História de dois ex-militares que amam o perigo e o trabalho.
Atenção: Para ver com letras maiores, é só dar Zoom (segure a tecla Ctrl e aperte o sinal de + do teclado).
Capítulo 02
Primeiro Natal
Resumo do capítulo anterior: Carol e André se
conhecem no trabalho, o antigo chefe dela tenta forçar um beijo, que ela
rejeita. André aparece e bate no Oficial Rodolfo. André e Carol começam a
namorar, enquanto que Oficial Rodolfo é preso, após jurar vingança. Eles trocam
de trabalho e se casam. Durante uma operação contra roubo de animais e tráfico,
Carol é espancada.
Notícias boas e más
Três meses depois.
– Oi, Cabelo de Fogo.
Que bom que acordou.
Carol acorda tonta, mas
consegue responder.
– Oi, Hulk. Estou
fazendo o quê aqui?
– Estamos cuidando de
você.
Eles usavam estes
apelidos entre si desde o primeiro dia de namoro.
André chama o enfermeiro
de plantão e se senta na cama.
– Estou aqui a quanto
tempo? E o que houve com meu cabelo?
– Você chegou aqui quase
morta. Levei um susto danado. Tiveram de raspar o seu cabelo para fazerem a
cirurgia. Você tinha uns coágulos na cabeça e ficou em estado de coma induzido
por três meses.
– O que aconteceu
exatamente antes disso? Lembro um pouco de nossa missão. Os bandidos foram
presos?
André começa a narrar:
“Jorginho virou ajudante
do cozinheiro do presídio. E conseguiu emagrecer bastante. Segundo eu soube, o
advogado tenta reduzir a pena dele por bom comportamento”.
“Solange tentou se
livrar da condenação, mas através de suborno, porém o juiz a desmascarou. Não
sai de lá por tão cedo. Agora realmente tem que sujar as mãos, já que está
trabalhando na agrícola da penitenciária”.
“Cristóvão está preso e
acabou levando uma surra de outro detento por se meter com a namorada do colega
de cela. Vamos ver se ele aprende a nunca mais mexer com a mulher dos outros.
Ele também está pegando no pesado, trabalhando na fazenda agrícola da
penitenciária”.
“Loki Leite (este é o
sobrenome dele) está respondendo o processo em liberdade, já que tem muitos
advogados. Ele declarou que não sabia das negociações fraudulentas da amante.
Declarou que deu a propriedade de presente para ela apenas e que não sabia que
ela e um outro cara estavam organizando tudo usando o nome dele, mas todos
estão de olho nele: a mídia, o pessoal da Receita, a "roubos e
furtos", a polícia de narcotráfico, a sociedade protetora dos animais...
Todo mundo! Em compensação, a esposa está entrando com processo de divórcio.
Parece que ele vai perder muito dinheiro ao menos. Agora, ele está se
escondendo mais do que antes”.
– Loki Leite? Nome
esquisito na hora de falar, já que embola a língua. E lembra nome de criança
inocente.
O enfermeiro chega
acompanhado da médica.
– Olá, Sra. Carol. Me
chamo Samanta e estou acompanhando o seu caso. Se lembra de algo antes de
desmaiar? – a médica pergunta.
Carol teve flashes de
homens lhe agarrando os pulsos e batendo nela. Lembrou de sentir dor e ter
fechado os olhos. Mas lembrou também de algo agradável e preferiu se ater a
esta lembrança naquele momento.
– Lembro de um indiano
com uma túnica azul e barba por fazer.
Alguém o avise que indianos sempre fazem barba. Pelo menos ele era
bonito. Tenho muito interesse nele e na túnica. – Carol falou para a médica,
enquanto olhava para André.
André acabou sorrindo da
brincadeira e da lembrança, já que não gostava de seda e vivia reclamando do
tecido para a esposa. Ele achava seda muito fria, não importando se seda era
considerada tecido nobre e caro.
Como a médica estava de
plantão no dia em que Carol foi hospitalizada, sabia ao quê ela se referia.
– Que bom que lembra de
algo, mas agora faremos alguns exames e depois falaremos mais a respeito. Se o
senhor nos der licença.
