendem bem e resolvem as rusgas claramente e civilizadamente! Família linda essa! S2
    15. Amei que agora eles têm esse projeto de morar próximos! Como ficaríamos com D. Marta e Seu Eduardo longe? Não ia dar certo isso! Sou fã demais desses dois! \o/ S2
    16. E ri muuuuuuito com eles listando as coisas que querem na nova casa! A cara de desespero de André foi ótima!

    Déa, parabéns por mais um excelente capítulo!!! \o/ Amei demaaaaaaaaaaaaaais!!! \o/ S2
    Eu estava morrendo de saudades deles!!! S2

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  2. 01. Se André pedisse, ia levar um “não’. Brincadeira. A ideia veio de última hora, pois eles estavam intencionados a passar um tempo no hotel, mas o que foi ótimo: nos garantiu ótimas risadas! Pena que Marta não puxou a orelha dele!
    02. Eu me divirto absurdos com ele. Principalmente quando ele se estressa. Mas ainda bem que o estresse dele sempre passa rápido.
    03. Carrapato estava sumido, mas nunca esquecido!
    04. Concordo. Toda ação tem sua consequências. Tem que pensar antes, até pq não se pode brincar/tirar outras vidas.
    05. Léo voltou com tudo aos kilts!!!
    06. Katy Kordelious!!! Estou muito emocionada com a participação dela aqui!
    07. Ter uma mãe que a odeie e um pai inconsequente. Não é para qualquer um. Mas ela é adulta e ela mesma deve escolher qual lado seguirá. Vamos ver lá para a frente. Eu espero que seja o lado do bem, mas ela tá de olho para o lado de André.
    08. A casa é mesmo maravilhosa! Agradeço muito à Claudia, pois eu não tenho a mínima condição de fazer aquela casa maravilhosa!
    09. Tem coisa boa guardada para Martins e Léo! E Enrico e Katy parece destino!
    10. Também lembrei disso! E ri um bocado! kkkkkkkkkkkkkkkkk
    11. ♪Loves in the air♪ Perder tempo para quê, né?
    12. O cara só se preocupava com a parte cultivável. E onde ele dormia? Tenho até medo de pensar a respeito!
    13. Pulga & Carrapato: a nova dupla canina! Kkkkkkkkkkkkkk
    14. Sim, eles sempre chegam a um meio termo. E é tão natural eles não pensarem igual. Se fosse assim, seria sempre harmonia, mas estranho. E não teríamos como rir deles.
    15. Agora D. Marta pode pegar no pé do filho. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Tb amo muito este casal!
    16. Tadinho de André: se deu mal. Agora, sim, vai demorar para achar a casa perfeita!


    Obrigada por ter lido e gostado. Peço a você e a todos desculpas pela demora. Agora, vamos torcer para que a coisa ande!

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  3. Aos comentários:
    1- Martins e Léo tarados!
    2- “E a saia? Tem que ter coragem para usar!” Não tira onda vai se queimar!
    3- Essa praga desse Eduardo tem é que aprodrecer na cadeia sem direito a fiança!
    4- Acorda Elisa teu pai é mais falso que nota de 3 reais!
    5- Carol ta parecendo aquele amiginho que bota lenha na fogueira nas brigas de escola.
    6- Katy arrasando corações
    7- Ainda não acostumei com as tretas entre Carol e Marta terem acabado. É estranho ver Marta não sendo ranzinza.

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    1. 1-Mas Katy é uma sedutora nata! Poucos resistem a ela! Léo nem teve chances!
      2-Não é tirando onda! Ela gostou mesmo de vê-lo usando kilt, mas não conhece a palavra certa, e por isso chamou de saia.
      3-Mas ele é primário. Nem sempre nossa vontade prevalece, mas penso como você.
      4-Mas com ela, o amor é verdadeiro. O problema é a obsessão e ganância que o faz ser tão ruim!
      5-Carol e André querem ver o circo pegar fogo! kkkkkkkkkkkkkk
      6-É Katy!!! Ninguém resiste!
      7-Quem disse que acabou? Ela ainda a chama de mocinha, mas é coisa da primeira impressão dela com a nora: é difícil de esquecer, mas ela já notou que Carol não é ruim. E Marta continua ranzinza: observe a forma como ela pega no pé do filho e do marido? Ser ranzinza não é ser do mal! :)

      Obrigada por ter lido, Tatsumi!!!

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  4. AI MEU DEUS! O tiro que foi esse capítulo combinou perfeitamente com o tiro que é Fix You! Meu Codlplay! Ninguém sai!
    Acompanhei a história da Katy em algumas fotos do Facebook, mas não sabia que tinha um blog! Acho que já descobri o que vou fazer esse final de semana!
    1- Desculpa por não ter comentado o último capítulo, ele não deixou a desejar em nada, eu que fiquei com preguiça de comentar mesmo!
    2- Essa família E só atrapalha, em! Eduardo, Elisa e Edite: todos têm um passado triste, mas não tentam arrumar do jeito certo. Muito triste mesmo!
    3- Fiquei me imaginando morando na primeira casa: com certeza ia me perder!
    4- QUATRO NETOS DONA MARTA?! Ai meu coração! Coitada da pobre Carol hahhahahah
    5- Eu não ia gostar que mexessem nas minhas coisas porque se não foi eu que guardou eu simplesmente nunca vou achar outra vez! hahahhahah
    6- Simpatizei muito com o André! Amo meus pais e sinto muitas saudades deles, mas quero morar sozinha, sim! Ainda mais casada e planejando ter filhos! Imagina que saco todo mundo opinando toda hora!
    7- Pulga e Carrapato! <3
    8- Esses dois disputando o coração da Katy! Ri demais! Ainda mais da reação do Leo ao ver que o Enrico tinha roubado o jogo!
    9- A propósito, o Enrico não perde tempo, em! Mostrar a casa... Acho que ele vai começar pelo quarto do casal!

