Capítulo 01
Batalhas e Batalhões
Durante o trabalho,
Rodolfo dava o melhor de si e era ético, até ver a ruiva que acabara de ser
transferida para o grupo. Assim como todos os militares presentes, a novata
seguia um rígido código de comportamento e nem olhava para o lado. Mas ele
sempre se desconcentrava, imaginando o cheiro daqueles cabelos ruivos.
Sexta-feira
Naquela tarde, após o
trabalho, Rodolfo tenta falar com a garota no ponto de ônibus, após os outros
terem ido embora e o oficial André ter retornado para o prédio.
- Olá, Oficial Seixas.
- Oficial Bezerra. O que
posso fazer?
- Pode me chamar de
Rodolfo. Já acabou o horário de expediente. Posso chamá-la de Carol?
Carol não gostou de
ouvir aquilo. Se fosse qualquer outra pessoa, não teria problema em dizer um
simples "não", mas um superior? Estava parecendo coerção. E o Oficial
Sênior1* Rodolfo Bezerra teve seu nome envolvido em um estranho caso de
sequestro alguns anos atrás. Apesar de ter sido considerado inocente por falta
de provas e desde então ter tido um comportamento exemplar, Carol era cismada e
preferia evitar certas complicações.
- Se não se importa, eu
prefiro manter do jeito que está, Oficial.
- Percebi que evita se
enturmar com o pelotão. Nas poucas vezes que sai com a turma, fica afastada.
Gostaria de convidá-la para sair dia desses.
- Imagino que todos do
batalhão também vão.
- É só entre nós. Para
nos conhecermos melhor.
Rodolfo nunca tinha se interessado por ruivas, mas há semanas estava sem dormir pensando em Carol.
Rodolfo tenta mostrar seu carinho a Carol abraçando-a e esquecendo que seu gesto poderia ser visto como uma tentativa de estupro.
Rodolfo tenta mostrar seu carinho a Carol abraçando-a e esquecendo que seu gesto poderia ser visto como uma tentativa de estupro.
Carol o rejeita, mas
Rodolfo tenta beijá-la. Racionalmente, ele sabia que forçar era errado, mas
naquele momento, ele pensou que era alguma tentativa feminina de sedução.
André, também oficial
como ela, tinha voltado ao quartel para rever uns documentos.
André sai ileso e fala:
- Oficial Bezerra, sabe que é errado forçar
uma mulher. E ainda mais uma subordinada. Vou prestar queixa ao General!
Preciso ler para o senhor todos os regulamentos que o senhor passou por cima e
pelos quais irá responder?
- Vocês dois vão me pagar! - promete Bezerra, que vai embora no carro que estava perto do ponto de ônibus.
- Vocês dois vão me pagar! - promete Bezerra, que vai embora no carro que estava perto do ponto de ônibus.
Durante a briga, um
civil chamado Erick aparece e diz:
- Serei testemunhas de
vocês. Estava um pouco longe, mas vi tudo.Podem ligar para mim quando
precisarem.
Erick passou seus contatos para André e Carol.
Carol e André, que nunca
tinham trocado uma palavra entre si, fora as conversas pertinentes ao trabalho,
olham um para o outro e falam ao mesmo tempo a mesma coisa:
E depois tentam de novo:
- Obrigada pela ajuda.
- Desculpe não ter visto
antes.
Os dois estavam no mesmo
batalhão há poucas semanas e sentiam uma atração mútua. Pelas normas não
haveria problema terem um relacionamento íntimo, mas o atual Gen. Vicente
Pereira (ao qual respondiam diretamente) não via isso com bons olhos e era um
homem difícil de lidar. Estrategicamente, acreditava que envolvimentos
românticos, dentro do trabalho, desconcentravam os envolvidos e eram um risco
às missões. Como era um homem honrado e carismático, ganhou o respeito e
admiração de todos e, implicitamente, fez com que ninguém paquerasse dentro das
forças. Ou seja, eles não poderiam ter um romance.
Como Carol era
reservada, tinha medo de se denunciar pelos gestos e acabar com a reputação de
ambos. André não era nada tímido, mas pela reação de Carol, imaginou que não
teria nenhuma chance. Se a ruiva lhe correspondesse, até pediria transferência
só para ter uma chance com ela.