André teve de sair da
sala e aproveitou para comer um salgado na cantina do hospital.
Quando ele retorna, a
médica já tinha terminado os exames e falou o prognóstico inicial.
– Pelos resultados iniciais, a senhora
receberá alta ainda hoje ou amanhã, mas continuaremos avaliando o seu quadro.
– Que bom.
– Hoje tiramos o
medicamento. Sua memória pode estar um pouco confusa, mas retornará logo ao
normal.
– Bom.
– A sua saúde está em
ordem, mas verificamos que devido aos ferimentos na região abdominal, a senhora
terá dificuldade em ter filhos, pois os órgãos reprodutores foram muito
lesionados.
– Dificuldades?
– O seu ginecologista
fará mais avaliações depois, mas as chances de uma concepção por agora são
pequenas. Seus órgãos internos ainda estão se recuperando. A senhora precisará
de 15 dias de repouso, antes de voltar a trabalhar.
Depois que a médica
saiu, André começa:
– Nunca falamos antes a
respeito, mas você queria filhos?
Carol começa a pensar em
bebês chorando, bebês com fralda suja, bebês brincando no vaso sanitário, se
esperneando, chorando pelo crescimento dos dentes, bebês pedindo atenção a todo
momento, bebês acordando de madrugada e
não deixando os pais dormir...
– Claro que não. Meu
nome não é Alice. – ela declara com cara triste.
– Fale a verdade – André
pede desconfiado.
– Eu quero filhos. Eu
quero ter dois bebês no mínimo – declara quase chorando.
– Depois de sua
recuperação, vamos ver melhor com o ginecologista. Ela falou em dificuldades. E
não em impossibilidade.
Como não sabia lidar com
tristeza, procurou mudar o foco da conversa e se lembrou de algo:
– Que tal se a gente passar este tempo de
recuperação na casa de meus pais e comemorar o Natal com eles. Você não os
conhece ainda.
Carol percebe a tática
de desviar o assunto e, por isso, não se magoa:
– E o seu trabalho?
– Tudo se ajeita. Não há
nenhuma missão para nós no momento. Parece que os bandidos estão curtindo o
Natal ou tirando férias.
Carol era órfã, nunca
conheceu seus pais legítimos e foi adotada logo cedo, mas não teve um lar
feliz. Ela queria filhos e oferecer algo muito melhor a eles. A ideia de André
de apresentá-la à família dele era reconfortante.
– Tudo bem. Vou gostar
muito de conhecer seus pais no Natal. – Fala mais animada.
Bem-vindos à Colina Formosa
Três dias depois chegam
a Colina Formosa acompanhados por Carrapato.
– Lugar bonito. Parece
cartão de Natal!
– Você ainda não viu
nada. É um lugar muito sossegado... Lembra aquela música "Calmo, sereno e
tranquilo". E quase não há crime ou problemas a ser solucionados.
– E por que você saiu
daqui?
– Exatamente pelos
mesmos motivos. Tédio total!
Carol ri e a mãe de
André abre a porta.
– Já chegaram?
– Oi mãe! Chegamos!
– E trouxeram este
cachorro do inferno. Nem fale nada. Já estou vendo o monte de terra que ele
cavou ali. Só entre depois de tapar o buraco. E limpem os pés antes de entrar.
– Quando pensei em
passar o Natal aqui, não era para trabalhar durante o feriado antes mesmo de
entrar em casa.
– É só um buraquinho.
Você reclama muito.
Após entrarem André
apresenta Marta e Pedro a Carol.
Pedro e Marta
já estavam aposentados. Ele era o antigo treinador do time de futebol da
cidade. E se orgulhava disso.
Marta sempre foi
dona-de-casa e costureira, mas ficava chateada com tantos calotes e a moda do
momento. Achava os vestidos atuais curtos demais.
Ao desfazerem as malas,
André percebeu que sua antiga cama de casal tinha sido substituída por duas de
solteiro. As coisas não estavam ocorrendo conforme o planejado.
– Ninguém me avisou
sobre esta mudança.
– Calma. Damos um jeito
nisso.