    Desculpa novamente por não ter comentado o último capítulo e por agora ter deixado tudo fora de ordem, mas é que eu quis listar aquilo que mais me marcou na ordem que eu ia lembrando! Haahahaha!
    Não desiste Andrea, sua história animou meu final de semana!

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    1. Oi Leticia!!! Sobre o Cold Play, temos de agradecer a uma amiga que me indicou esta música, pois eu mesma não conhecia, mas ficou perfeita realmente!
      Katy antes não tinha blog! Saiu dias antes deste capítulo, mas agora podemos acompanhar melhor as aventuras dela.  E ela ficará bem feliz em tê-la como leitora!
      01-Relaxe! Você me explicou que já leu tarde da noite. O que importa é que tenha lido e gostado! Isso é que me dá prazer em fazê-lo. É claro que o feedback é sempre bem-vindo, mas nunca é obrigatório! O que vale realmente é c ter gostado!
      02-Gostei do nome: Família E! kkkkkkkkk Tomara que Elisa consiga mudar a própria história, mas se ela seguir os passos dos pais... EITA!!! Mas te entendo: a gente percebe que eles são humanos, e ficamos tristes por eles.
      03-A casa é grande e maravilhosa, né?
      04-A vingança de Marta! Huauauauauauauauaa!!!
      05-Somos duas!!!
      06-Concordo contigo, mas vê-lo estressado promete ser engraçado!
      07-Se eu tivesse pensado antes poderia ser Pulga e Percebejo, mas agora todos nós amamos Carrapato com este nome. Kkkkkkkkkkkkkkkk
      08-O bonito é que os dois disputavam a atenção dela, mas sem brigar entre si e sem desonestidade. Isso é muito bonito!!!
      09-Eu também tive a impressão que ele ia mostrar primeiro o quarto de casal a Katy! Enrico percebeu que a coisa entre ele e Katy é maior, vai além da atração! Desejo felicidades ao dois, mas se eles permanecerão juntos depois, dependerá de Malú e Katy! Mas eu shippo EnriKaty!

      Não precisa pedir desculpas. E as suas palavras também animaram o meu fim-de-semana e a história deles. Obrigada por ler, Leticia!!!

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  5. Depois de ler a sua resposta permanece a dúvida: eu ri mais lendo o capítulo ou lendo a sua resposta? Hahahhaha Você é maravilhosa!

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  6. Gente do Céu! Fiquei apaixonada! Sem palavras! História, Fotografia, Humor, Drama e tudo mais. Parabéns a todos. Por isso sempre me identifiquei com a EA. e o The Sims. A oportunidade de descobrirem, grandes "Artistas"! Orgulhosa de ser um ou uma, Simmers. Mais uma vez! Parabéns, congratulações... Obs; (clausSims), sou eu (Claudete Pietrafeza) do Jogando The Sims Sim.

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    1. Oi Clau!!! O orgulho é meu por você ter lido e gostado da história. E obrigada mais uma vez pela casa e pelos elogios, mas é você é que está de parabéns! A casa é magnófica!!!

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  7. Amei o capítulo. Finalmente André e Carol terão o seu bebê?
    Quatro netos, dona Marta?! Coitado do André, vai trabalhar muiitooo, mas acho que desse trabalho ele vai gostar ;)
    Parabéns Andrea! s2

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    1. Queremos tanto este bebê!!! Até eu estou com pressa!
      André vai ter que suar muito para fazer quatro bebês, mas também acho que ele vai curtir bastante o trabalho.
      Obrigada Paty por estar acompanhando! Amei ler aqui seu comentário!

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  8. Olha eu aqui!!!
    Perdão por demorar a comentar.. mas precisava ler os capítulos anteriores..
    Amei o capítulo.
    Meus filhos amados Katy e Enrico. Amei eles em sua história. Fiquei tão feliz em vê-Los em The Sims 2. Tão lindos 😍

    Fiquei com raiva do Eduardo, planejando coisas horríveis. Vou mandar Enrico dar um jeito nele!
    André rabugento viu! Tava pior que dona Marta. Achei que ele não tinha ido com a cara da Katy. Tão fofa a Carol com a Katy. Ri muito de Leo e Martins (meninos ela tem uma irmã gêmea, caso interessa kkk).
    Eiii Carol enjoando, será que lá vem um mini Andrezinho ou Carolzinha?

    A pulga que fofa hahaha. A Carol brava pq o vendedor chamou a cadela de Ariel hahahaha.
    Eita que vão morar tudo junto! Tem que ser uma casa de dois pisos e um pátio enorme pra cumprir com as exigências de todos.

    Fiquei muito feliz pela minha Katy e meu Enrico aparecer em sua história. Me emocionei ❤
    Obrigada e aguardando o próximo capítulo

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  9. Que bom que gostou da versão The Sims 2 deles.
    Pode mandar Enrico falar com ele mesmo!
    André tem a rabugice no sangue! E não é nada contra Katy, é que ele estava chateado porque ele é todo metódico e o plano é que vissem casas confortáveis para os pais, e ele sabia que não ia acontecer isso. Dito e certo: a primeira casa era linda, mas inadequada para os pais.
    Pode passar o telefone que tá tudo solteiro!
    Mini Andrezinho ou Carolzinha? Quem sabe? Desta vez. ainda não, mas eles cão continuar praticando!
    Pulga é linda, né? O problema de Carol era ela ser confundida com a cachorra. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Tomara que encontrem este terreno enorme e uma casa perfeita!

    Eles são sempre bem-vindos, Malú!
    Obrigada por ter lido! Que bom que gostou!

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