André acompanhou Carol
até em casa. Apesar do que houve, ela estava relativamente tranquila.
- Obrigada por tudo.
Quer entrar um pouco?
André aceitou
prontamente.
- Vi que você até reagiu bem àquela situação. Mesmo em nosso trabalho, em que vemos tantas coisas, poderia ter desabado.
- Vi que você até reagiu bem àquela situação. Mesmo em nosso trabalho, em que vemos tantas coisas, poderia ter desabado.
Ela estava gostando de
ver André de perto e de ter as mãos dele em seus ombros e braços a todo
momento.
- Não desabo facilmente.
Só fiquei nervosa porque o ponto estava deserto. E foi só até ver você
aparecer. Você deve estar machucado, apesar de não querer ir ao hospital. Está
sentindo alguma dor?
- Nenhuma dor. E seu
marido? Porque ele não a busca?
- Sou solteira.
André achou que os olhos
de Carol eram tão grandes e bonitos que, por um segundo, se perdeu naquele
olhar.
- Gostaria de beijá-la.
Carol não era de muitas
palavras. E sempre pensava antes de agir, mas nem pensou naquele momento. Ela o
beijou.
Por sorte, estavam
dentro da casa dela, sem testemunhas do arroubo.
Após o beijo, os dois se
sentaram no sofá. Sabiam da inviabilidade de um relacionamento, não sabiam ao
certo o que o outro queria e ainda tinham de pensar na ameaça de Rodolfo
Bezerra.
- O que faremos agora?
São tantas coisas. Estou um pouco tonta.
- Desde que você entrou
no batalhão, eu gostaria de te namorar.
- Sugiro resolvermos
essa situação com o oficial Bezerra. Na segunda-feira apresentarei queixa e
pedirei nova transferência, se for necessário. Depois, podemos ver como fica.
O General não via
problema no relacionamento entre pessoas que trabalhassem em batalhões diferentes,
mas no mesmo, em uma situação de confronto, ele acreditava piamente na
desconcentração gerada e no protecionismo exacerbado ao parceiro sexual e não à
equipe e aos civis.
- Não quero vê-la
ameaçada novamente e eu gostaria de te namorar. Corrigindo-me: quero te
namorar. Não importa como.
Apesar do beijo
impetuoso, Carol voltou a raciocinar antes de agir.
- Eu também, mas me dá
um tempo?
- Paciência não é minha
virtude. Sai comigo amanhã?
- Como assim?
- Só como amigos. Pela
manhã, em um local público. Não farei nada contra a sua vontade. - André se
levanta.
- Tudo bem. Será em um
local de minha escolha e só como amigos.
Após a despedida e o
merecido banho, Carol buscou maiores detalhes sobre o antigo caso de sequestro.
Ela tinha seus próprios contatos no departamento policial que cuidou do caso.
E depois pôde sonhar com
o dia seguinte e registrar tudo no diário.
Para alguns, André
morava sozinho em um apartamento, mas ele morava com seu cachorro chamado
Carrapato.
Tinha muitos amigos, mas
queria uma namorada fixa. Tinha terminado um namoro recentemente, pois a garota
tinha se apaixonado por outro e, fora o ego ferido, ele não sofreu pelo término
do relacionamento. Até se sentira livre.
E agora, ele só pensava
em certos olhos verdes como o mar e em madeixas da cor de fogo.
- Estou mal da cabeça.
Já estou fazendo poema.
No sábado se encontraram
em um parque; e quem os via, os considerava crianças ou adolescentes. Nem
pareciam dois oficiais militares.
André tinha planos
envolvendo Carol e, por isso, desenvolveu uma estratégia de três passos:
Primeiro passo:
conquistar a confiança do inimigo. Não fez nada além de colocar o braço nas
costas dela e de se conhecerem mais.
Tinham em comum Elvis
Presley e animais. Ele gostava de rock, Digimon e dos heróis da Marvel,
principalmente do Incrível Hulk. Ela tinha gosto por tango, pelos personagens
da DC e da Turma da Mônica. Ambos tinham gosto variado na comida. Ela gostava
de cozinhar, mas queimava quase tudo. E ele gostava de comer quase tudo,
inclusive comida queimada.