Juntos, eles uniram as
camas e puseram o antigo colchão, que acharam no sótão.
Durante o jantar, os
casais se conheceram mais. Não querendo preocupar os pais, André sempre mentiu
a eles sobre o que fazia e daquela vez não foi diferente. Informou que
continuava trabalhando como chefe dos seguranças na mesma empresa em que Carol
era contadora. A parte verdadeira da história era que moravam no apartamento de
Carol, que era bem menor que o seu, mas tinha uma área externa melhor para o
cachorro brincar.
Pedro ficou feliz
pelo casamento que tinha apenas 9 meses (o período em que casaram e terminou a
operação Cavalo-a-Jato durou cerca de 6 meses e Carol passou mais três meses
internada). Marta pouco falava.
André aproveitou para
perguntar:
– Quem fez o boneco de neve lá fora?
– Os meninos da rua
fizeram e deixaram um bilhete, dizendo que era a sua mãe – Pedro comentou
rindo, enquanto Marta não achava graça da lembrança.
No dia seguinte, Pedro e
André saíram para rever o campo de futebol e os moradores e levariam Carrapato
para passear, antes que o cachorro destruísse o boneco de neve.
Eles chamaram Carol, mas Marta pediu sua ajuda para fazer o almoço.
Carol ficou para
ajudá-la, dizendo ao marido que depois eles poderiam sair para conhecer as
redondezas.
Assim que os homens
saem, Marta explodiu:
– Então, você, uma filha-de-ninguém, dá em
cima de meu filho, já que o salário dele deve ser muito maior que o seu, pois
ele é chefe. E magra deste jeito e fazendo meu filho morar numa quitinete, com
certeza não lhe dará filhos, dizendo que não tem espaço para crianças. Acho bom
você se cuidar, pois ficarei de olho em você.
– Dona Marta, não é bem
assim...
– Uma conversa: você deve ser igual ou pior
que aquelazinha que conheci na casa de André, que nem quis vir aqui. E você
veio para conquistar nossa confiança, para nos enganar, mas conheço gente como
você. Se afasta de minha família.
– Mas...
– Sem mas! Tá avisada.
Sei que você casou com meu menino, mas sua cara de sonsa não me engana!
Marta e Carol
prepararam a comida sem se falar mais.
Carol nunca gostou de brigar, ainda mais com
pessoas idosas. Se necessário, preferia apelar para processos judiciais. E com
a sogra, não tinha nada a fazer, senão provar o quanto Marta estava
errada. Mas como?
Frustrada, Carol fez o
boneco de neve conhecer a sua fúria naquela mesma noite.
Brincadeiras e passado
Estava perto do Natal. E
a casa não estava arrumada para as festas. Marta alegava trabalho e cansaço,
enquanto Pedro contava que a família sempre festejava as datas festivas,
principalmente o Natal. Pelo menos, até André se mudar para longe.
Carol aproveitou a
chance e convidou André para sair. Podiam fazer as compras de Natal e arrumar a
casa. Os dois não eram ricos, mas tinham suas reservas, ainda mais depois da
venda do apartamento de André. Pedro aprovou a ideia no mesmo instante.
Com a desculpa de
mostrar as suas costuras a Carol, Marta a chama ao ateliê:
– Já quer bater perna e
gastar dinheiro do meu filho à toa?
Antes das compras,
aproveitaram para conhecer a cidade. Colina Formosa era uma cidade pequena, mas
aconchegante.
Se divertiram fazendo
anjos na neve e tentando patinar. Fazia muito tempo que André tinha patinado e
Carol nuca tinha feito aquela atividade.
Até conversaram
amenidades:
– Qual é a história do
chapéu? – André pergunta.
– Além do frio e o gorro
esquentar minha cabeça? Gosto de usar chapéus. E assisti muito o seriado “Firefly”1
e gostei.
– Lembro de ter
assistido o filme “Serenity”2 que veio depois do seriado, mas... e
daí?
– Depois que Jayne Cobb3
passou a usar o gorro que ganhou de presente de sua mãe, passei a considerá-lo
o homem mais másculo, sexy e sensível que já tinha visto. Pelo menos, até
recentemente.
– Por que o “até
recentemente”? – André fala entre confuso e desgostoso (sua mulher gosta de outro?)
– Ele perdeu o título pra você.
Quando não estavam
brincando ou conversando, Carol não conseguia esconder o quanto estava
ressentida.
Entraram no abrigo do
Centro Comunitário para passarem o frio e André puxou assunto:
– Minha mãe está te
enchendo muito?
– Como assim?
– Ela não fala comigo e
nem com meu pai a respeito, e você não reclama, mas está mais tensa agora do
que antes. E eu conheço as duas.
Carol se manteve calada.
– Eu deveria ter te
alertado, mas eu já tinha esquecido de como ela agia.
– E como é?
– Ela sempre pôs defeito
nas minhas antigas namoradas. Mesmo quando o defeito não existia.
– Mas ela sempre foi
assim? – pergunta curiosa.
– Desde um antigo
acidente de carro, em que meu tio, irmão dela, morreu e ela não pôde mais
conceber.
– Lamento pelo seu tio.
De verdade.
Depois de alguns
minutos, Carol continua:
– Se ela souber que tive
o mesmo problema, ou viraremos BFFs ou ela achará que causei a infertilidade só
para afrontá-la. – Carol retorna a falar.
– Então a coisa entre
vocês foi pior do que das outras vezes.
– Parece que sim. Antes
você não era casado.
Foram fazer finalmente
as compras.
Em casa, Marta e Pedro discutiam:
– Qual é o seu problema,
mulher? Vejo seu olhar enviesado para os meninos.
– Vou perder o meu bebê.
Não vê?
– Ele já é um homem
feito. Sabe muito bem escolher com quem deve se unir. Dá um tempo!
– Você não entende? Ele
é só uma criança crescida. E ela não é mulher pra ele. Ela parece mais um
garoto. Viu o cabelo curto de menino?
– Largue de ser uma
velha chata.
– Você que é um velho
gagá. Viu a cara dela machucada? Deve ser barraqueira além de uma boa
"bisca"!
Mais tarde, durante o jantar, Marta perguntou pelo corte que ainda permanecia no rosto de Carol.
Carol disse:
– Foi um assalto, mas já
prenderam os bandidos. E já está sarando. Obrigada pela preocupação.
Depois de Marta e Pedro irem dormir, o casal mais jovem foi para o quintal na intenção de ver
estrelas, já que o céu estava claro.
O assunto, que os dois
tentavam esquecer, voltou com força total.
– Foi bom sua mãe
perguntar sobre o corte. Amanhã farei uma pesquisa na internet.
– Porquê?
– Me fez pensar em quem
pode ter sido o mandante do espancamento que sofri.
– A polícia acha que foi
algum dos homens de Loki que não vimos. Que ele deveria estar no carro ou era
um segurança particular e que estava afastado. Algo como uma atirador de elite.
– Mas eu não dei meu
depoimento ainda. Não foi apenas um homem.
Carol explicou que tinha
corrido atrás de um homem pensando que era um dos capangas de Loki, mas foi
rendida por mais dois bandidos armados. A sua arma logo foi tomada e os três a
espancaram. Disseram que ia lhe deixar viva para ela aprender a não mexer com
gente grande. E a cooperar quando fosse mandado ela fazer isso.
– Se fossem capangas de
Loki, o mais natural seria eles me matar e depois fugir. Ou me matar e tentar
libertar Loki. E não afastar somente a mim da ação, me dar uma surra, fazer
ameaças e me deixar viva.
Os dois começaram a
cismar juntos.
Como estava muito frio,
resolveram olhar as estrelas pelo telescópio, quando viram uma estrela cadente.
Logo, o sorriso voltou ao rosto de ambos.
– Faça um desejo. – André
fala.
– Já fiz.
– Eu também.
Os dois desejaram
prender o mandante da surra que Carol levou. E Carol ainda desejou ter um
filho.