Domingo pela manhã se
encontraram em um parque, onde Carol conheceu o melhor amigo de André:
Carrapato.
Carrapato era agressivo
com estranhos, mas logo se tornou amigo de Carol.
E, desta forma, André
deu o segundo passo da estratégia: conquistar a simpatia do inimigo.
Domingo à noite, sabendo
das preferências de Carol, André a levou a um restaurante simples que tocava
Elvis Presley, que era do gosto de ambos.
Primeiro dançaram ao som
de Pretty Woman.
Eles já não se
importavam mais com as restrições. Acreditavam que tudo poderia ser
solucionado.
Segunda-feira
O oficial Rodolfo não
conseguiu falar com seus antigos comparsas durante o fim de semana, mas
planejava fazer algo contra André.
Conforme o protocolo,
Carol apresentou queixa verbal e escrita ao General Pereira. Durante o fim de
semana, Carol tinha enviado anonimamente provas (do envolvimento de Rodolfo
Bezerra com o antigo sequestro) para o General e também divulgou, na internet,
alguns documentos referentes ao caso, para forçar uma reação imediata dos
superiores do oficial Bezerra, assim como evitar uma possível fuga, já que a
mídia e o público relembrariam do antigo caso.
General Vicente Pereira
não admitia infrações na equipe dele. E, no mesmo dia, recebeu duas queixas
referentes ao oficial. Teria que reabrir um antigo caso e abrir um novo. Ainda
mais com a mídia em cima dos militares como urubus sobrevoando um cemitério em
dia de enterro.
Após ser chamado para
uma conversa, com três testemunhas presentes, Rodolfo tenta se explicar, mas
ele tinha pouca paciência e ameaçou Pereira.
O General Pereira o
considerou perigoso para a sociedade e Rodolfo ia ficar detido durante o
processo.
André pediu a
transferência no lugar de Carol. Ela já tinha sido transferida recentemente e,
por isso, não ia ficar bem para o currículo dela. André já tinha percebido que ela era
talentosa no trabalho e acreditava que ela não merecia ser mal vista, pois
aqueles que eram transferidos continuamente, sem promoções, eram encarados como
pessoas que não se adaptavam ao trabalho. Ele foi franco com o General (pois
era subordinado direto a ele) e lhe contou que o motivo era a paixão por uma
colega de trabalho.
Gen. Pereira já sabia quem era, mas respeitou
a privacidade do casal e admirou o fato de André não querer fingir a
inexistência do romance, embora soubesse a opinião do chefe. Pereira informou
que não tinha vaga em nenhum outro batalhão, o que era verdade, mas também não
queria perder aqueles dois em seu grupo. Carol foi altamente recomendada ao ser
transferida e André, há muito, tinha mostrado seu valor à equipe e à sociedade,
além de ambos serem benquistos pelos colegas.
Segundo o relatório, a
Oficial Júnior Carol Seixas era perita em redes, sistemas e linguagem de
programação, enquanto André era da Contra inteligência e eficiente em lutas e
armas, além de ajudar a todos do pelotão, até aqueles que não faziam parte
direta de sua turma. André já tinha sido um ótimo Instrutor de Exercícios, mas
além de cumprir com sua tarefa atual, permanecia treinando o pelotão.
Gen. Pereira lembrou que
nunca tinha feito uma proibição, apenas era contundente quanto ao seu próprio
ponto de vista, por ter visto equipes derrubadas e vencidas por causa da mistura
de trabalho e romance.
Ele informou que André
poderia namorar sua parceira normalmente, desde que fosse fora do horário de
trabalho. E já que estavam em tempos de paz, as chances de haver um problema
eram remotas; no entanto, reafirmou os riscos de se ter uma parceira romântica
como colega em um trabalhoso violento como o deles.
André ficou claramente
feliz em saber que seu chefe não ficou necessariamente furioso com ele. Estava
mesmo com medo de perder de vista o cabelo de fogo de Carol. Os dois tinham conquistado
o respeito dos colegas e ele preferia que continuasse assim.
Todos os dias ele a
levava em casa. E aproveitavam para namorar um pouco.