Suspiro com chocolate
No dia seguinte, na
cidade, Carol fez algumas pesquisas no cyber café4, já que não tinha
computador na casa dos pais do marido e nem wi-fi nas proximidades. Ela tinha
levado seu laptop para nada, aparentemente. Começou a juntar informações sobre
o possível mandante, mas não tinha nada muito relevante. Tudo era muito
circunstancial. André tinha ido também. Ele não tinha os mesmos conhecimentos
de informática que ela, mas fez uma rápida pesquisa sobre os possíveis
suspeitos e mandou e-mails para seus ex-colegas. Ele queria que tanto ele
quanto Carol esquecessem o assunto, mas pelo menos, ela não estava mais falando
no filho que não teriam.
André aproveitou para
rever os amigos e jogar, já que o proprietário do local resolveu oferecer internet e vários tipos de jogos aos
clientes. Não era uma GeekCon3, mas estava sendo bem divertido. Até
Carrapato estava gostando.
Durante a pausa, beberam
chocolate quente. Ele preferia algo mais forte, mas naquele tempo e naquele
local, era o máximo que conseguiu de quente e forte.
– Beber leite na minha
idade... – fez cara de zangado.
– Não reclame, Soldado.
É chocolate e leite. – Carol ralhou gentilmente.
Os dois foram abordados
por uma jovem simpática:
– André! Há quanto tempo.
– Oi Giovanna. Como
você...
– Estou ótima agora que
vi você. Sua mãe me ligou mais cedo me dizendo que você estaria por aqui e que
queria me ver, para podermos marcar um encontro.
Carol quase se engasga.
Preferiu parar de beber, pois, de repente, o chocolate adquiriu um sabor amargo
em sua boca. Giovanna não a nota e,
cheia de animação, continua a falar:
– Ela me disse que você
gosta de crianças, o que é ótimo. O meu ex-marido me abandonou com as quatro
crianças, mas podemos marcar um encontro para qualquer dia. Minha mãe cuida dos
meninos, enquanto a gente sai. Lembro que você era o mais forte da turma e como
quase todas suspiravam por você. Na época eu pensei que nunca teria chance, mas
agora com você de volta e eu estando quase solteira...
Giovanna não deixa André
e nem ninguém falar e continua:
– Você está mais bonito
que antes. Ah, você está com sua prima? Que cicatriz feia é essa, garota? Eu
conheço um creme anti-cicatriz maravilhoso. E este gorro velho? Dona Marta sabe
fazer chapéus e gorros lindos. Fale com ela.
Somente naquele momento
Giovanna tinha reparado na presença de Carol.
André não sabia como
apresentar Carol, pois não sabia o que era pior: desmentir a mãe, constranger
Giovanna ou negar o devido título à esposa.
– Esta é... a... é...
– Oi, Giovanna. Sou
Carol, esposa dele.
A garota perde a fala
pela primeira vez.
– Dona Marta fez um
favor de entrar em contato com você. Na noite de Natal faremos muita comida.
Leve os meninos também. O nosso cachorro adora brincar com crianças. E faremos
uma pequena celebração com os amigos de André. – Carol sorri, de forma
inocente.
– Então, tá. E quanto ao
rosto...
– Essa cicatriz?
Besteira. Foi um corte porque briguei com uma vadia que deu em cima de André na
minha cara. Você tinha que ter visto como ficou a cara da outra. Ela teve que
levar ponto e tudo.
– Nossa! Então... No Natal
estaremos lá na casa de vocês.
– E leve a sua mãe
também.
– Tudo bem. Tchau e
prazer em conhecê-la. – Giovanna vai embora, sem graça.
André não sabe o que
fazer ou dizer. Carol disse por ele:
– Então Giovanna &
Cia suspiravam por você?
– Mas eu nunca tive nada
com ela... quer dizer, nem sei do que ela estava falando. – André se justifica.
– Ligue para os seus
amigos e os convide para o Natal. Principalmente os solteiros. E vamos andando,
Soldado. Sua missão agora é comprar mais quatro presentes.
André odiava fazer
compras, mas se era obrigado a comprar mais coisa, começou ali no cyber café,
adquirindo um jogo de futebol como presente a si mesmo.
Ceia de Natal
No dia seguinte, mesmo
com a ajuda dos amigos, estava difícil arrumar a casa com Marta sempre
dando e mudando de opinião sobre tudo. André sugeriu a Pedro levar a mãe a
um passeio ou algo do tipo.
A sugestão foi acatada
imediatamente.
Após a saída do casal
idoso, a aparência da casa mudou drasticamente, já que André e Carol tinham
alugado alguns móveis e decoração de Natal com antecedência.
Música: Elvis Presley - Silent Night...
Na noite de Natal,
compareceram todos os convidados.
O corte no rosto de
Carol já estava quase invisível. Devido à maquiagem, ninguém viu nenhuma marca
em seu rosto naquela noite.
André Martins6
e Leo da Mata6 logo travaram conversa, apesar do segundo não sair
muito de casa.
Gabriel Chaves6
e sua ex-mulher Alexandra6 conversaram civilizadamente em respeito à
data.
Giovanna e outro amigo
de André estavam se conhecendo melhor no escurinho da varanda...
Outros que preferiram
ficar a sós foram Jason e Rosa Verdeclaro6, já que alguns moradores
ainda se assustavam com a aparência física dela e não sabiam ao exato qual
seria a reação de André e Carol. E queriam evitar troca de farpas com Marta.
O casal Ribeiro6,
que passava por uma crise conjugal, também compareceu.
Animado pela situação, Pedro aproveitou para tirar a esposa para dançar e logo depois ambos
trocaram um beijo de boas festas debaixo do azevinho. Até Marta tinha dado
uma folga à própria rabugice.
Um Papai Noel fora
contratado para animar as crianças, mas, para esquentar o clima natalino, uma
das duas árvores de Natal acabou pegando fogo. Com exceção de Carol, ninguém
notou o incidente.
As crianças se
divertiram com Carrapato e o rádio antigo de Pedro.
Surpreendentemente,
aquele Papai Noel deixou um presente que não estava no pacote contratado e
depois foi embora sem aviso e sem cobrar pagamento, em um trenó.
Durante a ceia, alguém
trocou a emissora de rádio e passou a tocar a canção Silent Night (Noite
Feliz), interpretada por Elvis Presley.
Ao perceberem tanta
harmonia entre os convidados, a esperança de Carol e André, de que tudo se
resolveria em breve, ressurgiu.
Capítulo dedicado a Sally
Winter, que mora onde realmente faz neve, e a Denise
Martins, que ama Colina Formosa e seus moradores.
Notas da autora:
1 Firefly:
série de ficção científica, que foi transmitida nos Estados Unidos entre 2002 e
2003.
2 Serenity
- A Luta Pelo Amanhã (2005): Retoma a série televisiva Firefly, da Fox, que
havia sido cancelada. A sua ação ocorre cerca de dois meses após os
acontecimentos do último episódio da série.
3 Jayne
Cobb: personagem do seriado Firefly, e estrelado por Adam Baldwin, que
reaparece no filme "Serenity"; seu chapéu acaba se tornando um ícone
do personagem durante o seriado.
4 Cyber
café ou cibercafé: é um local que, pode funcionar como bar ou lanchonete,
oferece a seus clientes acesso à Internet, mediante o pagamento de uma taxa,
usualmente cobrada por hora.
5 Geekcon:
festival que sempre ocorre em San Myshuno, cidade fictícia de The Sims 4 Vida na
Cidade.
6 André
Martins, Leo da Mata, Gabriel e Alexandra Chaves, Jason e Rosa
Verdeclaro, Mariano e Estela Ribeiro: personagens de Colina Formosa.
Acredita-se que são representações de famílias de Belavista, devido em parte
aos seus nomes em inglês e em parte à formação familiar e histórica deles, mas
nem todos partilham da mesma personalidade e interesses dos moradores de
Belavista.
Mais informações aqui.
Aiiiin, que capítulo lindoooooooooooo!!! E dedicado a mim?!!! Morri!!! \o/ Genteeeeeeeee, muuuuuito obrigada, Deeeeeaaaaa!!! Simplesmente amei tuuuuuuuuuudo!!! Texto impecável, enredo maravilhoso e lindas imagens!!! \o/ Simplesmente arrasou!!! Parabéns por esse capítulo incrível!!! E espero que D. Marta aceite a Carol! O que D. Marta disse para Giovanna não foi legal! Sorte que Carol saiu-se muito bem naquela situação chata! #CaroldréTeam Feliz Ano Novo, minha amiga linda! :D S2
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado. Eu é que agradeço as dicas dadas.