Dias depois, Carol
recebeu a notícia que tinha ganhado uma vaga para trabalhar como Agente Secreto.
André recebeu a mesma informação, pois há muito
tinha se inscrito na mesma vaga.
Assim que trocaram de
trabalho, logo se casaram.
Acabou sendo do jeito
que eles gostavam e já estavam acostumados: tudo muito simples. Por isso a
cerimônia foi em um parque. O pajem foi Carrapato e eles convidaram apenas os
amigos mais chegados dos dois:
General Vicente Pereira
e sua esposa Vilma.
Erick Freire e sua
esposa Celina.
Recruta José Ramos e
Cabo Eva Esteves, colegas de trabalho dos dois. Eva aproveitou para sonhar
sobre quando ela seria noiva.
Policial Felícia
Silveira (ex-namorada de André e nada chegada a Carol) e Policial Samuel Shin
(que já tinha trabalhado anteriormente com Carol em missões que uniam a Força
Policial e as Forças Armadas).
E apareceu na cerimônia
Mônica Rossi, que apenas estava próxima e não resistia a casamentos e à
recepção que os seguia.
Quadrilha
A lua de mel oficial
teve de ser adiada. Por sorte, na primeira missão, ambos estavam juntos.
Tinham de se infiltrar em uma quadrilha de
ladrões de cavalo e tráfico de drogas. O problema é que, além de roubar os
cavalos, a quadrilha maltratava os animais e, através deles, conseguia levar a
droga para fora do país.
As pessoas que trabalham
continuamente na fazenda eram:
Solange Simões, amante e
sócia do cabeça, e segunda pessoa em comando. Era misteriosa e a coisa que
achava mais bonita na vida era o dinheiro.
Cristóvão Lemos, testa
de ferro e terceiro na equipe. Extremamente vaidoso e arrogante, gostava de ser
notado e de contar vantagem.
Jorginho Santos, capataz e faz-tudo. Cuidava das entregas, dos roubos e também sabia fazer os melhores pratos com peixes. Queria ter seu restaurante de frutos-do-mar, mas ainda não tinha capital para investir no sonho.
Jussara Tibiriçá,
tratadora de animais. Antes de sua chegada, os animais eram maltratados e,
agora, os cavalos eram vendidos por um preço muito maior.
André conseguiu entrar
como faz-tudo e logo fez amizade com Jorginho e Jussara.
Carol conseguiu entrar
como ajudante do contador, mas este foi devidamente afastado pela polícia e ela
passou a ter acesso a todos os dados financeiros envolvendo aquela fazenda.
Cristóvão logo gostou da
nova contadora.
E Jussara gostou ainda
mais do novo ajudante.
Carol resolveu que usariam isso para conseguir a prova contra o traficante e saber mais detalhes de como funcionava o esquema, já que não tinham conseguido se aproximar de Solange.
André não gostou da
ideia de alguém dar "em cima" de sua esposa, assim como Carol também
não gostava de saber que seu marido ia dar "bandeira" para outra, mas
como era necessário, não iriam demonstrar ciúme. Eram profissionais afinal de
contas.
Devido aos seus disfarces, eles nem se
falavam na fazenda, mas entravam em contato sempre com a agência. E, de vez em
quando, tinham um momento à sós, na antiga casa dela, que virou uma espécie de
refúgio para os dois, enquanto Carrapato estava na casa de Samuel.
Jussara passava várias
informações a André.
E às vezes lhe oferecia
outros serviços.
- Quer ajuda com o
banho, moreno?
- Obrigado, mas eu sei
tomar banho sozinho.
- Te ajudo a lavar as
costas.
- Sei me virar. Tchau!
Depois a gente conversa.
- Mas...
- Se nos pegarem, é
demissão. Cai fora!
Jussara era bonita, mas
não era seu tipo. E André sabia da diferença entre uma paquera e a cama. Ele
optou pela fidelidade. Caso contrário, sabia do risco de sua cueca ficar
manchada de sangue e não de tinta apenas.
Naquela noite, Cristóvão
ficou de levar Carol a um restaurante chique, mas a levou direto a um quarto de
hotel, dizendo ele que era para ter mais privacidade e para que pudessem ser
discretos. Após analisar o quarto, viu que Cristóvão não sabia o significado de
discrição: girassóis vermelhos (ela entendeu que ele queria oba-oba sem
compromisso), preservativos (ele tinha alguma inteligência) e vinho tinto (ou
era para seduzi-la ou embebedá-la).