ExcluirE Dona Marta apenas atira no que vê. E atira para matar. Não á nada pessoal a Carol. Se fosse outra, ela agiria igual. Mas assim como você, também estou torcendo por Caroldré.
Amei o ship Caroldré e o hashtag #CaroldréTeam.
Essa sogra da Carol me lembrou alguém
ResponderExcluirA minha ideia é que lembrasse a sogra de muitos. Logo teremos mais detalhes sobre ela.
ExcluirCapítulo meio tenso para Carol, essa sogra hein?! ninguém merece, espero que elas se entendam logo, e que coisa chata né? a árvore de natal pegar fogo, essa Carol é muito boa mesmo, admirando cada vez mais ela. Sou super fã da Carol, Parabéns Andrea!
ResponderExcluirObrigada! Vamos torcer para que as coisas entre as duas se resolva logo.
ExcluirAmei o capitulo!! E que sogrinha em! A Carol ficou linda com esse cabelo! E eu fico muito feliz pela dedicação <3 hauahuaha adoro Colina Formosa :)
ResponderExcluirMuito ansiosa para mais sobre essa história, e parabéns por ela, você escreve muito bem e a história prende bastante.
Felizmente, só consegui ler agora. Por causa do pc e tal auhauhauha
Que bom que gostou do cabelo, da história e da dedicatória.
ExcluirE obrigada pelos elogios.
Que capítulo lindo! Amei! E essa dona Marta, hein? Eita velha rabugenta!
ResponderExcluirOi Leo!
ExcluirTô tão feliz por vc ter gostado!
Dona Marta é difícil, mas logo entenderemos o comportamento dela.
Beijos!
To gostando da história! Mas nossa Dona Marta, dá uma folga pra Carol coitada, ela até lidou com fogo sozinha! E adorei o Carrapato, todo quietinho com seu rabinho cotoquinho hahaha
ResponderExcluirOi! Que bom que você está gostando da história.
ExcluirCarol é uma guerreira, só falta a sogra reconhecer, né?
Carrapato é tão fofo! Ele é irrequieto até, mas esta longe de ser bagunceiro. Ele é bem treinado, cuidado e amado. Ainda bem! :)
Obrigada pela leitura.
Que sogra Fdp! Amei a historia da cicatriz , boa!
ResponderExcluirOi Jojô!
ExcluirD. Marta é bem difícil, né? Tadinha de Carol. Ainda bem que Carol tinha uma boa desculpa para a cicatriz.
Obrigada por ler!
Meu Deus Carol é linda demais 💜
ResponderExcluirDona Marta, que que é isso mulher rabuja? KKKKK. André todo cobiçado, um fofo com Carol o tempo todo. E sobre a Cicatriz KKKKK eu vou usar isso na minha vida XD.
Dea, amei esse capítulo e espero que Carol e André se recuperem desse infortúnio e procriam mts herdeiros. Shippo com todas as minhas forças, são lindos 💜💜
Carol é linda! E ela nem tem ideia do quanto. Acho que isso é que mais atrai nela.
ExcluirD. Marta sempre pegando no pé, mas ela tem seu motivo. Pena que ela não conhece realmente a nora.
André diz que não sabia que era querido por todas. Será mesmo que não sabia? Pelo menos ele valoriza a relação atual.
A da cicatriz foi ótima, né? Também vou usar!
Que bom que gostou, Dama do Lago! Eu também, torço para que logo eles vençam todas as dificuldades e este amor todo gere muitas crianças lindas!
Beijos!!!
Nossa, coitada da Carol, que sogra é essa mdsss. Carol e André que casal fofo e lindo mds <3
ResponderExcluirD. Marta é o terror das cunhas e a heroína das sogras que odeiam as noras! Será que Carol conseguirá conquistá-la? Vamos torcer para que Carol quebre o gelo do coração dela!
ExcluirE também os acho muito lindos juntos!