Carol tinha uma escuta
consigo e aproveitou uma saída de Cristóvão para colocar uma câmera no quarto.
Cristóvão era peixe pequeno e eles estavam interessados em pescar o tubarão que
comandava tudo.
Após a volta do banheiro, enquanto Cristóvão
se exibia para Carol e, sem perceber, revelou para onde as drogas eram levadas,
quando seria o novo carregamento e o nome do organizador de tudo. E disse
que, no dia seguinte, eles teriam finalmente um encontro com o chefão, o
comandante de toda a operação: Sr. Loki (que nunca tinha revelado seu
sobrenome).
Carol estava frustrada por não saber o
sobrenome, mas já tinha alguns detalhes que recebeu de bandeja, assim como o
presente dado por Cristóvão e que seria usado no processo contra todos eles. E
no dia seguinte, poderia pegar o nome completo de Loki, além de saber como era
o seu rosto.
Após saber mais detalhes
de como seria o encontro com o comandante da quadrilha, Carol sugeriu a
Cristóvão brindar pela visita do chefão e, discretamente, pôs um sonífero na
taça de vinho dele.
Cristóvão dormiu antes
de tentar qualquer coisa. Carol deixou-lhe uma carta explicando que, como ele
preferia dormir a dar conta do recado, ela tinha ido embora, mas que ele
ficasse tranquilo, que ela não comentaria a situação a ninguém para evitar
piadinhas.
Naquela noite ainda,
Carol foi para casa. Ela e André passaram tudo o que sabiam para a agência e
prepararam a armadilha para render o chefão do esquema criminoso. Já tinham
provas suficientes, mas Carol queria mais, para ter certeza de que Loki
apodrecesse na cadeia; porém, André queria apenas vê-la longe de tudo aquilo o
quanto antes.
Após o término da
ligação, tiveram a primeira briga.
- Bonito vestido.
- Obrigada, mas eu
comprei no bazar. Acho que é de terceira ou quarta mão. - Carol falou sorrindo.
- Está toda arrumada,
maquiada...
- Gostou? - Carol
começou a notar algo de diferente nele.
Carol não costumava se
arrumar, mas depois que conheceu André, passou a se preocupar com a própria
aparência. Queria ficar bonita para ele e, assim, colocar para correr as
"Felícias" e "Jussaras" da vida.
- Então ele te levou para um hotel?
- Você sabe que sim.
- E te deu presente? Não
foi esse vestido?
- Largue de ser bobo.
Tínhamos combinado tudo.
- Ele fez o quê com você
enquanto vocês dois estavam lá sozinhos?
Carol imaginou que ele estava se sentindo
ameaçado, pois ele não era vaidoso e o disfarce exigia que ele se arrumasse
ainda menos, enquanto que, por outro lado, ela tinha que estar apresentável e
Cristóvão vivia ostentando luxo. André não costumava ser ciumento, mas o
relacionamento deles era recente. Uma prova de confiança não faria mal.
- Filmei tudo, seu bobo.
Assista e pare de besteira!
Após o fim da gravação,
André ainda estava furioso, mas também estava envergonhado pelo próprio
comportamento. Sabia reconhecer o próprio erro, mas odiava pedir desculpas.
- Então ele nem te
tocou?
- Você viu que ele não
me tocou.
- Eu nunca te dei
presente em nosso namoro. Até esses novos quadros foi você quem comprou.
- Seu bobinho! Você me
deu uma aliança, seu coração, seu carinho, sua proteção... E o mais importante:
eu tenho você só para mim.
Nem precisou de um
pedido verbal de desculpas. Fizeram as pazes assim mesmo.
No dia seguinte,
apareceu o Sr. Loki. Ele sabia, pelos relatórios, que desde que Carlota
(pseudônimo de Carol) tinha entrado na corporação, os números melhoraram
consideravelmente, pois ela passou a mostrar onde estavam os gastos
desnecessários.
Após o almoço, Loki foi
conhecer melhor a propriedade, que tinha sido adquirida por Solange.
Quando a polícia teve a
confirmação de que o Loki comandava o tráfico e quando ele ficou em uma boa
posição estratégica, ele e todos da quadrilha receberam ordem de prisão.
André e Loki entraram em
luta corporal, mas André o venceu e o policial Samuel ajudou na prisão, já que
André estava desarmado.
Cristóvão foi impedido
de fugir por Carol.
Jorginho se entregou
rapidamente. Ele não tinha entrado naquele negócio para ser morto. E, se
cooperasse, ficaria menos tempo na prisão.
Solange tentou fugir,
mas logo foi rendida por Felícia e Jussara.
Após a prisão de todos,
até do motorista e do segurança do Sr. Loki, Samuel explicou a André que
Jussara era uma policial disfarçada e avisou que Carrapato estava bem (durante
aquela missão, ele tinha cuidado de Carrapato).
André achou estranho não
ter visto Carol ainda. Todos os policiais e agentes envolvidos já estavam de
volta, mas ela tinha sumido.
Ele e dois policiais se
dividiram para vasculhar a área.
Quando olha para o chão,
André vê Carol ensanguentada.
* Níveis da carreira
militar em The Sims 2:
- Recruta
- Forças de Elite
- Instrutor de
exercícios
- Oficial Júnior
- Contra Inteligência
- Piloto
- Oficial Sênior
- Comandante
- Astronauta
- General.
Dea, parabéns!!! Muito shooooow!!! Louca para ver a continuação! Espero que Carol fique bem e que não sofra nenhuma sequela depois desse ataque!!! Muito lindinhos André e ela juntos!!! :D S2
ResponderExcluirQue bom que gostou. Também espero que ela fique bem.
ExcluirMuito bom ! doido pra ver o resto da historia!
ResponderExcluirMuito bom ! Estou doido pra ver o resto da historia !
ResponderExcluirGostei muito da história Andrea, está muito bem contada, parabéns! gostei da forma como o casal se conheceram, evoluíram no relacionamento e também na carreira. Espero que fique tudo bem com a Carol.
ResponderExcluirGostei muito da história, irei acompanhar *--*
ResponderExcluirAmei o nome do cachorro hehe
Os personagens, tudinho <3
Curiosa pra saber o que aconteceu com a Carol '0'
Oi Cat! Que bom que gostou de Carrapato. Ao contrário do inseto, o cachorro é muito independente, mas muito leal aos donos.
ExcluirQuanto a Carol, já tem capítulo novo. Espero que goste também! http://freidrew.blogspot.com/2016/12/vermelho-e-verde-parte-02-primeiro-natal.html
Adorei! História muito bem contada, e engraçada! Rs..
ResponderExcluirE esse final? Incrível.
Que bom que gostou, Leo! Gosto muito de rir. Não poderia perder a chance de fazer cenas engraçadas,. mas o suspense tem seu charme também, né?
ExcluirObrigada por ler!
KKKKK mds Carol conseguiu as informações e ainda saiu por cima da carne seca. Adorei! Isso mesmo tem que acabar com a raça desse biopiratas! Traficantes Inescrupulos! Eu espero que Carol se recupere logo, tadinha, mal casou e já se lascou assim. Torcendo por ela e André💜 Amei Andrea, vc escreve MT MT bem, e tem uma criatividade enorme!
ResponderExcluirCarol não é besta! Cristóvão não era quem a atraia de verdade e ela tem mais o que fazer od que ficar com ele. kkkkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirSim. Tem muita maldade neste mundo. :'( Carol e André não conseguem concordar com isso. Ainda bem que trabalham com uma organização que os ajuda a deixar o mundo um pouco melhor.
Sim, Carol já sofreu muito, mas é forte. Estou na torcida também, tanto pela recuperação dela, quanto pelo casal. Obrigada pelo elogio, Dama do Lago. A leitura feita por vocês, e o feedback me ajudam a fazer o melhor.
KKKKK eu to rindo bastante com a história e amando demais esse casal lindo André e Carol <3
ResponderExcluirOi Karoline!
ExcluirQue bom que está curtindo e amando André e Carol! Tem mais pela frente. Aguarde! <3
Beijos!!!